Mundo ficciónIniciar sesiónIsabela Moura sempre teve controle sobre sua vida: carreira, decisões, rotina. Até Dante Cruz entrar nela — CEO poderoso, arrogante e irresistível, capaz de abalar todas as suas certezas. Quando ele propõe um contrato inusitado, Isabela se vê diante de um jogo de poder, sedução e limites que vai testar cada fibra do seu corpo e mente. Entre decisões arriscadas, desafios psicológicos e desejo irresistível, ela descobrirá que perder-se às vezes é a única maneira de se encontrar.
Leer másMeu mundo sempre foi organizado. Planejamento, rotina, controle. Eu sabia cada passo que dava, cada decisão, cada consequência. Nada era impulsivo. Nada saía do previsto. Eu funcionava dessa forma. Segura. Intocável.
Até Dante Cruz entrar na minha vida. Ele não chegou com suavidade. Não houve aviso, gradualidade ou adaptação. Ele simplesmente apareceu em uma reunião — e bastou um olhar. Um único olhar. Intenso, firme, calculado. Um olhar de alguém que não apenas observa, mas decifra. Dante era o tipo de homem que transformava o ambiente sem esforço. Forte. Inteligente. Perigoso no silêncio. Havia algo nele que exigia atenção — como se o ar ao redor dele pertencesse apenas a ele. Tentei tratá-lo como qualquer outro executivo. Distância profissional, limites claros, respostas exatas. Mas Dante não era alguém que se encaixava em limites. Não importava o quanto eu tentasse manter distância; algo nele me puxava. Uma curiosidade inquieta, uma tensão silenciosa, como se ele fosse um desafio feito sob medida para tudo que eu evitava sentir. E hoje… hoje era o dia em que eu assinaria um contrato com ele. O elevador subia rápido, e cada andar aumentava minha tensão. Ajustei meu blazer, endireitei a postura e respirei fundo. Eu me preparei para negociar com grandes nomes antes — mas nenhum provocou em mim o que Dante provocava. Quando a porta abriu, ele estava lá. De pé, perto da janela, observando a cidade como se ela respondesse a ele. Quando seus olhos encontraram os meus, senti o impacto no corpo inteiro. — Chegou cedo — ele disse, voz grave, rouca, com um controle que parecia natural. — Queria revisar os documentos antes de assinarmos — respondi. Ele caminhou devagar até a mesa. Seu sorriso apareceu — pequeno, porém cheio de significado. — Hoje não é apenas sobre documentos, Isabela. Hoje é sobre você. Aquela frase não deveria ter força nenhuma. Mas teve. Peguei o contrato. As letras pareciam mais pesadas do que deveriam. Ele me observava sem pressa, como se cada movimento meu dissesse algo que ele precisava analisar. — Assinar significa aceitar um acordo — disse ele, parado perto de mim. — Não só profissional… mas pessoal. — Pessoal? — repeti. — Você entenderá. Confiança vem primeiro. Coragem vem depois. Eu poderia recuar. Poderia pedir mais tempo. Mas minha mão já estava em movimento. Assinei. Assim que finalizei, ele tocou minha mão ao pegar o papel. Um toque mínimo. Mas suficiente para um arrepio imediato. — Muito bem — disse, satisfeito. — Agora o verdadeiro jogo começa. Ele se recostou, como alguém que já sabia o resultado antes mesmo do início. — Agora que está formalizado, podemos começar — continuou. — Começar o quê, exatamente? — perguntei. Ele se inclinou ligeiramente para a frente. O perfume dele era marcante — madeira, couro, algo quente. — Comprometimento total. Mental, físico, emocional. Não exigirei nada que você não deseje dar — mas hesitação não será tolerada. — E se eu não estiver pronta? Ele sorriu. Não com arrogância — com certeza. — Preparação não antecede a experiência. Ela nasce dela. Meu corpo reagiu antes que meu raciocínio acompanhasse. Era contraditório sentir medo e querer continuar — mas era exatamente isso. Ele contornou a mesa e parou à minha frente. — Este contrato não é um limite — disse. — É um mapa. Você decide o ritmo. Eu conduzo a direção. — E se eu errar? — Você não está aqui para acertar. Está aqui para