11. O Crepúsculo do Pecado
A noite de Nova York caía sobre a cidade com a lentidão de um véu de veludo, mas para a detetive Chiara Rossi, o crepúsculo daquela noite era tingido de escarlate. O alerta do rádio não era apenas sobre um crime; era sobre o The Scarlet Room. O clube, um santuário de prazer e indulgência para a elite, e um dos bastiões do império Moretti, agora era uma cena de crime. A ironia não escapou de Chiara. O predador havia levado sua caça para seu próprio habitat, ou talvez, a caça tivesse sido levada até ele.
A sirene da viatura ecoava pelas ruas do Lower Manhattan, uma nota aguda que rasgava o silêncio da noite. Mason, ao seu lado, mantinha uma expressão de calma profissional, mas Chiara sentia a tensão em seus ombros.
— Certo. O que sabemos? — Mason perguntou, a voz grave e focada.
— Duas vítimas. Local do crime: The Scarlet Room. Disparo de arma de fogo. A ligação veio de um dos seguranças do clube.
— E Dante Moretti está no local?
— A ligação não mencionou. Mas você sabe que ele estará.