Alessandro
Achei que Lorenzo fosse me dar ao menos a chance de me explicar, mas acho que tive um excesso de fé.
Olhei para a tela do celular, me sentindo apunhalado pelas costas.
"A polícia está a caminho!"
Era a mensagem dele. Muito mais do que um aviso, uma sentença.
Liguei para o detetive da cidade com a esperança de que a mensagem fosse um blefe.
— Detetive, é o Alessandro! — me identifiquei, já que estava usando o meu celular particular.
— Alessandro, estava tentando falar com você. A polícia está te procurando, saia imediatamente do país!
— Porra! — desliguei o telefone, sentindo uma onda de raiva percorrer as minhas entranhas. Lorenzo havia me entregado.
Entrei no carro e encontrei Fiorella me encarando com os olhos arregalados. Ela estava assustada.
Sorri de lado. Quando se carrega o inferno no peito, é normal deixar o monstro emergir vez ou outra.
— Clark, tire-nos daqui imediatamente!
O carro arrancou em alta velocidade, fazendo com que o corpo de Fiorella fosse lançado pra