descobrir. Havia algo nos olhos dele — firmeza, intensidade, promessa. Eu sabia que já estava presa naquele momento. — Está pronta para o primeiro passo? — ele perguntou. Eu não respondi com palavras. Assenti. Ele pegou o casaco, ofereceu o braço e disse: — Vamos. Atravessar aquele corredor ao seu lado era como atravessar uma fronteira invisível. Cada passo parecia anunciado pelo silêncio ao redor. Entramos no carro preto, elegante e silencioso. Ele dirigia com precisão absoluta. Ele não precisava olhar para mim para me fazer sentir observada. — Isso não é só sobre o contrato — disse, sem tirar os olhos da estrada. — É sobre o que você pode sentir. Sobre o que ainda não conhece. — E se eu me perder nesse caminho? — perguntei. — Às vezes, só nos encontramos quando nos perdemos primeiro — respondeu, encostando levemente no meu ombro. O trajeto pareceu curto demais. Quando chegamos, ele saiu primeiro, abriu a porta para mim e disse: — Entre. A sala era ampla, silenciosa, com iluminação baixa e sombras calculadas. Nada ali era aleatório. Tudo parecia preparado para provocar sensação — não apenas visão. Ele caminhou até o centro da sala e virou-se. — Agora entende — disse com firmeza. — O contrato não define o que você deve ser. Apenas o que podemos explorar. Meu coração estava acelerado demais para ignorar. — E se eu falhar? — perguntei, quase num sussurro. Ele se aproximou. Lento. Intencional. — Não está aqui para ter respostas perfeitas, Isabela. Está aqui para sentir. Eu sabia que aquele era o momento final antes de tudo mudar. E ainda assim, eu não queria voltar. — Está pronta para seguir? — ele perguntou, tão perto que eu senti o calor dele. Eu assenti. Ele sorriu. Aquele sorriso. O primeiro. O que começou tudo. Estendeu a mão. — Então venha. E naquele instante, eu soube: Eu estava pronta. Pronta para Dante. Pronta para o contrato. Pronta para o jogo.O retorno ao escritório no dia seguinte foi estranho — não pelo ambiente em si, mas pelo que havia mudado entre eles. Nada visível. Nada dito.Mas estava ali.Na forma como Isabela notava cada movimento ao redor.Na forma como Dante parecia sempre um passo mais perto do que o habitual.Na forma como até o ar parecia mais denso quando os dois estavam no mesmo espaço.Assim que ela passou pela recepção, ouviu a voz da assistente de Dante:— Bom dia, Isabela. O senhor Dante pediu que, quando chegasse, fosse diretamente à sala dele.Ela assentiu com educação, mas o coração acelerou antes que a razão pudesse reagir.No caminho, respirou fundo — duas vezes.Quando entrou, Dante estava de costas, observando a cidade por trás da parede de vidro. O céu estava nublado, o tipo de cinza que anunciava tempestade.Ele não se virou imediatamente.— Feche a porta — disse apenas.Ela obedeceu — sem questionar. Sem permitir que a voz interna, que ainda tentava manter controle, criasse barreiras.Quando
O despertador tocou às seis e meia, mas Isabela já estava acordada. Nem precisava olhar no espelho para saber que sua expressão denunciava a noite mal dormida — não por insônia, mas por excesso de pensamento. Um beijo. Só um beijo. E, ainda assim, parecia que o mundo dela tinha mudado de eixo.Enquanto arrumava a mala pequena — blazer preto, camisa branca, uma calça social creme e alguns itens pessoais — sentia o coração acelerar sem aviso. A viagem era rápida, apenas uma reunião estratégica em São Paulo. Nada demais. Pelo menos no papel.Mas bastava lembrar da mensagem dele para o estômago dela se contrair.“Não pense demais. Apenas esteja lá.”Simples. Direto. A assinatura exata de Dante Cruz.Ela terminou de arrumar tudo e respirou fundo antes de sair. O motorista já aguardava no térreo do prédio. O céu ainda estava pálido de amanhecer quando ela entrou no carro, tentando convencer a própria respiração a acompanhar o ritmo tranquilo da cidade despertando.Quando chegou ao aeroporto
