Desde o ventre, Mateus Hernandes e Paola Schneider foram prometidos um ao outro. Herdeiros de duas das maiores facções criminosas do mundo, a máfia Mexicana e a máfia Argentina, ambos cresceram com um destino já traçado, mas nunca deixaram de ser mais que simples peões do império de seus pais. Paola, uma talentosa contadora e especialista em disfarces, é também a herdeira da máfia Argentina, dona de uma inteligência afiada para manipulação e estratégias. Mateus, biólogo e hacker habilidoso, com um dom raro para tecnologia, é o herdeiro da máfia Mexicana, imerso em um mundo de dados e intrigas cibernéticas. Juntos, eles devem enfrentar uma ameaça crescente: uma gangue de Cordobeses determinada a vingança e a conquista da cadeira de Dom da máfia Argentina. Enquanto desbaratam a rede criminosa que tenta tomar o controle da facção, enfrentam pistas traiçoeiras, perseguições implacáveis e o restabelecimento das suas mães, vítimas de um atentado brutal que roubou a paz recém-conquistada. Em meio ao caos e à violência, Mateus e Paola se veem cada vez mais próximos, desafiando o destino e descobrindo uma conexão profunda e inegável. O amor, inesperado e intenso, nasce entre as sombras da máfia, enquanto enfrentam perigos que ameaçam não só suas vidas, mas também o futuro de seus impérios. Entre traições, alianças e a reconstrução de um futuro juntos, Mateus e Paola terão que decidir até onde vão para proteger o legado de suas famílias e, ao mesmo tempo, lutar pelo amor que floresce no coração de um mundo imerso em sombras e sangue.
Leer másJavier
Cinzas e Promessas O hotel onde a explosão ocorreu estava em ruínas. O estrondo da explosão havia feito o prédio tremer, e as chamas subiam ferozmente, destruindo tudo em seu caminho. María, Martina Jordana e Laura haviam sido pegas no impacto, e os gritos de dor ecoavam pelo corredor escuro enquanto os feridos eram socorridos. As equipes de emergência corriam contra o tempo, tentando salvar aqueles que podiam, mas a devastação era grande demais. O cheiro de queimado pairava no ar, e o caos se alastrava por cada canto. A explosão havia sido meticulosamente planejada. O impacto foi tão devastador que o edifício começou a ruir e poderia desabar a qualquer momento. Lá fora, a polícia tentava controlar a situação, mas os culpados já haviam cumprido seu objetivo: Deixar uma marca de destruição, uma ameaça que agora ecoava nos ouvidos de todos da família. María, consciente de sua condição, piscava os olhos pesados arranhando suas pálpebras que lacrimejam com a fumaça , sentindo o peso de sua respiração dificultada pela fumaça, que arranhava sua garganta cada respiração um esforço enorme para manter a vida que ela recusava a ceder para a escuridão . Laura, ao seu lado, estava visivelmente ferida, mas uma força invisível a mantinha viva, lutando com o resto de energia que ainda existia em seu interior, resistindo ao pesadelo que começava a se desenrolar. As duas estavam longe de estarem seguras, mas pelo menos estavam vivas. Pelo menos por agora. A fumaça densa envolvia os destroços do hotel, tornando o ar quase irrespirável. As sirenes ecoavam em direção a cidade, misturando-se aos gritos e ao choro de feridos que tentavam escapar do pesadelo. Entre os escombros, Martina e Jordana lutavam contra a dor lacerante que rasgava seu peito. Seu corpo estava preso sob vigas de concreto, e cada respiração era um esforço tortuoso. Ela tentava manter-se consciente, mas o cansaço e a dor ameaçavam vencê-la. Sua mente oscilava entre a realidade caótica e memórias distantes, como se sua vida inteira passasse diante de seus olhos. Lembrou-se de sua filha Paola, do orgulho que sentia ao vê-la crescer forte e destemida. "Não posso morrer aqui. Não agora", pensou, agarrando-se à última réstia de força que lhe restava. Ao seu lado, Laura estava entrando em estado de inconsciência e Maria tossia violentamente, tentando afastar a poeira e a fuligem que invadiam seus pulmões. Laura sentia uma dor ardente no braço esquerdo, onde um pedaço de vidro havia se cravado, e um corte profundo na testa fazia o sangue escorrer pelo rosto. Seus olhos marejados tentavam focar na destruição ao redor, mas tudo parecia um borrão de caos e terror. A explosão havia