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Meu CEO Obcecado
Meu CEO Obcecado
Por: Any Ferreira
Capítulo 1 — O Jogo Começa

Meu mundo sempre foi organizado. Planejamento, rotina, controle. Eu sabia cada passo que dava, cada decisão, cada consequência. Nada era impulsivo. Nada saía do previsto. Eu funcionava dessa forma. Segura. Intocável.

Até Dante Cruz entrar na minha vida.

Ele não chegou com suavidade. Não houve aviso, gradualidade ou adaptação. Ele simplesmente apareceu em uma reunião — e bastou um olhar. Um único olhar. Intenso, firme, calculado. Um olhar de alguém que não apenas observa, mas decifra.

Dante era o tipo de homem que transformava o ambiente sem esforço. Forte. Inteligente. Perigoso no silêncio. Havia algo nele que exigia atenção — como se o ar ao redor dele pertencesse apenas a ele.

Tentei tratá-lo como qualquer outro executivo. Distância profissional, limites claros, respostas exatas. Mas Dante não era alguém que se encaixava em limites. Não importava o quanto eu tentasse manter distância; algo nele me puxava. Uma curiosidade inquieta, uma tensão silenciosa, como se ele fosse um desafio feito sob medida para tudo que eu evitava sentir.

E hoje… hoje era o dia em que eu assinaria um contrato com ele.

O elevador subia rápido, e cada andar aumentava minha tensão. Ajustei meu blazer, endireitei a postura e respirei fundo. Eu me preparei para negociar com grandes nomes antes — mas nenhum provocou em mim o que Dante provocava.

Quando a porta abriu, ele estava lá. De pé, perto da janela, observando a cidade como se ela respondesse a ele. Quando seus olhos encontraram os meus, senti o impacto no corpo inteiro.

— Chegou cedo — ele disse, voz grave, rouca, com um controle que parecia natural.

— Queria revisar os documentos antes de assinarmos — respondi.

Ele caminhou devagar até a mesa. Seu sorriso apareceu — pequeno, porém cheio de significado.

— Hoje não é apenas sobre documentos, Isabela. Hoje é sobre você.

Aquela frase não deveria ter força nenhuma. Mas teve.

Peguei o contrato. As letras pareciam mais pesadas do que deveriam. Ele me observava sem pressa, como se cada movimento meu dissesse algo que ele precisava analisar.

— Assinar significa aceitar um acordo — disse ele, parado perto de mim. — Não só profissional… mas pessoal.

— Pessoal? — repeti.

— Você entenderá. Confiança vem primeiro. Coragem vem depois.

Eu poderia recuar. Poderia pedir mais tempo. Mas minha mão já estava em movimento.

Assinei.

Assim que finalizei, ele tocou minha mão ao pegar o papel. Um toque mínimo. Mas suficiente para um arrepio imediato.

— Muito bem — disse, satisfeito. — Agora o verdadeiro jogo começa.

Ele se recostou, como alguém que já sabia o resultado antes mesmo do início.

— Agora que está formalizado, podemos começar — continuou.

— Começar o quê, exatamente? — perguntei.

Ele se inclinou ligeiramente para a frente. O perfume dele era marcante — madeira, couro, algo quente.

— Comprometimento total. Mental, físico, emocional. Não exigirei nada que você não deseje dar — mas hesitação não será tolerada.

— E se eu não estiver pronta?

Ele sorriu. Não com arrogância — com certeza.

— Preparação não antecede a experiência. Ela nasce dela.

Meu corpo reagiu antes que meu raciocínio acompanhasse. Era contraditório sentir medo e querer continuar — mas era exatamente isso.

Ele contornou a mesa e parou à minha frente.

— Este contrato não é um limite — disse. — É um mapa. Você decide o ritmo. Eu conduzo a direção.

— E se eu errar?

— Você não está aqui para acertar. Está aqui para descobrir.

Havia algo nos olhos dele — firmeza, intensidade, promessa. Eu sabia que já estava presa naquele momento.

— Está pronta para o primeiro passo? — ele perguntou.

Eu não respondi com palavras. Assenti.

Ele pegou o casaco, ofereceu o braço e disse:

— Vamos.

Atravessar aquele corredor ao seu lado era como atravessar uma fronteira invisível. Cada passo parecia anunciado pelo silêncio ao redor.

Entramos no carro preto, elegante e silencioso. Ele dirigia com precisão absoluta. Ele não precisava olhar para mim para me fazer sentir observada.

— Isso não é só sobre o contrato — disse, sem tirar os olhos da estrada. — É sobre o que você pode sentir. Sobre o que ainda não conhece.

— E se eu me perder nesse caminho? — perguntei.

— Às vezes, só nos encontramos quando nos perdemos primeiro — respondeu, encostando levemente no meu ombro.

O trajeto pareceu curto demais.

Quando chegamos, ele saiu primeiro, abriu a porta para mim e disse:

— Entre.

A sala era ampla, silenciosa, com iluminação baixa e sombras calculadas. Nada ali era aleatório. Tudo parecia preparado para provocar sensação — não apenas visão.

Ele caminhou até o centro da sala e virou-se.

— Agora entende — disse com firmeza. — O contrato não define o que você deve ser. Apenas o que podemos explorar.

Meu coração estava acelerado demais para ignorar.

— E se eu falhar? — perguntei, quase num sussurro.

Ele se aproximou. Lento. Intencional.

— Não está aqui para ter respostas perfeitas, Isabela. Está aqui para sentir.

Eu sabia que aquele era o momento final antes de tudo mudar. E ainda assim, eu não queria voltar.

— Está pronta para seguir? — ele perguntou, tão perto que eu senti o calor dele.

Eu assenti.

Ele sorriu. Aquele sorriso. O primeiro. O que começou tudo.

Estendeu a mão.

— Então venha.

E naquele instante, eu soube:

Eu estava pronta.

Pronta para Dante.

Pronta para o contrato.

Pronta para o jogo.

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