Alicia Carvalho é uma jovem nutricionista determinada, dona da própria clínica, que tenta deixar no passado uma noite ardente e inesquecível vivida durante uma viagem à Grécia. Naquela noite, ela e um homem misterioso se entregaram a uma paixão sem nomes ou promessas, mas também sem esquecimento. Dois anos depois, já em plena pandemia, Alicia conhece Roberto Assunção, um advogado charmoso e seguro, com quem inicia um relacionamento envolvente. Com desencontros e uma aproximação gradual, o amor floresce entre eles — mesmo com a ausência constante do pai de Roberto, João Assunção, um advogado viúvo e reservado. O que Alicia jamais imaginou é que o homem por quem tanto ansiou e o pai do seu noivo são a mesma pessoa. No dia do casamento, já com os votos prestes a serem selados, João chega atrasado — e ao ver Alicia vestida de noiva, tudo vem à tona. Agora, Alicia carrega um segredo que pode destruir não apenas um casamento, mas uma família inteira. Até onde ela conseguirá esconder a verdade? E quando o amor pelo pai se mistura ao amor pelo filho... que escolha é possível?
Ler maisNo sábado à tarde, o celular de Alicia vibrou com uma mensagem de Roberto: “Almoço ou jantar? Ou fico aí o dia inteiro e a gente inventa os dois?” Ela mordeu o lábio, o coração acelerado. Respondeu com um emoji de risada e a frase: “Traz vinho. E fome.” Poucas horas depois, Roberto chegou ao apartamento dela com um vinho tinto na mão e um sorriso no rosto. Usava uma camisa de linho clara com as mangas dobradas, e o perfume amadeirado que Alicia já reconhecia de longe. Ela o recebeu com um abraço apertado e um beijo demorado, que parecia selar a expectativa que ambos estavam carregando desde o último encontro. — Essa casa já ficou melhor só com a sua presença — ele brincou, deixando o vinho na bancada da cozinha. Alicia tinha preparado uma massa leve com legumes grelhados e queijo brie derretido. Os dois dividiram a cozinha, rindo, conversando, tomando vinho enquanto cozinhavam. Tudo fluía com leveza e desejo contido. — Você cozinha assim sempre? — ele perguntou, provan
A água quente escorria pelas costas de Alicia enquanto o vapor do banho tomava conta do banheiro. Ela fechou os olhos e encostou a testa na parede fria, permitindo-se reviver os últimos momentos no carro com Roberto. Os beijos, os toques, a forma como ele a segurou com firmeza e, ao mesmo tempo, com uma delicadeza que a desarmou completamente. Nenhum homem a tocava daquele jeito desde... desde a Grécia. Mas Roberto era diferente. Ele não apenas acendeu seu corpo, acendeu alguma coisa dentro dela também. Ela sorriu sozinha, mordendo o lábio. Havia algo no olhar dele que a prendia. Algo no jeito que ele falava, na voz quente e na segurança com que se movia, que a fazia querer mais. Alicia saiu do banho enrolada em uma toalha, deitou-se na cama ainda úmida, com os cabelos soltos no travesseiro. Suspirou outra vez. Estava definitivamente mexida. Enquanto isso, do outro lado da cidade, Roberto largava o celular na mesinha de cabeceira e se jogava na cama com os cabelos ainda úmidos. O ap
A casa de Camila estava iluminada, perfumada, vibrante. Era o tipo de reunião que Alicia adorava: nada de exageros, apenas gente bonita, risadas soltas, vinho de qualidade e uma playlist que passeava entre jazz e R&B como quem acaricia a alma.Alicia estava impecável — um vestido longo, justo na medida certa, que realçava suas curvas sem vulgaridade. Cabelos soltos, levemente ondulados, caindo pelas costas. A maquiagem leve apenas ressaltava o que já era marcante: olhos expressivos, boca convidativa, pele dourada e luminosa.Enquanto segurava uma taça de vinho branco, conversando com duas amigas sobre viagens, Camila surgiu sorrindo, puxando alguém pelo braço.— Li, quero te apresentar um advogado maravilhoso. Ele é amigo do Tobias, mas já considero um dos meus melhores amigos.Alicia virou-se com um sorriso educado... e congelou por dentro ao encarar o homem alto, bronzeado, terno casual, cabelo perfeitamente penteado e um olhar indecente de tão intenso.— Prazer, Alicia. — disse ele
