Mundo de ficçãoIniciar sessãoUm contrato de sangue. Dois monstros. Seis meses para sobreviver. Louise Hopper foi vendida. O preço? A dívida impagável de seu pai com a Máfia. O comprador? O clã Benedict. Agora, ela está presa em uma mansão de luxo com dois irmãos que a desejam por motivos diferentes: Colin Benedict: O herdeiro calculista. Ele quer o poder. Saimon Benedict: O sedutor implacável. Ele quer a possessão. A regra é cruel e direta: Louise tem seis meses para dar um herdeiro aos Benedict. Se falhar, seu pai morre. Se conseguir, ela entrega sua liberdade para sempre ao homem que a engravidar. Em uma guerra de sedução onde os irmãos competem por cada centímetro de sua pele, Louise precisa decidir quem é o menor dos males. Mas o que os Benedict não esperam é que sua "boneca" carrega um segredo capaz de destruir o império que eles tanto lutam para herdar. Dois donos. Uma escolha impossível. O jogo de prazer e poder começou.
Ler maisO cheiro de uísque era sufocante. Louise Hopper mantinha os pulsos cerrados, as marcas das cordas ainda ardendo em sua pele alva. Ela não estava mais no galpão imundo onde foi jogada após o sequestro. Agora, ela estava no santuário dos monstros.
A porta do escritório de carvalho maciço rangeu. Colin Benedict entrou primeiro. Ele era o gelo. O terno sob medida não escondia o corpo atlético, mas eram os olhos — cinzas, desprovidos de qualquer empatia — que faziam o estômago de Louise revirar. Ele não a olhava como uma mulher; olhava como um ativo financeiro. — Levante-se — a voz de Colin ecoou, baixa e autoritária. Louise não se mexeu. O desafio queimava em seu peito, apesar do tremor em suas pernas. — Eu não recebo ordens de criminosos — ela sibilou. Um riso rouco veio do canto escuro da sala, onde a fumaça de um charuto subia em espirais. Saimon Benedict emergiu das sombras. Ele era o fogo. A camisa social estava com os primeiros botões abertos, revelando o início de uma tatuagem que subia pelo pescoço. Diferente do irmão, ele sorria. Um sorriso que prometia prazer tanto quanto dor. — Ela tem garras, Colin — Saimon caminhou até Louise, invadindo o espaço pessoal dela até que ela pudesse sentir o calor que emanava dele. — Adoro quando elas tentam lutar. Faz o momento da rendição ser muito mais… satisfatório. Saimon estendeu a mão, o polegar roçando o lábio inferior de Louise. Ela desviou o rosto bruscamente, o coração martelando contra as costelas. — Meu pai vai matar vocês — ela cuspiu as palavras. Colin soltou um suspiro de tédio e caminhou até a mesa, jogando um envelope pardo sobre o tampo de vidro. — Seu pai não vai salvar você, Louise. Seu pai vendeu você. O mundo de Louise parou. O ar pareceu sumir dos seus pulmões. — Mentira — ela sussurrou, a voz falhando pela primeira vez. — A dívida dele com a máfia superou o valor das empresas — Colin deu um passo à frente, fechando o cerco. — Você foi a moeda de troca. Você agora é propriedade dos Benedict. Minha e de Saimon. Saimon inclinou-se, sussurrando no ouvido dela, sua respiração quente causando arrepios indesejados na jovem: — E nós temos planos muito específicos para cada centímetro dessa sua pele de porcelana. Louise encarou o envelope pardo como se fosse uma serpente pronta para dar o bote. Suas mãos tremiam tanto que o papel produzia um ruído seco no silêncio mortal da sala. Quando seus olhos encontraram a assinatura trêmula do pai no rodapé do documento, o oxigênio pareceu virar chumbo em seus pulmões. — Ele não faria isso... — a voz dela era um sopro de negação. — O desespero faz homens fracos cometerem atos memoráveis, Louise — Colin disse, contornando a mesa com passos lentos e predatórios. Ele parou a poucos centímetros dela, a altura dele projetando uma sombra opressora sobre seu corpo miúdo. — Mas o que você está lendo é apenas a introdução. O verdadeiro preço está na cláusula de "Garantia de Linhagem". Louise franziu a testa, os olhos azuis nublados pelas lágrimas que ela se