Em busca da Verdade

Em busca da VerdadePT

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Última actualización: 2025-07-22
Lorany T Valenciano  Recién actualizado
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Resumen
Índice

Maitê Ferreira cresceu entre becos, tiros e segredos que ninguém ousava mencionar. Filha do temido líder do Complexo do Alemão — ou pelo menos é isso que todos acreditam — ela sempre soube que havia algo errado na forma como era tratada. Após a morte brutal do irmão gêmeo durante uma operação policial, ela deixou tudo para trás… mas o morro nunca esquece os seus. Quatro anos depois, ela retorna com feridas que ainda sangram e um passado que insiste em assombrá-la. O que Maitê não esperava era descobrir que sua verdadeira origem é muito mais perigosa do que imaginava. Filha de um assassino lendário do Comando e sobrinha do próprio homem que a criou como inimiga, Maitê se vê no centro de uma guerra não apenas de poder, mas de identidade. Enquanto busca justiça e tenta reconstruir quem é de verdade, ela precisa lidar com traições, alianças inesperadas e um amor que surge em meio ao caos — tudo isso enquanto descobre que, no morro, a verdade tem um preço… e, às vezes, pode matar.

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Capítulo 1

Lembranças que sangram

Notas da autora ✍️

Todos nós temos nossos próprios monstros. Alguns conseguem domá-los com o tempo. Outros, apenas os escondem. Mas poucos têm alguém que os ajude a enfrentá-los.

Então me diz: você tem alguém que te tire da escuridão?

Tem alguém que segure sua mão quando tudo parece ruir?

Se sua resposta for sim, você é mais afortunado do que imagina.

Mas se for não, saiba que eu estou aqui.

Meu W******p está aberto. Sinta-se acolhido. Às vezes, um desabafo salva uma vida.

Narrado por Maitê

Meu nome é Maitê Ferreira, filha do King — o homem mais temido do Complexo do Alemão. Cresci cercada por muralhas invisíveis: poder, violência, silêncio. O morro nunca foi só um lugar para mim, foi prisão e lar. Viver sob o mesmo teto que a esposa do meu pai era como caminhar sobre cacos de vidro. Mas havia algo que amenizava a dor: meu irmão gêmeo, Viktor. Ou como todos o conheciam por aqui, VT.

Éramos cinco irmãos, mas apenas ele e eu compartilhávamos o mesmo sangue e a mesma marca do erro. Os outros três — Lui, Larissa e Talita — eram filhos legítimos da esposa do King. Crescer ao lado deles era como viver em um campo minado.

Lui, o mais velho, é conhecido como Escorpião. Aos 28 anos, é o braço direito do meu pai. O mais frio. O mais calculista. O tipo de homem que você aprende a temer antes mesmo de entender o porquê.

Larissa, com seus 25 anos, vive no luxo. Nunca precisou sujar as mãos. Arrogante, vive como se o mundo estivesse aos pés dela, como se a favela fosse sua passarela.

Talita, aos 23, é a cópia da irmã, só que mais ambiciosa. Sonha em ser mulher de chefão, crente de que quanto mais alto o cargo, mais intenso o amor. Ingênua. Ou talvez só cega.

E então havia Viktor. Com seus 19 anos, era meu espelho, minha metade. O sorriso dele iluminava até os dias mais escuros. Amava a liberdade, odiava injustiças. Ele era o tipo de pessoa que fazia até o morro respirar mais leve.

Mas há quatro anos, tudo mudou. Tudo que eu conhecia, tudo que me dava força… se foi.

Lembranças Ligadas

Eu tinha 15 anos quando tudo aconteceu.

Era uma manhã comum, com o burburinho dos trabalhadores subindo o morro. O sol ainda lutava para nascer por completo quando o primeiro foguete cortou o céu, anunciando o caos: a invasão estava começando.

Meu quarto se encheu com a presença apressada do Viktor. Ele me puxou pela mão, o olhar sério. — Vai pro cofre com as meninas. Agora! — ele ordenou.

