Ele passou a vida planejando destruir Don Salvatore. Mas nunca imaginou que carregava o sangue do próprio inimigo. Durante anos, Alessandro Tomazzine se preparou para sua Vendetta. Ele estudou cada movimento do chefe da Cosa Nostra, esperou o momento certo para atacar e então encontrou Fiorella Salvatore, a filha do homem que destruiu sua família. Ela era seu alvo. Ela era sua arma. Mas nunca deveria ter sido seu desejo. Agora, ele está pronto para puxar o gatilho… até que a verdade o atinge como uma bala certeira. Fiorella é sua meia-irmã. Preso entre a sede de vingança, um legado que nunca quis e uma paixão proibida que pode ser sua ruína, Alessandro precisa escolher: Matar Don Salvatore… ou assumir o trono da máfia siciliana ao lado da mulher que deveria destruir.
Ler maisAlessandro— Lorenzo, o que temos? — perguntei, assim que ele atendeu a ligação.— Trouxe o motorista para o Bella Donna, e ele não tá afim de cooperar, Timothy moeeu ele na porrada e nada. O que fez com a garota?— Depois falamos sobre isso... — desconversei.— Porraa, Alessandro. Que merdaa você fez? — Lorenzo retrucou e eu já podia imaginar ele passando a mão pelo cabelo comprido, do quão tanto se orgulhava.— Não matei a menina, se é nisso que está pensando? — Liguei o motor, enquanto ajeitava o fone de ouvido para continuar a desagradável conversa com Lorenzo.— Você está enganado, não é isso o que eu penso. Eu vi vocês. Vi os dois.— E o que você quer dizer com isso, fale de uma vez porraa! — a minha paciência estava no limite, e a adrenalina das últimas horas ainda ditavam o rumo dos meus pensamentos.— Eu vi vocês juntos... — ele falou em um tom desanimado, e finalmente eu entendi onde ele queria chegar.— Não se engane, Lorenzo. A minha vendetta será concluída, eu não seria v
Nova York Fiorella - 17 anos Desde que ouvi a minha própria mãe planejar a minha morte, qualquer passeio com ela se tornou uma tortura ainda pior.Na época, Dominic interviu e criou uma armadilha para o segurança que estava ajudando a mamãe, ele acabou sendo executado por traição e minha mãe ficou bastante assustada. Dominic havia deixado claro que estava de olho nela.Apesar de meu irmão ter me tranquilizado quando contei sobre o que ouvi da varanda, em nenhum momento ele duvidou de mim, muito pelo contrário, ele fez o que precisava ser feito. E também me ajudou com as minhas crises de agorafobia, ele conseguiu pílulas fortes que faziam com que eu me sentisse anestesiada. Então, quando pousamos em Nova York e fomos conduzidos para um setor privado, eu ainda estava sob o efeito da pílula, sempre que sentia que o efeito estava indo embora, eu tomava outra. Havia uma equipe de segurança pronta para nos escoltar até a casa da minha tia Elena, esse era o peso de carregar o sobrenome S
Nova YorkAlessandro - 27 anosEra tarde da noite quando a campainha do apartamento tocou repetidas vezes.— Lorenzo, aconteceu alguma coisa? — Adivinha quem acabou de desembarcar em Nova York? — Não faço ideia. Álcool?Ele assentiu com a cabeça e continuou:— A coelhinha, acompanhada pela mãe e, obviamente, muitos seguranças.— Isso é interessante! — Dei um gole na minha bebida.— Nem pense nisso, combinamos que você ficaria de fora até o último momento. Don Salvatore não pode sequer desconfiar que nós estamos chegando!— Descubra o que vieram fazer aqui. Quero os nossos homens na cola delas!Comecei a andar de um lado para o outro como se o apartamento fosse pequeno demais, a espera estava me matando, eu me sentia como um leão enjaulado, aguardando ansiosamente para atacar a presa.— Eles estão acompanhando tudo, você precisa relaxar um pouco, cara. Estamos perto, fizemos tudo certo até agora.— Mais um ano. Só mais um ano e arrancaremos Don Salvatore do trono da Cosa Nostra. — Fa
Itália | SicíliaFiorella Salvatore - 15 anosA ideia de me sentir vigiada nunca foi tão intensa como naquela manhã, e eu me pegava olhando por sobre os ombros repetidas vezes, um movimento quase involuntário.— Fiorella, comporte-se! Está agindo como uma menininha assustada — minha mãe me repreendeu mais uma vez.Com a nuvem de desconfiança que pairava sobre a famiglia, não era de se estranhar que eu temesse pela minha vida. Há poucas semanas, meu pai recebeu várias coroas de flores, cada uma com o nome de um mem.bro da família. Havia uma coroa com o meu nome e uma com o nome do meu irmão gêmeo, Dominic Salvatore.Não acharam o responsável.Mas eu me lembro que, há dez anos atrás, na mesma data, meu pai recebeu um pacote em uma embalagem luxuosa e, dentro, havia uma cabeça de boi sem os olhos — uma imagem horrorosa. E aquela noite foi a pior noite da minha vida.Eu tinha cinco anos e não consegui escapar. Vi minha mãe fugindo com uma arma na mão e Dominic no colo, enquanto eu fui dei
Nova YorkAlessandro – 25 anosFaz doze anos que cheguei em Nova York, e muita coisa mudou desde então.Fui acolhido por uma família de italianos, fiz amizade com o único filho do casal, Lorenzo. Ele era alguns anos mais velho do que eu, e certa noite me viu treinando escondido. Foi quando contei que um dia teria que voltar para a Itália, porque precisava me vingar do homem que matou minha família e tentou me matar.Não precisei explicar muito. Como qualquer irmão mais velho faria, Lorenzo tirou o óculos e começou a treinar junto comigo.No início, éramos apenas dois garotos treinando pesado e batendo nos valentões da escola, o que nos rendeu algumas expulsões dos colégios caros que o pai de Lorenzo pagava. Mas então aprendemos a não ser pegos, e finalmente conseguimos nos formar sem complicações.Agora, eu não era mais apenas um garoto imprudente desafiando o homem mais poderoso da Sicília. Eu me tornei um homem forjado pelo tempo e pela dor, dedicando cada instante da minha existênc
Itália | Cattedrale di PalermoAlessandro - 13 anos O bebê que sobreviveu. Era como o padre Giancarlo costumava dizer sobre mim. Eu era um segredo, daqueles bem guardados. Daqueles que nem Deus faria o padre Giancarlo revelar, porque havia algo que Giancarlo temia mais do que Deus: a máfia siciliana, a Cosa Nostra.Como todo garoto cheio de curiosidade, eu escapei diversas vezes de Giancarlo, apenas para perambular pelas ruas da Itália. Isso era o ápice da liberdade que eu podia desfrutar na época.Cresci escondido, em um quarto apertado no subterrâneo da catedral. Giancarlo me ensinou o básico do que se deve aprender na escola, e, por ter muito tempo livre, comecei a estudar sozinho e desenvolvi diversas habilidades que deixavam Giancarlo bastante orgulhoso.Quando não estava com o peito estufado de orgulho, Giancarlo estava ralhando comigo por ficar assistindo escondido às reuniões e acertos de conta da Cosa Nostra.A violência me incomodava no começo, mas depois de um tempo já não