Não sei quanto tempo fiquei ali parada, respirando o ar pesado do quarto, ouvindo apenas minha própria respiração entrecortada. Ele estava atrás de mim, silencioso, mas cada movimento dele parecia ecoar em minha pele, em meus ossos. A presença dele era esmagadora — grande, musculoso, forte, mas movendo-se com a graça silenciosa de um predador que sabe exatamente o que quer. Senti meu coração acelerar antes mesmo de perceber que ele estava perto.
— Quietinha — murmurou, e a voz grave e rouca penetrou minha mente. Um comando absoluto. Eu não resisti. Tremi, arqueei a coluna, pronta para obedecer, mesmo sem saber por quê.
Quando sua mão finalmente tocou meu ombro, senti como se meu corpo tivesse sido mapeado em segundos. Ele desceu, firme e seguro, explorando minhas costas, meus braços, cada centímetro de pele. Seu toque não era apenas físico — era um aviso silencioso de que ele controlava tudo naquele espaço, cada gesto meu, cada respiração.
— Boa… vai se lembrar disso — sussurrou, e seus olhos verdes brilhavam na penumbra. Havia uma intensidade ali que me queimava de dentro para fora.
Eu sabia que lembraria. Cada arranhão leve, cada pressão firme, cada marca que ele deixava em minha pele era registrada na minha mente. Não eram apenas sinais físicos — eram lembranças do poder dele, da maneira como conseguia dominar sem esforço, como conseguia me consumir inteira.
Ele me virou para encará-lo, meu corpo pressionado contra o dele. O calor que irradiava era quase insuportável, misturado com o cheiro forte e masculino que me deixava tonta. Mesmo sem tocar, podia sentir a força dele, os músculos firmes, a pele pálida que contrastava com a escuridão do quarto. Ele era presença, era comando, era predador, e eu era presa. Suas mãos encontraram minhas coxas e as apertou de forma possesiva.
— Gosta disso? — perguntou, e o tremor da minha voz respondeu antes de eu conseguir raciocinar.
— Sim… — murmurei, e cada sílaba foi arrancada de mim pelo impacto de seu olhar.
Ele sorriu, predador satisfeito. Suas mãos começaram a deixar marcas no meu corpo — leves arranhões, mordidas suaves, toques firmes — cada gesto controlando, guiando, explorando. Eu me arqueava, sentindo a mistura de dor e prazer que ele causava, e meu corpo respondia sozinho, cada nervo em alerta, cada célula vibrando sob seu toque.
Ele me guiou para a cama, meus pés mal tocando o chão antes que estivesse deitada, meus pulsos presos ao ritmo dele. Sentir seu corpo por cima do meu, grande, quente, dominante, me fez perceber que não havia chance de resistência. Eu estava completamente entregue.
Seus olhos verdes me analisavam como se pudessem ler meus pensamentos, minhas memórias, minhas vontades mais profundas. Ele não precisava falar para que eu obedecesse, e a consciência disso me excitava ainda mais. Cada beijo, cada mordida no pescoço, cada aperto firme nas minhas mãos me lembrava que eu não tinha controle — e eu não queria ter.
— Não se mexa tanto… ou vou ter que ensinar outra vez — disse ele, rouco, quase predador, e eu arqueei ainda mais, sentindo cada músculo reagir ao toque dele.
Eu explorei o corpo dele sem pensar, minhas mãos percorrendo músculos firmes, pele quente, e ele ria baixo, um som que reverberava direto na minha espinha, me deixando tonta. Cada marca que ele deixava era impressa não apenas na minha pele, mas em minha mente. Cada toque era um lembrete de quem comandava aquele momento, de quem ditava o ritmo do prazer, de quem deixava sua presença gravada em cada centímetro de mim.
Ele desceu pelo meu corpo, guiando, dominando, explorando cada reação minha. Era instinto, desejo, força e delicadeza controlada ao mesmo tempo. Eu me perdia, arfando, arqueando, entregando-me completamente àquele calor que consumia. Meu corpo reagia sozinho, e minha mente se rendia ao poder dele, à intensidade, à mistura de prazer e dor que me fazia sentir viva de um jeito brutal.
— Você vai se lembrar de cada detalhe, piccola — murmurou perto do meu ouvido, e eu tremi. Ele falava como quem prometia, e eu sabia que não poderia esquecer. Cada arranhão, cada toque firme, cada sussurro era uma assinatura dele em mim.
Quando finalmente nos movemos juntos, guiados pelo instinto, senti o clímax se aproximar como uma onda inevitável. Eu estava perdida em seu toque, em seu domínio, em sua força. Ele era predador; eu era presa. E não queria que fosse de outro jeito. Cada gesto dele deixava marcas profundas, visíveis e invisíveis. Minha respiração estava entrecortada, meu corpo tenso e entregue, e ele ria baixo, satisfeito, como se estivesse brincando com o prazer que criava.
Depois, quando nos deitamos, corpos suados, respiração pesada, ainda havia risos baixos, carícias roubadas, toques suaves misturados à intensidade anterior. Ele ainda era dominante, mas agora havia espaço para algo mais sutil, uma tensão quase íntima. Ele me marcava, se divertia comigo, e eu me deixava levar, sabendo que aquele poder absoluto dele ainda me cercava, ainda me possuía.
E enquanto nos deitávamos, exaustos e queimando, percebi algo que jamais havia sentido. Prazer intenso, entrega total, dominação absoluta — mas também diversão, riso, calor compartilhado. Ele era predador, eu era presa, e ainda assim, havia algo mais profundo entre nós, uma conexão que eu não podia nomear, mas sentia em cada toque, em cada suspiro, em cada marca gravada em minha pele.
E mesmo sem entender tudo, eu sabia que aquele momento — aquelas marcas físicas e invisíveis — ficariam comigo para sempre. Cada arranhão, cada toque, cada sussurro era dele. Eu era dele. E, por algum motivo que não precisava de explicação, eu não queria ser de outra forma.
Enquanto o silêncio voltou, ainda podíamos ouvir o eco da tensão, do prazer e da entrega. Ele permaneceu ao meu lado, corpo contra corpo, seus olhos verdes fixos em mim, e eu percebi que estava presa a ele de maneiras que não podiam ser quebradas, nem por mim, nem por ninguém. E eu não queria que fossem.