Em um submundo onde o poder é medido em sangue e segredos, Dante Moretti comanda a máfia italiana com uma frieza calculada. Conhecido por sua lealdade implacável e uma brutalidade sem limites, ele carrega nas costas as intrincadas tatuagens que contam a história de sua vida. Dante é a personificação do perigo: um homem de poucas palavras, olhos que veem tudo e mãos que não hesitam. Do outro lado, a detetive da polícia Chiara Rossi é uma mulher forte, independente e dona de si. Ela está à frente de uma investigação sobre uma execução brutal que abalou a cidade, um crime que aponta diretamente para o clã Moretti. Por trás de sua fachada de policial de elite, ela esconde uma sensibilidade que se choca com a violência do mundo que a cerca, mas uma resiliência forjada na dureza das ruas. Quando o destino os une de forma inesperada, a atração é instantânea, visceral e perigosa. O que era para ser apenas um interrogatório ou uma tática de aproximação de Chiara para desvendar o crime, se transforma em uma faísca inevitável. Enquanto ela luta para desvendar a verdade por trás do crime, ela se vê perigosamente atraída pelo principal suspeito, um homem que personifica o mal que ela jura combater.
Ler maisNão sei quanto tempo fiquei ali parada, respirando o ar pesado do quarto, ouvindo apenas minha própria respiração entrecortada. Ele estava atrás de mim, silencioso, mas cada movimento dele parecia ecoar em minha pele, em meus ossos. A presença dele era esmagadora — grande, musculoso, forte, mas movendo-se com a graça silenciosa de um predador que sabe exatamente o que quer. Senti meu coração acelerar antes mesmo de perceber que ele estava perto.
— Quietinha — murmurou, e a voz grave e rouca penetrou minha mente. Um comando absoluto. Eu não resisti. Tremi, arqueei a coluna, pronta para obedecer, mesmo sem saber por quê.
Quando sua mão finalmente tocou meu ombro, senti como se meu corpo tivesse sido mapeado em segundos. Ele desceu, firme e seguro, explorando minhas costas, meus braços, cada centímetro de pele. Seu toque não era apenas físico — era um aviso silencioso de que ele controlava tudo naquele espaço, cada gesto meu, cada respiração.
— Boa… vai se lembrar disso — sussurrou, e seus olhos verdes brilhavam na penumbra. Havia uma intensidade ali que me queimava de dentro para fora.
Eu sabia que lembraria. Cada arranhão leve, cada pressão firme, cada marca que ele deixava em minha pele era registrada na minha mente. Não eram apenas sinais físicos — eram lembranças do poder dele, da maneira como conseguia dominar sem esforço, como conseguia me consumir inteira.
Ele me virou para encará-lo, meu corpo pressionado contra o dele. O calor que irradiava era quase insuportável, misturado com o cheiro forte e masculino que me deixava tonta. Mesmo sem tocar, podia sentir a força dele, os músculos firmes, a pele pálida que contrastava com a escuridão do quarto. Ele era presença, era comando, era predador, e eu era presa. Suas mãos encontraram minhas coxas e as apertou de forma possesiva.
— Gosta disso? — perguntou, e o tremor da minha voz respondeu antes de eu conseguir raciocinar.
— Sim… — murmurei, e cada sílaba foi arrancada de mim pelo impacto de seu olhar.
Ele sorriu, predador satisfeito. Suas mãos começaram a deixar marcas no meu corpo — leves arranhões, mordidas suaves, toques firmes — cada gesto controlando, guiando, explorando. Eu me arqueava, sentindo a mistura de dor e prazer que ele causava, e meu corpo respondia sozinho, cada nervo em alerta, cada célula vibrando sob seu toque.
Ele me guiou para a cama, meus pés mal tocando o chão antes que estivesse deitada, meus pulsos presos ao ritmo dele. Sentir seu corpo por cima do meu, grande, quente, dominante, me fez perceber que não havia chance de resistência. Eu estava completamente entregue.
Seus olhos verdes me analisavam como se pudessem ler meus pensamentos, minhas memórias, minhas vontades mais profundas. Ele não precisava falar para que eu obedecesse, e a consciência disso me excitava ainda mais. Cada beijo, cada mordida no pescoço, cada aperto firme nas minhas mãos me lembrava que eu não tinha controle — e eu não queria ter.
— Não se mexa tanto… ou vou ter que ensinar outra vez — disse ele, rouco, quase predador, e eu arqueei ainda mais, sentindo cada músculo reagir ao toque dele.
