Itália | Sicília Fiorella Salvatore - 15 anos A ideia de me sentir vigiada nunca foi tão intensa como naquela manhã, e eu me pegava olhando por sobre os ombros repetidas vezes, um movimento quase involuntário. — Fiorella, comporte-se! Está agindo como uma menininha assustada — minha mãe me repreendeu mais uma vez. Com a nuvem de desconfiança que pairava sobre a famiglia, não era de se estranhar que eu temesse pela minha vida. Há poucas semanas, meu pai recebeu várias coroas de flores, cada uma com o nome de um mem.bro da família. Havia uma coroa com o meu nome e uma com o nome do meu irmão gêmeo, Dominic Salvatore. Não acharam o responsável. Mas eu me lembro que, há dez anos atrás, na mesma data, meu pai recebeu um pacote em uma embalagem luxuosa e, dentro, havia uma cabeça de boi sem os olhos — uma imagem horrorosa. E aquela noite foi a pior noite da minha vida. Eu tinha cinco anos e não consegui escapar. Vi minha mãe fugindo com uma arma na mão e Dominic no colo, enquan
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