DEUSA DA YAKUZA

DEUSA DA YAKUZA PT

Máfia
Última atualização: 2025-05-22
Erica de Souza   Em andamento
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Resumo
Índice

Qual é a chance de encontrar liberdade nos braços de um estranho? O que era para ser apenas uma investigação levou Leonardo Pachis direto para o inferno. Capturado pela Yakuza, ele foi jogado à beira da morte. Agora, inconsciente no porão de uma mansão, ele só pode contar com a sorte… Ou com ela. Harumi já sobreviveu ao pior. Criada como propriedade, treinada para servir, silenciada para não sentir. Ela conhece bem o cheiro do medo. Mas não esperava encontrá-lo nos olhos de um estranho quase morto, escondido no lugar mais íntimo da casa onde é mantida prisioneira. Ela deveria ignorá-lo. Mas decide mantê-lo vivo. Não por bondade. Mas por uma chance. Sua liberdade, em troca da vida dele. Ela foi ensinada a obedecer. Ele nasceu para comandar. Mas ali, naquele porão esquecido, tudo o que foram deixa de importar. O que começa como uma troca silenciosa, vira uma aliança. Depois, um refúgio. E então, um desejo impossível de controlar. Ele vê a mulher por trás da máscara. Ela encontra no toque dele um pedaço da liberdade que sempre sonhou. Mas os inimigos não esquecem. E o amor, quando nasce entre dois sobreviventes, nunca vem sem dor.

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Capítulo 1

Prólogo

🚦🚦Alerta de Gatilho

Este livro contém temas sensíveis que podem ser perturbadores para alguns leitores. Elementos como violência, relacionamentos abusivos, traumas, conflitos familiares, temas de máfia e vingança são abordados. 🚦🚦

Este é o quarto livro da série.

BOA LEITURA 📚📚💗

HARUMI

SETE ANOS ANTES...

— Eu sinto muito, Harumi... falhei de novo... — A voz abafada de Long chega aos meus ouvidos, carregada de culpa e desespero.

Estamos na rede de esgoto, um lugar úmido e fétido, onde o ar pesado parece grudar na pele. Mas nada se compara ao cheiro amargo da derrota que paira entre nós.

Minha última esperança acaba de morrer.

Uma lágrima me escapa, silenciosa, sem força sequer para um soluço.

O prisioneiro era nossa única chance de fuga, mas foi recapturado antes de sequer nos levar ao nosso destino. Seu clã havia invadido nosso território criando uma distração mas não foi o suficiente, agora percebo que nosso plano fracassou miseravelmente antes mesmo de ser colocado em prática.

— Precisamos voltar... — sussurro, o gosto da resignação na boca. — Se nos pegarem...

Long aperta minha mão com força, num gesto quase desesperado, e me puxa para longe das vozes que ecoam acima de nós.

Passos apressados ressoam, misturando-se ao som de tiros e gritos. Meu coração martela contra o peito, impulsionado pelo medo de retornar àquele inferno.

— Suba. — Ele tenta ser firme, mas consigo sentir a tensão oculta por trás da ordem.

Ele se agacha, criando apoio para que eu possa me erguer e voltar pelo túnel metálico de onde saímos. É um cano largo, velho e enferrujado, escondido nas profundezas da estrutura da Yakuza. Sua outra extremidade dá acesso ao porão, e de lá conseguimos atravessar até um espaço oculto abaixo do assoalho... um galpão subterrâneo que poucos conhecem.

Meus dedos sujos de lama escorregam no metal úmido enquanto ele me impulsiona para dentro.

O aperto em meu peito se intensifica. Sei que não deveria ser assim. Não deveríamos estar voltando.

Mas falhamos miserávelmente!

E agora, mais uma vez, estamos à mercê do destino que nos mantém acorrentados a este lugar.

Quando chegamos ao assoalho do meu quarto, o cheiro pútrido do esgoto ainda persiste em nossas roupas e pele.

Long se aproxima de mim, e, sem palavras, me abraça com força.

Eu choro, sentindo meu corpo tremer. Tudo chegou tão rápido, eu não sabia o que dizer a Long então apenas chorava.

Ele me aperta contra seu peito, sinto as batidas do seu coração que assim como o meu está fora do ritmo. Mas, por um pequeno momento, sou invadida pela sensação de conforto que seu abraço me trás, embora nós dois estejamos envolto em uma mistura de sujeira e tristeza.

Não me importo com o odor enjoativo que agora nos define; nada disso importa diante do vazio crescente que se alinha com a frustração em meu peito. A espera que se arrasta e a dor de saber que a liberdade, mais uma vez, está longe de nosso alcance.

— Vamos tentar de novo, ok? — Sua voz baixa e tranquila, soa como uma promessa não cumprida, tentando quebrar a tensão que se alinha em meu coração.

Sua mão acaricia meus cabelos com gentileza, tentando acalmar o turbilhão interno que habita em mim, eu só luto para conter as lágrimas que não param.

— Na próxima, vamos agir de forma diferente. — Ele continua, como se pudesse convencer a si mesmo de que as coisas serão diferentes.

Eu assinto, ainda com o peito apertado, afastando-me dele para não demonstrar mais dor. Long sobe os degraus com uma determinação silenciosa e vai até a portinha do alçapão, que se abre para revelar meu quarto.

— Irei voltar ao porão. Preciso trocar de roupa. Cuide-se. — Ele fecha o alçapão com uma leve pressão assim que eu entro no quarto.

Fico sozinha. O silêncio é opressor, mas ao mesmo tempo, é tudo o que conhecemos aqui. Puxo o tapete que está sobre o piso de madeira e, com as mãos trêmulas, arrumo a mesinha tentando dar uma sensação de normalidade ao ambiente que, de tão opressor, parece uma prisão em si mesma.

Ao terminar, destranco a porta, certificando-me de que não há ninguém no corredor e saio em direção ao meu quarto.

Tiro as roupas encharcadas de sujeira e sigo para o banheiro. O som da água fria caindo sobre meu corpo é quase terapêutico, aliviando um pouco da tensão acumulada, embora não consiga apagar a amargura que permanece em meu peito.

Envolta pela água gelada, tento deixar que a sensação fria me envolva por completo, como se fosse possível lavar não apenas a sujeira física, mas também a dor, o medo e o cansaço.

Amanhã, serei separada para me deitar com ele.

O rei deste império.

Eu só espero que ele me abomine, para que eu não me torne uma de suas deusas ou, na verdade, apenas mais uma de suas escravas sexual.

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CAPÍTULO 03 Harumi
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CAPÍTULO 05 Harumi
CAPÍTULO 06 Harumi
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