O escritório Assunção & Assunção era conhecido pela elegância, discrição e pelo cheiro constante de café passado na hora. João Assunção, sócio-fundador, estava sentado à sua mesa de mogno, revendo um processo complexo quando Roberto entrou, sem bater, como sempre fazia.— Bom dia, velhote. Dormiu bem ou passou a noite brigando com os fantasmas da Justiça brasileira?— Dormi bem, por incrível que pareça. — João ergueu os olhos e deu um raro sorriso. — Mas quem me tirou o sono nos últimos tempos não foi nenhum juiz.Roberto riu e se jogou na poltrona de frente pra mesa do pai.— Ih, lá vem história.— História, não. Confissão. — João disse, recostando-se. — Preciso te contar algo que nunca falei pra ninguém. E se tem alguém com quem posso dividir, é você.Roberto se ajeitou, curioso.— Vai, manda.— Lembra daquela viagem que fiz à Grécia no verão retrasado?— Claro. Você voltou bronzeado e mais leve. Pensei até que tinha arrumado um affair por lá.— Foi exatamente isso. — João sorriu de
A luz suave da manhã invadia o quarto pelas frestas da cortina branca, e Alicia acordou com a respiração quente de João em sua nuca. Ele a abraçava por trás, os corpos ainda colados, melados de prazer e suor da noite inesquecível. Por um instante, ela fechou os olhos e sorriu sozinha, sentindo o calor da pele dele contra a sua. Mas logo a realidade bateu: ela não sabia o nome dele. Nada além do que seu corpo havia aprendido durante a madrugada.Com cuidado para não acordar ele, Alicia deslizou para fora da cama. Pegou o vestido jogado no chão, vestiu às pressas, recolheu os sapatos e, sem olhar para trás, saiu de fininho do quarto de hotel.Ao chegar no quarto onde estava hospedada com as amigas, foi recebida com uma mistura de alívio e zombaria.— Olha quem apareceu! — disse Marisa, rindo alto. — A sumida!— E aí, o grisalho era tudo aquilo mesmo ou foi só efeito do álcool? — completou Júlia, segurando uma xícara de café.Alicia jogou os sapatos no canto do quarto e se jogou na cama
Alicia arqueou as costas, os dedos se enterrando nos lençóis quando João se posicionou atrás dela, suas mãos firmes agarrando seus quadris. Ele não hesitou — com um movimento fluido, ele a preencheu completamente, um gemido rouco escapando de sua garganta ao sentir como ela se ajustava perfeitamente a ele. — Deus, você é apertadinha... — ele rosnou, os dedos marcando sua cintura enquanto começava a se mover. Ela mal conseguia pensar. Cada embate dele era calculado para tirá-la do eixo — profundo, depois mais rápido, depois com uma rotação dos quadris que a fazia ver estrelas. Alicia gemeu, os nós dos dedos brancos de tanto se agarrar à cama. — Mais... — ela suplicou, a voz trêmula. — Por favor, mais... João não precisou ser pedido duas vezes. Seus quadris bateram contra ela com força renovada, cada movimento mais selvagem que o anterior, até que o som de pele contra pele enchia o quarto. Ela podia sentir ele pulsando dentro dela, a tensão em seus músculos — ele estava perto, t
O pôr do sol tingia o céu de Mykonos com tons alaranjados, e a brisa salgada do mar dançava pelos cabelos de Alicia enquanto ela segurava um drinque colorido nas mãos. As luzes do bar à beira da praia começavam a piscar com suavidade, criando um cenário quase onírico. Risos, música, corpos dançando — o verão grego pulsava ao redor dela como uma celebração à vida.Marisa, sua amiga mais ousada, se aproximou com um sorriso malicioso no rosto.— Aquele homem ali está te devorando com os olhos — sussurrou, inclinando-se para falar em seu ouvido. — Cabelos grisalhos, terno aberto, olhar quente... Que perigo, amiga.Alicia virou o rosto discretamente e o viu. Ele estava encostado no balcão, com um copo de uísque nas mãos, os olhos cravados nela como se fossem dois faróis em meio à penumbra do lugar. Era mais velho, sim. Muito mais velho. Mas havia nele algo magnético — uma presença que misturava elegância e masculinidade bruta. O cabelo grisalho dava a ele um ar sofisticado e maduro, mas