sido brutal, deixando rastros de destruição em todos os andares do hotel. O fogo consumia o que restava do mobiliário, enquanto vigas ameaçavam desabar a qualquer momento. O calor intenso tornava o ambiente ainda mais sufocante, e a única coisa que Laura conseguia pensar era em Luna. "Minha filha... Preciso ver minha filha novamente." Os paramédicos trabalham freneticamente, removendo corpos dos escombros, tentando salvar aqueles que ainda tinham uma chance. Quando um grupo finalmente chegou até María e Laura, as expressões de horror nos rostos dos socorristas mostravam a gravidade da situação. — Temos duas vítimas aqui! Precisamos de uma maca agora! — gritou um dos socorristas. María tentou falar, mas sua voz saiu como um sussurro rouco. Um dos paramédicos se ajoelhou ao seu lado, segurando sua mão com firmeza. — Aguente firme, senhora. Vamos tirá-la daqui — disse ele, enquanto outro membro da equipe tentava remover os escombros que prendiam suas pernas. Laura apertou os olhos, tentando suportar a dor enquanto era cuidadosamente levantada pelos socorristas. Ela se recusava a desmaiar. Queria ver Luna. Precisava contar a ela sobre o que acontecera, sobre a ameaça real que pairava sobre eles MATEUS De volta ao México , os preparativos estavam em andamento. Arturo havia dado ordens claras, e todos estavam se mobilizando para agir o mais rápido possível. Arturo se aproxima de mim me olhando de frente –Mateus, você é um Hernández! E não é qualquer borra botas argentino que vai tirar o seu legado! Fala Arturo com a voz rouca. –Me mantenha informado! Completa. Me puxa me abraçando apertado, afrouxa o abraço, me olha nos olhos novamente e sai. As despedidas foram curtas e nós já estamos próximo do aeroporto de Carrara em Montevidéu. O futuro parece sombrio, mas eu sei que o peso de minha família e a lealdade a meus entes queridos são os alicerces para me fazer enfrentar o caos que se aproxima. E enquanto as sombras da guerra se estendem sobre nós, eu sinto, mais uma vez, o peso do legado que carrego. Agora, mais do que nunca, era hora de lutar, e eu não estou disposto a permitir que tomem o que eu havia conquistado. Eu sei que era hora de lutar e mostrar que conquistei a cadeira de futuro Dom do México por mérito e não por nome. E quem esses denominados grupos de Cordobeses pensam que são? Penso De repente sinto uma mão no meu ombro e me viro assustado, Théo está olhando direto em meus olhos, então me diz: –Mateus, você não está sozinho nessa cara! Essa guerra é minha também!A Chegada do ExteriorA tarde começava com uma energia diferente. O sol banhava os campos da fazenda com uma luz dourada, e os pássaros pareciam mais barulhentos que o normal. Havia expectativa no ar e não apenas das crianças.Mateus, ao lado de Éder, ajustava o projetor e a conexão de internet com precisão quase militar. Maurício preparava a tela no galpão com a ajuda de Paola, que organizava almofadas no chão para todos se sentarem. Hilda servia bolos e biscoitos nas mesas improvisadas. Era dia de espetáculo mas não um qualquer.— Vai dar certo. Disse Luna, observando o cenário sendo montado. — Eles precisam ver o que construímos aqui. Precisam sentir.Théo, com o tablet em mãos, abriu a sala virtual.— Já estão entrando. Anunciou, sorrindo. — Lupita, Arturo, Ruan, Martina, Horácio, Catalina até Giovana e Miguel confirmaram presença.— E os italianos? — perguntou Luna, cruzando os braços.— Teodoro já está conectado, junto com Jordana e Laura está muito ansiosa, acredita? Estã
Cenas de CuraNo terceiro dia de ensaios, o galpão da Fazenda Feitiço do Sol Nascente já parecia outro. As paredes decoradas com desenhos das crianças, o palco improvisado com paletes de madeira, os bancos feitos de feno e cobertores coloridos. Tudo exalava vida, cor, e principalmente, um sentimento de pertencimento.Joana e Paola distribuíam as falas com animação, enquanto Gabriel afinava um violão antigo que trouxe do Rio Grande do Sul. Alfredo e Éder montavam o sistema de som com caixas simples, mas funcionais.— Hoje é dia de cena aberta. Anunciou Joana, chamando atenção do grupo. — Isso significa que vamos apresentar uma parte da peça para o nosso público especial: —Nossos tios e os adolescentes mais velhos.As crianças se entreolharam, nervosas. Alguns sorrisos desapareceram por um instante. Valentina agarrou a mão de Enzo.— Será que eles vão gostar?— Vão sim. Disse ele, confiante. — Você grita igual uma pedra de verdade.Todos riram. A tensão se dissolveu no ar como poei
