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Capítulo 2 — Primeiras Regras

O dia começou cedo, mas mesmo antes de abrir os olhos, meu corpo estava alerta. O encontro com Dante ainda vibrava na minha pele — contrato, regras, provocação. Eu sabia que nada seria igual.

Enquanto me vestia, minhas mãos tremiam, embora eu tentasse disfarçar. O blazer alinhado, a camisa impecável — uma armadura. Mas por dentro, algo em mim estava inquieto, desperto, esperando o próximo movimento desse jogo.

Meu celular vibrou.

— Bom dia, Isabela. — A voz dele era grave, controlada. — Espero que esteja pronta.

— Pronta para o quê?

— Para o próximo passo. Encontro às dez. Não se atrase.

A ligação terminou antes que eu pudesse responder. O silêncio após a voz dele parecia ainda mais alto.

No caminho para o escritório, a cidade parecia diferente. As ruas, o som dos carros, as pessoas — tudo parecia distante. Eu estava dentro de outra realidade agora, uma que ele controlava. E mesmo assim, eu andava em direção a ela.

Ao chegar ao prédio, o elevador subiu devagar, como se quisesse prolongar o suspense. Meu coração acompanhava cada número iluminado.

18º andar.

A porta se abriu.

E ele estava lá.

Impecável. Silencioso. Dono da sala e de toda energia dentro dela.

— Bom dia, Isabela — disse, sem sorriso. — Vejo que está pronta.

— Para qual desafio?

— Para descobrir até onde consegue ir.

Ele apontou uma mesa com envelopes numerados. Tudo organizado, calculado — como ele.

— Abra o primeiro — ordenou.

Minhas mãos tremiam levemente, mas obedeci. As instruções eram simples, porém carregadas de expectativa: executar, decidir, agir — sem hesitar.

— E se eu errar? — perguntei.

Ele se aproximou. Devagar. Intencional.

— Errar não importa. O que importa é como você reage ao erro.

A proximidade dele me deixou tensa, mas também estranhamente firme. Como se estar sob o olhar dele me ativasse de um jeito que eu não entendia.

Respirei e comecei.

O silêncio era quase uma presença. Cada movimento parecia amplificado: o rasgar do envelope, o deslizar do papel, a minha respiração.

Quando terminei a primeira tarefa, ele observou em silêncio por segundos que pareceram longos demais.

— Interessante — disse finalmente. — Você tem coragem. Mas quero mais iniciativa.

Havia exigência na voz, mas também... curiosidade.

O segundo envelope era mais desafiador. Não havia instruções completas, apenas direções vagas. Eu precisava decidir. Ele queria ver minha mente funcionando — não apenas obedecendo.

Eu hesitei por um segundo.

Ele percebeu.

— Não pense no que eu quero — disse, baixo. — Pense no que você faz quando ninguém diz nada.

O comentário atravessou minha mente como um comando interno. Eu executei as instruções com mais firmeza.

Quando terminei, Dante se aproximou lentamente, parando atrás de mim.

— Está sentindo isso? — murmurou.

— O quê?

— O medo. A expectativa. O controle. — Sua voz parecia tocar minha pele. — É assim que limites começam a desaparecer.

E ele recuou, como se tivesse dito apenas o suficiente para me deixar à beira de algo.

O terceiro envelope exigia improviso. Minha mente acelerava, meu corpo acompanhava. Cada escolha minha parecia exposta, nítida, entregue ao olhar dele.

Quando finalizei, ele cruzou os braços.

— Você aprende rápido. Mas ainda está se contendo.

— Contendo o quê?

Ele sorriu. Um sorriso pequeno, quase imperceptível.

— Você sabe.

O comentário ficou preso no ar, carregado de significado.

O próximo envelope parecia ainda mais pessoal. A tarefa exigia não apenas execução, mas vulnerabilidade. Eu sabia que estava sendo testada em camadas — profissional, emocional, psicológica.

E ele observava tudo.

— Continue — disse, quando percebi que tinha parado por meio segundo.

Eu continuei.

Quando finalizei a última etapa daquela série, ele se aproximou devagar, como alguém que avalia algo raro.

— Impressionante. Não porque acertou — mas porque não fugiu do processo.

Meu coração acelerou. Eu sabia que ele estava certo. A cada envelope, eu ia mais fundo — não porque ele exigia, mas porque eu queria ver até onde esse jogo iria.

— Próximo — ordenou.

O quarto envelope exigia estratégia. Era mais complexo, mais intenso. A sala parecia menor agora, como se a energia dele preenchesse todos os espaços.

A tensão era quase física.

Quando terminei, dei um passo para trás e respirei.

Ele observou.

— Muito bem — disse finalmente. — Agora está começando a entender.

Seu tom era diferente. Menos avaliador, mais… satisfeito.

— Entender o quê?

Ele se aproximou devagar, parando perto o suficiente para que eu sentisse o calor do corpo dele — mas sem tocar.

— Que o contrato não é sobre obediência. É sobre presença — disse, voz baixa. — Sobre consciência. Sobre reação.

Eu engoli em seco.

E ele sorriu, aquele sorriso controlado, preciso.

— Está pronta para o último desafio da tarde?

Eu assenti.

Ele entregou o envelope final. Era maior.

As instruções exigiam coragem, decisão e adaptação rápida. Havia mais intensidade ali, mais camadas, mais provocação silenciosa.

Eu executei, sentindo cada passo como parte de algo maior do que a simples ação.

Quando terminei, ele caminhou lentamente até mim e parou a poucos centímetros.

Seu olhar era firme, profundo, estudado.

— Muito bem, Isabela. Você não apenas completou — você atravessou.

Minhas pernas estavam tensas, meu peito acelerado. O ar parecia mais denso.

— Mas isso — continuou — ainda é só o começo.

Ele recuou um passo, como se me devolvesse o controle — apenas para deixar claro que eu não o tinha.

— O jogo continua — disse. — E a partir daqui, cada decisão será ainda mais pessoal.

Eu respirei fundo, sentindo a adrenalina correr pelo corpo.

E então, eu soube:

Eu não queria parar.

Eu queria seguir.

Eu queria o desafio.

Eu queria Dante.

Eu queria continuar o contrato — e tudo que ele significava.

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