O silêncio na sala de treinamento parecia carregar eletricidade. As luzes eram mais baixas ali, quase intimistas demais para um ambiente corporativo. Dante estava de costas para mim, as mãos apoiadas na mesa, respirando fundo como alguém tentando manter controle — mas falhando. A porta se fechou atrás de mim com um clique suave. Ele não se virou imediatamente. — Achei que fosse ignorar — disse, finalmente. — Pensei nisso — respondi, tentando soar firme, mesmo com o coração batendo rápido demais. — Mas você mandou, não pediu. Ele girou o corpo devagar, e quando seus olhos encontraram os meus, senti o chão ficar instável. — E você veio — disse ele. — Mesmo sabendo que não deveria. — Você também sabe que não deveria ter me chamado. — Eu sei — admitiu com uma sinceridade que eu nunca tinha ouvido nele. — Mas estou cansado de fingir controle quando eu já o perdi. O ar ficou pesado, quase denso. Ele deu alguns passos em minha direção, e cada um parecia marcar uma decisão que não p
Eu mal dormi.A lembrança do toque de Dante, dos centímetros que nos separaram no elevador, do jeito que seus olhos prenderam os meus como se soubessem exatamente o que eu pensava… tudo isso ficou ecoando. Eu tentava convencer minha mente de que era só parte do contrato, só treinamento emocional, só controle psicológico.Mas meu corpo sabia que era mentira.Quando acordei, senti como se algo tivesse mudado — um limite cruzado, mesmo sem beijo, mesmo sem frases ousadas. Era como se Dante tivesse plantado algo em mim, e agora eu não conseguisse mais ignorar.Passei maquiagem, mas minhas mãos tremiam.— Ridículo — murmurei para mim mesma no espelho. — Você não é o tipo que treme por causa de um homem.Mas Dante não era um homem qualquer.Ele era o tipo de perigo calculado que te observa em silêncio e te entende antes mesmo que você se entenda.Cheguei à empresa dez minutos antes. Ele gostava de pontualidade — não só como regra, mas como demonstração de postura.Quando entrei na sala dele
O quarto estava silencioso, iluminado apenas pela luz baixa que vinha de um abajur ao lado da cama. A chuva fina batia contra o vidro da varanda, criando um ritmo quase hipnótico. Eu deveria estar dormindo. Deveria ter colocado uma barreira entre nós depois do que aconteceu mais cedo. Mas não havia mais espaço para o “deveria”.Eu estava sentada na poltrona, pernas cruzadas, tentando parecer calma quando tudo dentro de mim era tempestade. Dante saiu do banheiro com a mesma tranquilidade de sempre — camisa preta aberta nos dois primeiros botões, mangas dobradas até os antebraços, cabelo ainda úmido. Mas era o olhar que dizia tudo.Ele já tinha decidido alguma coisa.E eu sabia: nada que viesse daquela decisão seria simples.Ele parou diante de mim, silencioso, como se esperasse algo. Eu senti minha respiração ficar curta, mas mantive o que restava da minha coragem.— Não vai dizer nada? — perguntei, tentando manter a voz estável.Dante me estudou com o olhar. Não de forma impaciente —
Eu não conseguia dormir naquela noite. O beijo dele — aquele primeiro toque proibido — ainda ardia nos meus lábios como uma marca invisível. Não era apenas lembrança. Era presença. Era promessa. Era aviso. Fechei os olhos tentando ignorar o desejo latejante no meu corpo, mas quanto mais tentava, mais ele tomava espaço. Dante havia mexido em algo que eu jurava estar bem trancado: minha necessidade de sentir — não apenas pensar. Dormir tornou-se impossível. Quando finalmente o relógio marcou oito horas, eu já tinha desistido da ideia de descanso. Tomei banho tentando acalmar meus pensamentos, mas até a água parecia lembrar o toque dele — firme, quente, inevitável. Ao entrar no elevador do prédio para o próximo encontro com ele, meu corpo reagia antes da minha consciência. Meu coração batia mais rápido, minha respiração estava mais curta. Era ridículo e irracional, mas eu estava desejando reencontrá-lo mais do que queria admitir. Quando a porta abriu, ele já estava lá. Não se
Último capítulo