Eu explorei o corpo dele sem pensar, minhas mãos percorrendo músculos firmes, pele quente, e ele ria baixo, um som que reverberava direto na minha espinha, me deixando tonta. Cada marca que ele deixava era impressa não apenas na minha pele, mas em minha mente. Cada toque era um lembrete de quem comandava aquele momento, de quem ditava o ritmo do prazer, de quem deixava sua presença gravada em cada centímetro de mim.
Ele desceu pelo meu corpo, guiando, dominando, explorando cada reação minha. Era instinto, desejo, força e delicadeza controlada ao mesmo tempo. Eu me perdia, arfando, arqueando, entregando-me completamente àquele calor que consumia. Meu corpo reagia sozinho, e minha mente se rendia ao poder dele, à intensidade, à mistura de prazer e dor que me fazia sentir viva de um jeito brutal.
— Você vai se lembrar de cada detalhe, piccola — murmurou perto do meu ouvido, e eu tremi. Ele falava como quem prometia, e eu sabia que não poderia esquecer. Cada arranhão, cada toque firme, cada sussurro era uma assinatura dele em mim.
Quando finalmente nos movemos juntos, guiados pelo instinto, senti o clímax se aproximar como uma onda inevitável. Eu estava perdida em seu toque, em seu domínio, em sua força. Ele era predador; eu era presa. E não queria que fosse de outro jeito. Cada gesto dele deixava marcas profundas, visíveis e invisíveis. Minha respiração estava entrecortada, meu corpo tenso e entregue, e ele ria baixo, satisfeito, como se estivesse brincando com o prazer que criava.
Depois, quando nos deitamos, corpos suados, respiração pesada, ainda havia risos baixos, carícias roubadas, toques suaves misturados à intensidade anterior. Ele ainda era dominante, mas agora havia espaço para algo mais sutil, uma tensão quase íntima. Ele me marcava, se divertia comigo, e eu me deixava levar, sabendo que aquele poder absoluto dele ainda me cercava, ainda me possuía.
E enquanto nos deitávamos, exaustos e queimando, percebi algo que jamais havia sentido. Prazer intenso, entrega total, dominação absoluta — mas também diversão, riso, calor compartilhado. Ele era predador, eu era presa, e ainda assim, havia algo mais profundo entre nós, uma conexão que eu não podia nomear, mas sentia em cada toque, em cada suspiro, em cada marca gravada em minha pele.
E mesmo sem entender tudo, eu sabia que aquele momento — aquelas marcas físicas e invisíveis — ficariam comigo para sempre. Cada arranhão, cada toque, cada sussurro era dele. Eu era dele. E, por algum motivo que não precisava de explicação, eu não queria ser de outra forma.
Enquanto o silêncio voltou, ainda podíamos ouvir o eco da tensão, do prazer e da entrega. Ele permaneceu ao meu lado, corpo contra corpo, seus olhos verdes fixos em mim, e eu percebi que estava presa a ele de maneiras que não podiam ser quebradas, nem por mim, nem por ninguém. E eu não queria que fossem.
O ar no escritório de Dante Moretti era tão frio e denso quanto o do lado de fora, no topo do arranha-céu. As luzes da cidade de Nova York se estendiam sob a vasta janela, um tapete de diamantes que pareciam um cenário, e a sala era um santuário de poder e silêncio. A voz do guarda, quando ele entrou, soou abafada e frágil.O guarda, um homem de ombros largos e uma cicatriz no pescoço, tinha o rosto pálido e o corpo tenso. Ele se aproximou da longa mesa de mogno, onde Dante estava sentado na ponta, a expressão impassível. Seus braços-direitos, Silvano e Matteo, estavam sentados à sua frente. Silvano, com a calma polida de um consigliere. Matteo, um homem mais jovem e de corpo mais esguio, porém ainda forte, com os olhos de aço polido, uma força contida que se manifestava em cada movimento.— Peço perdão pelo incomodo senhores, mas... O depósito foi invadido na noite passada — O guarda disse, a voz grave e séria. — E o intruso escapou.Matteo se remexeu na cadeira, a impaciência transb
A noite parecia mais fria do que antes, e o ar que entrava nos pulmões de Chiara era denso e cortante. O saxofone sensual do clube foi substituído pelo alarme distante de uma viatura, um som que, ironicamente, a fazia se sentir segura. Ela não sabia quanto tempo ficou parada, encostada na parede fria do corredor, o corpo em um misto de fúria e tremores. O beijo roubado no pescoço, o sussurro de Dante, a mão dele em seu rosto… Tudo se repetia em sua mente, como um filme de horror.Ele a tocou, ele a ameaçou, e ele se divertiu. E o pior, ela sabia que ele tinha razão: ela havia gostado, mesmo que por uma fração de segundo. Aquele sentimento de posse e dominância, algo que ela nunca havia experimentado, a assustava. Ela não era uma presa. Ela era a lei. Ela era a Detetive Chiara Rossi, e não uma boneca para ser usada.Ela se afastou do muro, o corpo ainda tenso, e caminhou para fora do clube. O frio da noite de Nova York não era nada comparado ao frio de sua alma. Ela podia sentir o olha
