Casei com um cafageste para me vingar do ex-marido

Casei com um cafageste para me vingar do ex-marido PT

Romance
Última atualização: 2025-10-07
Duda Sá   Atualizado agora
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Índice

Ela quer vingança. Ele quer poder. Juntos, vão descobrir que podem incendiar o mundo e que a paixão pode ser tão avassaladora quanto destrutiva. Traída pela própria irmã e rejeitada pelo homem que amava, Isabella viu sua vida ruir de forma cruel e humilhante. É então que surge Augusto: o playboy mais comentado das colunas sociais, famoso por escândalos e romances passageiros. Ele aparece com uma proposta capaz de mudar tudo. Um contrato. Um casamento de fachada. Para ela, seria a chance de ter dinheiro, status e força para destruir todos aqueles que a fizeram sofrer. Para ele, a oportunidade de se mostrar como um homem comprometido e respeitável. Mas viver sob o mesmo teto com Augusto, sedutor, irresistível e perigoso, pode se transformar em um jogo muito mais arriscado do que Isabella imagina. Afinal, até onde se pode controlar os próprios sentimentos quando a linha entre mentira e verdade começa a se confundir?

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Capítulo 1

Capítulo 01. O divórcio

Encarei a palavra divórcio no papel sem conseguir compreender o que estava acontecendo e, pior ainda, por que era a minha irmã quem me entregava aquele documento

— Eu sei que é muito para absorver — minha irmã falou diante do meu silêncio.

— Isso é uma brincadeira? — perguntei com a voz rouca.

Karen me encarou com um olhar de pena, um olhar que eu conhecia bem. Ela sempre usava quando me achava ingênua demais, otimista demais ou demorava para compreender as coisas. 

— Não, Bela, não é uma brincadeira. Eu e o Carlos nos apaixonamos. Aconteceu. E não é justo com você. Por isso ele está pedindo o divórcio. Nós pretendemos nos casar — disse com calma, quase com indiferença, como se casar com o meu marido fosse o mesmo que trocar de roupa.

— Eu quero falar com o Carlos — falei, me levantando e pegando o celular, sentindo as minhas mãos tremendo. — Isso só pode ser algum tipo de brincadeira.

— Para quê, Bela? Só vai trazer mais sofrimento — ela continuou, com aquela voz sonsa que sempre me irritou.

— É Isabella! Você ouviu? ISABELLA!

— Não precisa gritar. Estou tentando ajudar. Ele está sofrendo muito com isso, mas não controlamos o coração e não queremos enganar você.

— Ajudar? Você está na minha casa dizendo que meu marido quer o divórcio para se casar com você, a minha irmã. E acha que está me ajudando? 

— Estou tentando facilitar, não precisa ser doloroso e dificil...

— Desde quando? Desde quando isso vem acontecendo? 

— É recente, eu queria contar desde o início, mas você estava em um momento fragil. Você é a minha irmã, minha única família e essa é uma situação muito dificil. 

Karen falou com os olhos marejados, eu não tinha ideia de como ela podia ser tão cinica e manipuladora.

Carlos não atendia o telefone, mas ele não escaparia assim tão fácil. Karen estava na minha sala com o pedido de divórcio na mão. Era muito desaforo. Deixei-a falando sozinha, peguei minha bolsa e saí.  Éramos casados havia cinco anos, ele não podia fazer uma coisa dessas assim, sem olhar na minha cara, um casamento não pode ser jogado no lixo dessa forma, por causa de um caso com uma vagabunda qualquer, e era exatamento isso que a minha irmã era, eu sabia há muito tempo. 

O escritório era perto de casa, e consegui chegar dirigindo sem causar um acidente. Mas, quando desci do carro, o segurança barrou a minha entrada.

— Desculpe, senhora Isabella, mas o doutor Carlos disse que eu não podia permitir que subisse.

— Como é? Eu sou a dona da empresa! Quem ele pensa que é para me impedir de subir? — gritei, sentindo minha paciência se transformar em pura lava.