Obedeci sem pensar duas vezes, mas levei comigo um radinho escondido. Algo dentro de mim gritava que eu precisava saber o que estava acontecendo lá fora.

— Princesa, vai logo. Não temos tempo! — ele repetia, nervoso.

— Tô com um pressentimento ruim. Por favor, fica comigo… — implorei.

Ele forçou um sorriso e tocou minha testa como fazia quando éramos crianças. — Vai ficar tudo bem. Já volto pra te buscar.

As paredes do cofre eram grossas, mas não o suficiente pra abafar o som dos tiros. Cada disparo parecia atravessar minha pele. Ouvimos vozes do lado de fora. Juca gritou para Viktor: — VT, não segue por aí! — Mas meu irmão não respondeu.

A angústia me dominou. Saí correndo do cofre, ignorando os gritos da madrasta. Tranquei a porta por fora, peguei a arma da mesinha e disparei pelos becos. O desespero guiava meus passos. Meu coração batia mais forte que qualquer tiro.

Na esquina, parei. Meu corpo congelou. Um homem — o dono do morro rival — estava de frente pro meu irmão, arma em punho. Escondi a minha nas costas, mas foi tarde demais. Três tiros. Um. Dois. Três. Cada um rasgando o peito do meu irmão como punhais em meu próprio coração.

— NÃO! — Gritei com tudo o que tinha.

As armas se viraram pra mim, mas nada mais importava. Corri até ele, caindo de joelhos. O sangue dele escorria pela minha roupa, quente e denso, como se tentasse me lembrar de que era real. — Viktor, por favor… me olha. Fica comigo. — Meus gritos eram pedidos desesperados, afogados em lágrimas.

— Fica parada aí! — gritaram. Mas eu já não os ouvia. Meu mundo havia parado ali.

A mão em minhas costas encontrou a arma. Com o dedo no gatilho, encarei o assassino do meu irmão.

— Acha que vai sair viva daqui, garota? — ele zombou.

— Você já me matou por dentro… agora não tenho mais nada a perder. — E atirei. Uma. Única. Vez.

A bala acertou em cheio a testa dele. O silêncio que se seguiu foi assustador. As armas ainda apontadas pra mim, mas ninguém se moveu. Todos paralisados. O caos deu lugar ao medo.

Protegi o corpo do meu irmão com o meu. Fechei os olhos por um segundo. Quando os abri, vi o King se aproximando. Os homens abaixaram suas armas assim que o viram.

Meu pai encarou o corpo do filho. Pela primeira vez, vi lágrimas em seus olhos. Mas sua voz saiu firme, sem vacilar:

— A partir de hoje, o Jacarezinho é nosso.

Os homens vibraram. Comemoraram a vitória. Mas eu? Eu só sentia luto.

O velório foi naquela mesma noite. Meu corpo ainda carregava o cheiro do sangue. Minhas mãos tremiam, minha mente oscilava entre raiva e dor. Meus olhos, que antes brilhavam com a inocência da juventude, agora estavam opacos. Mortos.

Naquela noite, jurei nunca mais voltar.

Lembranças Desligadas

Agora, quatro anos depois, aqui estou. Dentro de um avião, voltando para o mesmo lugar que me destruiu. O céu lá fora é cinza, como se soubesse que o que me espera não é nada fácil. Cada nuvem que passa parece carregar um pedaço do passado que tentei enterrar. Mas não tem como fugir do que vive em você.

— Você tá bem? — Fumaça pergunta.

Ele sempre esteve lá. Desde pequena, foi meu segurança, meu protetor. Quando tudo desmoronou, ele largou tudo e veio comigo. Foi o único que me ajudou a sobreviver.

— Não sei, Fumaça. As lembranças tão voltando… tudo de uma vez. — Respondo, olhando pela janela.

Ele segura minha mão. Forte. Firme. Como quem diz “tô aqui”.

E é com essa mão que vou enfrentar os fantasmas do passado. Porque agora, mais do que nunca, estou em busca da verdade.

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