recusava a deixar cair. — Do que você está falando? Saimon, que estava atrás dela, deslizou as mãos pesadas pelos ombros de Louise, descendo lentamente até os braços dela, prendendo-a em um abraço que não tinha nada de afetuoso. Ele colou o peito nas costas dela, e Louise pôde sentir a arma no coldre dele pressionando sua coluna. — A Máfia não quer apenas o dinheiro do seu pai, boneca — Saimon sussurrou contra o seu pescoço, a voz carregada de uma malícia sombria. — Queremos a fusão das linhagens. Colin arrancou o papel da mão dela e apontou para o parágrafo em negrito. Cada palavra ali era uma sentença de morte para a dignidade de Louise. — Você tem exatamente seis meses — Colin sentenciou, os olhos cinzas cravados nos dela. — Seis meses para carregar no ventre um herdeiro Benedict. Se em cento e oitenta dias você não estiver grávida de um de nós, o contrato de proteção do seu pai é anulado. Ele fez uma pausa cruel, deixando o silêncio pesar. — E no minuto seguinte à anulação, a cabeça dele será entregue em uma bandeja na porta desta mansão. Louise sentiu o estômago revirar. O horror não era apenas o sequestro, era o propósito. Ela era um útero comprado. Uma incubadora de luxo para dois monstros que a olhavam com uma fome indisfarçável. — Vocês são doentes — ela cuspiu, tentando se desvencilhar de Saimon, mas ele a apertou com mais força, os dedos cravando na pele alva. — Podemos ser muito piores, querida — Saimon riu, o som vibrando nas costas de Louise. Ele virou o rosto dela para que ela fosse obrigada a encarar Colin à frente e ele ao lado. — Agora, a escolha é sua. Você tem seis meses e dois caminhos. Pode escolher o gelo do meu irmão, ou o meu fogo. Colin deu um passo final, encurralando-a de vez. Ele tocou o queixo de Louise com uma mão firme, forçando-a a olhar para ele. — A contagem regressiva começa agora, Louise. Escolha quem vai começar o serviço esta noite, ou nós escolhemos por você.O ar frio da noite cortou o rosto de Louise assim que eles emergiram do duto. Colin, à frente, parou bruscamente, o comunicador de longo alcance chiando em sua mão. O som estático foi substituído por uma voz rouca e codificada que fez os ombros do Benedict mais velho relaxarem minimamente, embora seus olhos continuassem vigilantes. — O Velho conseguiu — Colin anunciou, a voz baixa. — Ele rompeu o cerco no porto. Mandou uma equipe de extração pesada para o quadrante norte da floresta. Eles vão nos tirar daqui antes que os russos fechem o cerco. Saimon não soltou a mão de Louise. Ele a mantinha por perto, o corpo ainda quente do momento compartilhado no abrigo. — E para onde ele está nos mandando? — Saimon perguntou, desconfiado. — Para a Ilha de Cabuçu. Um dos refúgios privados que nem a Interpol sabe que existe. Estaremos seguros lá. Por enquanto. A fuga foi um borrão de adrenalina. O helicóptero de resgate surgiu como um predador silencioso entre as árvores, levando-os para
O teto acima deles tremeu com uma última explosão, mas o silêncio que se seguiu no abrigo subterrâneo era mais perigoso. Saimon encarou o chip esmagado na mão de Louise. O sangue dela sujava os dedos dele, quente e metálico. Ela tinha cortado a própria pele para cessar o sinal. Aquela não era a reação de uma vítima. Era o movimento de uma jogadora. — Você é louca — Saimon rosnou, a voz vibrando de uma admiração sombria que ele tentava esconder. — Sou o que vocês me tornaram — Louise rebateu, jogando o chip no chão de terra. Ela não recuou. Pelo contrário, usou o pouco espaço para prensar Saimon contra as vigas de sustentação. Suas mãos subiram pelo peito dele, sentindo as cicatrizes e o batimento frenético do coração do mafioso. Louise colou o corpo no dele, sentindo o volume rígido entre as pernas de Saimon pressionando seu ventre. Saimon soltou um rosnado baixo, as mãos grandes e calejadas subindo para a nuca dela, puxando o cabelo loiro com força suficiente para obrigá-la a
