O dia começou cedo, mas mesmo antes de abrir os olhos, meu corpo estava alerta. O encontro com Dante ainda vibrava na minha pele — contrato, regras, provocação. Eu sabia que nada seria igual. Enquanto me vestia, minhas mãos tremiam, embora eu tentasse disfarçar. O blazer alinhado, a camisa impecável — uma armadura. Mas por dentro, algo em mim estava inquieto, desperto, esperando o próximo movimento desse jogo. Meu celular vibrou. — Bom dia, Isabela. — A voz dele era grave, controlada. — Espero que esteja pronta. — Pronta para o quê? — Para o próximo passo. Encontro às dez. Não se atrase. A ligação terminou antes que eu pudesse responder. O silêncio após a voz dele parecia ainda mais alto. No caminho para o escritório, a cidade parecia diferente. As ruas, o som dos carros, as pessoas — tudo parecia distante. Eu estava dentro de outra realidade agora, uma que ele controlava. E mesmo assim, eu andava em direção a ela. Ao chegar ao prédio, o elevador subiu devagar, como se quisess
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