O convite de Elena, a amiga mais antiga de Chiara, soou como um ultimato. "Se você não vier para o The Crimson Note hoje à noite, eu juro que vou te prender na sua própria casa e te forçar a ter uma vida social". A ameaça, embora dramática, tinha um fundo de verdade. Chiara estava vivendo e respirando o caso de Peter Valenti, e as pistas, ou a falta delas, estavam começando a corroer sua sanidade. Ela se pegava pensando em Silvano Gallo e, por uma estranha extensão de pensamento, nos olhos verdes do homem que o acompanhava na esquina. O "predador" que a observou da distância. Aquele olhar havia se fixado em sua mente, um lembrete constante de que o perigo não estava apenas no caso, mas naqueles que o comandavam.Ela aceitou o convite de Elena, não apenas para fugir da rotina, mas porque a amiga, que trabalhava com arquitetura e tinha um círculo social vasto, insistiu que o clube era um dos locais mais frequentados pela elite de Nova York. E, embora não dissesse a Elena, Chiara sabia q
O ar do escritório da Homicídios era tão gelado e estéril quanto a noite lá fora, mas de uma forma diferente. Era o frio de um ambiente climatizado, saturado pelo cheiro de café velho e pelo cheiro de papel. As luzes fluorescentes brancas pulsavam sobre as mesas, iluminando pilhas de papéis, fotos de cenas de crime e xícaras de café meio cheias.Chiara Rossi estava ali há mais de seis horas, sentada em sua cadeira giratória, o corpo tenso sobre as mesas com os documentos e provas do caso. Ela não sentia fome nem frio, apenas a urgência de fechar o quebra-cabeça que se formava em sua mente. Os detalhes da cena do crime se repetiam em sua cabeça, a geometria brutal das marcas no corpo do homem desconhecido, o silêncio que pairava sobre a rua luxuosa do Upper East Side. A falta de testemunhas, de câmeras de segurança, de qualquer rastro. Aquilo não era um crime comum.Mason entrou em sua sala, a jaqueta de couro ainda sobre os ombros, e jogou um arquivo sobre a mesa de Chiara, o som seco
Chiara Rossi atravessou a fita amarela, o ar gelado da madrugada nova-iorquina mordendo sua pele exposta. Eram 04h35 da manhã. O som de seus sapatos de sola de borracha era abafado pela fina camada de gelo que cobria o asfalto. Era uma hora em que a cidade ainda dormia, e o silêncio da rua era quebrado apenas pelo som sibilante do vento, que chicoteava e balançava a fita amarela da cena do crime, e pelo lampejo incessante das luzes vermelhas e azuis das viaturas. O bairro nobre do Upper East Side, que normalmente exalava um ar de tranquilidade e exclusividade, parecia um palco sinistro para a tragédia que se desenrolava.Não havia a multidão curiosa que geralmente se aglomerava nas cenas de crime. Apenas alguns policiais de patrulha, um fotógrafo da perícia e a equipe forense, que se moviam com a precisão profissional de um balé macabro. A quietude da madrugada amplificava a seriedade do crime. Chiara ignorou a todos, seu olhar fixo naquilo que realmente importava.Seu parceiro, o Det
Não sei quanto tempo fiquei ali parada, respirando o ar pesado do quarto, ouvindo apenas minha própria respiração entrecortada. Ele estava atrás de mim, silencioso, mas cada movimento dele parecia ecoar em minha pele, em meus ossos. A presença dele era esmagadora — grande, musculoso, forte, mas movendo-se com a graça silenciosa de um predador que sabe exatamente o que quer. Senti meu coração acelerar antes mesmo de perceber que ele estava perto.— Quietinha — murmurou, e a voz grave e rouca penetrou minha mente. Um comando absoluto. Eu não resisti. Tremi, arqueei a coluna, pronta para obedecer, mesmo sem saber por quê.Quando sua mão finalmente tocou meu ombro, senti como se meu corpo tivesse sido mapeado em segundos. Ele desceu, firme e seguro, explorando minhas costas, meus braços, cada centímetro de pele. Seu toque não era apenas físico — era um aviso silencioso de que ele controlava tudo naquele espaço, cada gesto meu, cada respiração.— Boa… vai se lembrar disso — sussurrou, e se
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