A cabana estava em chamas. O ar cheirava a madeira queimada e pólvora. Colin estava na janela, o fuzil cuspindo fogo contra os vultos que avançavam pela floresta. — Tire ela daqui agora! — Colin gritou, sem desviar o olhar da mira. — Se esse rastreador continuar ativo, a próxima granada cai na nossa cabeça! Saimon não perdeu tempo. Ele agarrou Louise pelo braço, arrastando-a pelo corredor enfumaçado. Ele não tinha um plano, tinha um instinto: posse. Ele chutou uma tábua falsa no final do corredor, revelando um alçapão minúsculo, um antigo abrigo de caça sob o assoalho. Ele a empurrou para dentro da escuridão e saltou logo atrás. O espaço era claustrofóbico, quente e cheirava a terra úmida. O som das explosões acima deles era abafado, mas a vibração sacudia o chão. Louise tentou falar, o pânico subindo pela garganta, mas Saimon agiu rápido. Ele a prensou contra a parede de terra e levou o indicador aos lábios. — Silêncio — ele ordenou num sussurro que era puro comando. — Se você r
Horas depois, o carro parou diante de uma cabana rústica e isolada, escondida nas montanhas cobertas de névoa. Não havia sinal de celular. Não havia guardas. Apenas eles três. Assim que entraram, Colin chutou a porta, fechando-a e voltando-se para Louise. Ele a prensou contra a parede de madeira, o cano da arma ainda quente encostado no pescoço dela. — Estamos em um esconderijo que ninguém conhece. Nem o meu pai, nem os seus amigos russos — Colin sibilou, os olhos cinzas queimando de ódio e algo mais... uma fome reprimida. — Agora, você vai nos contar a verdade, Louise. Cada detalhe. Ou eu vou deixar o meu irmão se divertir com você até que não reste nada para os Kuznetsov reclamarem. Saimon deu um passo à frente, ficando do outro lado de Louise, cercando-a completamente. O ambiente era pequeno, quente e a tensão entre os três era quase insuportável. Louise sentia o calor dos dois corpos contra o seu, o cheiro de pólvora, suor e o desejo latente que nem o perigo de morte consegu
Louise encarou Saimon pelo espelho. A memória do adolescente que a salvou no passado chocou-se com o homem perigoso à sua frente. Ele não era apenas seu captor; ele era o dono da sua primeira lembrança de proteção. — Você lembra do beco, não lembra? — Louise sussurrou, a voz carregada de uma eletricidade nova. Saimon não respondeu com palavras. Ele cruzou o espaço em dois passos e a prensou contra a pia de mármore. Suas mãos subiram pelas coxas dela, abrindo o roupão de seda com uma urgência brutal. — Eu lembro de cada segundo, Louise. Lembrei de você todos os dias enquanto me tornava o monstro que sou hoje. — Ele colou o corpo no dela, o volume de sua masculinidade pressionando o ventre dela. — Mas não confunda gratidão com piedade. Eu a salvei para que você pudesse ser minha, não de um bando de russos imundos. Ele inclinou a cabeça, os lábios roçando o lóbulo da orelha dela, enquanto uma mão subia para apertar seu seio com uma posse faminta. Louise arqueou as costas, uma mistura
O ar no banheiro ficou escasso. Saimon ainda segurava Louise contra a parede, mas seus dedos não apertavam mais com luxúria, e sim com uma urgência protetora. A marca dos Kuznetsov no quadril dela queimava sob seus olhos como um aviso de morte. Se Colin visse aquilo, Louise não seria mais uma noiva; seria uma espiã a ser executada. — Cubra-se. Agora! — Saimon rosnou, puxando um roupão de seda da parede e jogando sobre ela com uma agressividade que Louise não entendeu. Antes que ela pudesse questionar, a porta do quarto estourou contra o batente. Colin Benedict entrou. Ele não bateu. Ele nunca pedia permissão. Ele parou no limite entre o quarto e o banheiro, os olhos cinzas varrendo a cena com uma frieza cirúrgica. Ele viu a água escorrendo, o cabelo molhado de Saimon e a expressão chocada de Louise. — Eu não sabia que tínhamos começado a partilha tão cedo — Colin disse, a voz como uma lâmina deslizando no gelo. — Achei que tivéssemos um acordo, Saimon. Nada de decisões unila
Último capítulo