Alessandro
Fiorella dormiu durante quase toda a viagem. Faltava muito pouco para pisar novamente na Itália, e era inevitável não sentir o ódio dominando o meu coração. Pedi ao Clark uma dose de uísque.
Precisava aplacar aquela raiva antes de olhar nos olhos do meu inimigo e mentir. Não teria chance contra Don Salvatore se não controlasse as minhas emoções.
E Fiorella... bem, Fiorella era um assunto à parte.
— Olá...
— Que bom que acordou, vamos pousar em breve. Ajuste o assento na posição correta e se prepare! — minha voz soou dura.
Não havia sobrado resquício da atração que senti inicialmente por Fiorella. O ódio que eu sentia por Don Salvatore e tudo que carregava o seu maldito nome era impossível de ignorar.
— Obrigada por salvar a minha vida... três vezes — ela resmungou, ligeiramente encabulada.
— Sou um homem de negócios! Tudo o que fiz foi para chegar até o seu pai. Não se ofenda, mas você não faz o meu tipo.
— Mas você disse que... que queria me conhecer. — ela me olhava com e