— Desculpe, mas são ordens.

— Ordens de quem? Ele vai falar comigo sim. Carlos! Seu desgraçado! Desça aqui para me encarar como homem! Você quer me trocar pela minha irmã? Troque, mas vai fazer isso olhando na minha cara! — gritei em plenos pulmões, sob o olhar atônito do segurança que ainda me impedia a entrada.

— Isabella, o que você pensa que está fazendo? Acha que isso vai resolver alguma coisa? — Karen tinha me seguido.

— Karen, não fala comigo ou eu quebro a sua cara! — avancei para ela.

— Você não pode fazer isso. Estou grávida — falou assustada, colocando a mão sobre a barriga ainda lisa.

Encarei minha irmã em choque. Senti o mundo rodar. Aquilo não podia estar acontecendo. Eu tentava engravidar há anos, de repente, minha irmã estava grávida e dizendo que iria se casar com meu marido, o homem que eu amava e jurava que me amava de volta.

Karen aproveitou meu momento de paralisia e passou correndo pelo segurança. Carlos não desceu, embora eu tivesse certeza de que ouvira meus gritos.

— Vai para casa Isabela, é melhor para você se acalmar — Karen falou com um sorriso no rosto, então se virou e entrou no elevador.  

Eu queria continuar gritando, mas a notícia da gravidez me desestabilizou. Perdi o rumo, liguei mais uma vez para Carlos, mas o telefone nem chamava. 

Voltei para dentro do carro. Precisava ir para casa, colocar a cabeça em ordem, entender o que estava acontecendo. Mas imagens da minha irmã dizendo que estava grávida, colocando as mãos na barrida, me dando a papelado do divórcio me rondavam. 

Dirigi de volta para casa tentando organizar os pensamentos e entender como tudo tinha chegado àquele ponto. Mas, ao parar diante do portão automático, ele não se abriu. E fui informada que estava proibida de entrar. 

— A casa é minha! Ele não pode me impedir de entrar na minha casa! — gritei para a portaria.

Mas aparentemente podia. A polícia chegou e ameaçou me retirar à força. Sem saber para onde ir, só com a roupa do corpo, fui para a casa da minha tia, a única parente que me restava.

— Isabella! Eu estava até ligando para você! — disse minha prima assim que me viu estacionar na calçada.

Eu não sabia como contar o que tinha acontecido, mas não precisei. Camila já sabia. Todas as minhas coisas tinham sido mandadas para a casa da minha tia.

Na sala havia caixas com as minhas roupas e alguns pertences jogados de qualquer jeito. Minha tia, com a mão no coração, me pedia calma. Eu tinha sido despejada da minha própria casa.  

Foi ali, olhando para aquelas caixas, que finalmente chorei. Tudo parecia surreal demais, mas a visão das minhas coisas amontoadas me atingiu direto no coração, a lembrança de Karen dizendo que estava grávida, que estava apaixonada por Carlos, era demais.  

Chorei de humilhação, por ter sido enganada pelo homem que jurei amar, que eu acreditava ser o amor da minha vida e que pensei que também me amava. 

Minha prima me abraçou, tentando me consolar, mas eu me afogava nas minhas lágrimas, imune a qualquer consolo. 

— Toma uma água - Ela disse me entregando o copo.

Camila me ajudou a beber porque minhas mãos não paravam de tremer. Aos poucos, fui me acalmando, até me sentir sonolenta e perder a consciência me afastando por um tempo da dor.

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Capítulo 01. O divórcio
Capítulo 02. A humilhação
Capítulo 03. Um golpe imprevisto
Capítulo 04. Proposta
Capítulo 05. Um plano perfeito.
Capítulo 06. O contrato
Capítulo 07. Uma esposa perfeita
Capítulo 08. E o jogo começa
Capítulo 09. Manipulação
Capítulo 10. Os detalhes são importantes
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