Cenas de CuraNo terceiro dia de ensaios, o galpão da Fazenda Feitiço do Sol Nascente já parecia outro. As paredes decoradas com desenhos das crianças, o palco improvisado com paletes de madeira, os bancos feitos de feno e cobertores coloridos. Tudo exalava vida, cor, e principalmente, um sentimento de pertencimento.Joana e Paola distribuíam as falas com animação, enquanto Gabriel afinava um violão antigo que trouxe do Rio Grande do Sul. Alfredo e Éder montavam o sistema de som com caixas simples, mas funcionais.— Hoje é dia de cena aberta. Anunciou Joana, chamando atenção do grupo. — Isso significa que vamos apresentar uma parte da peça para o nosso público especial: —Nossos tios e os adolescentes mais velhos.As crianças se entreolharam, nervosas. Alguns sorrisos desapareceram por um instante. Valentina agarrou a mão de Enzo.— Será que eles vão gostar?— Vão sim. Disse ele, confiante. — Você grita igual uma pedra de verdade.Todos riram. A tensão se dissolveu no ar como poeir
Raízes de EsperançaO sol ainda se espreguiçava sobre os campos quando as primeiras vozes infantis ecoaram na varanda da casa principal. Risadas tímidas, passos apressados e olhos curiosos pareciam varrer os últimos vestígios da madrugada tensa.No refeitório, Camila organizava as mesas com Mariana e Gabriel. A comida era simples, mingau com mel, pão fresco e chá, mas o cheiro aquecia mais que qualquer fogueira. Todos sabiam que o corpo precisava repousar, mas o coração... Esse queria respirar.— Nunca vi um grupo se recompor tão rápido. Comentou Camila, observando os pequenos organizarem seus pratos em silêncio respeitoso.— Eles sabem que fizeram algo grande. Respondeu Mariana. — Pela primeira vez se sentiram parte da proteção, não apenas alvos.Gabriel concordou, mas não disse nada. Seu olhar se perdeu por um instante na direção da colina, onde Joana e Paola já desenhavam no chão os primeiros esboços da tal peça teatral.Luna caminhava descalça até o campo sul. A grama ainda mo
Vozes no EscuroO alarme não era real. Mas ninguém sabia disso ainda.Era pouco depois das duas da madrugada quando a sirene suave, como um sussurro metálico, ecoou entre as árvores. Três estalos repetidos. Um apito baixo. As crianças acordaram assustadas, algumas chorando. Clara, já de pé, pegou o rádio na cabeceira.— Iniciamos a simulação. Nível três. Repetindo: simulação nível três. Confirmou Mateus pela linha segura.Clara respirou fundo. Era agora que tudo que haviam ensaiado precisava funcionar.No galpão, Alfredo puxou a manta que cobria a porta para o abrigo subterrâneo. Luzes de emergência acenderam automaticamente. Camila, com uma lanterna de cabeça, guiava os pequenos que saíam dos dormitórios em fila, com cobertores enrolados e olhares confusos.— É só uma brincadeira noturna, pessoal. Igual aos jogos que fizemos hoje. Disse ela, suavizando a tensão com uma canção de ninar murmurada.Os adolescentes mais velhos cumpriram suas funções com precisão. Mariana fez o sinal de
Códigos de ResistênciaA manhã seguinte nasceu abafada e inquieta, como se até o céu soubesse que o Refúgio dos Sonhos já não era um lugar completamente seguro. Clara acordou antes do sol, revisando mentalmente cada passo do plano traçado. Havia algo sagrado em cuidar de uma comunidade ferida uma promessa silenciosa de que ninguém mais seria deixado para trás.Luna e Joana se dividiram em duplas com os adolescentes mais velhos, fingindo atividades recreativas para iniciar o treinamento silencioso. Nada parecia diferente para quem olhasse de fora: futebol improvisado, oficinas de arte, música sob as árvores… Mas havia códigos ocultos por trás de cada movimento.— Quando eu disser “passa a bola”, você corre até aquele galho caído e finge que está se escondendo. Entendido, Manu? Cochichou Joana.— Sim. Aí espero o sinal de volta, né?— Isso. E lembra: A mão sobre o ombro quer dizer “perigo real”. Joana piscou, como se fosse uma brincadeira.Já no celeiro, Luna treinava um grupo me
Último capítulo