Alissa Sandoval jamais revelou seu passado. A dançarina carrega inúmeros segredos obscuros, arriscando sempre a própria felicidade em nome do passado. Mas será esse o destino de Alissa? Viver atrelada ao passado ou reescrever uma nova realidade onde ela toma o controle de sua vida?
Leer más“Eu gosto do jeito que você está me olhando
Eu gosto do jeito que olha de cimaSe perdendo em mim”ALISSADesde pequena ouvia muitas meninas contando como seriam seus futuros, casas e carros elegantes, maridos ricos e filhos a rodo, bom, nunca me encaixei nesse papel de sonhar com coisas extraordinárias já que minha realidade era totalmente diferente. A vida nem sempre sorri para todos desse lado da força, e talvez eu prefira a vida que levo hoje.Nunca me apaixonei, abri mão de viver coisas como as demais adolescentes para procurar um teto e comida; foi quando encontrei sol e nos tornamos inseparáveis, há três anos trabalhávamos em uma boate muito movimentada chamada lounge e conhecida em todo Rio de Janeiro.Sempre fui apaixonada por dança, foi um dos motivos que me fez chegar até aqui.— Começou os ensaios cedo? — Otávio entra sorrindo.— Preciso me preparar melhor, Sandra me contou que hoje virá novos clientes.— Sim, essa noite será bastante movimentada e me arrisco a dizer que vão faturar melhor!— É o que preciso Tavinho, você sabe melhor do que ninguém o quanto preciso mudar minha vida!— Sei bem, você ainda vai conseguir! Nunca conheci ninguém do coração tão puro como o seu.— Somente o coração! — Sorrimos juntos.Acabo me atrasando quando ouço os gritos de sol vindo me chamar, subimos rapidamente até nosso quarto, enquanto me arrumava sentia que algo iria mudar naquela noite; aos poucos a boate começava a receber cada vez mais pessoas.Pego minha máscara quando ouço Otávio me anunciar no microfone, as luzes coloridas davam início ao meu show; o Pole dance era uma das coisas que mais amava fazer, meu corpo flutuava na barra enquanto sentia meu coração acelerar a cada batida da música, a maioria dos homens gritava jogando o dinheiro sobre o piso pedindo por mais. Do alto pude notar a presença dele, alto e imponente me observada de maneira intensa a cada movimento que fazia, quando a música se encerra desço da barra vendo ele se aproximar de mim.— Quero te pagar uma bebida!— Eu não bebo. — Respondo ríspida.— Mas hoje vai! — Ele sorriu irônico me acompanhando até o bar. — Por que nunca te vi por aqui?— Talvez não fosse atraente aos seus olhos, senhor Esposito! — Sorrio debochando.— Sabe quem eu sou? — Ele me olha curioso.— Sei tudo sobre todos que vem aqui! — Me levanto retirando a máscara. — Até breve!— Eu não mandei que você fosse!— Não obedeço ordens. — Sorrio irônica.— Talvez devesse!Ele levanta segurando firme meu braço enquanto caminha até o andar superior, ao entrarmos no local meu coração acelera com a maneira em que ele me olhava; sinto seus lábios de maneira intensa, suas mãos percorrem meu corpo me dando um prazer descomunal enquanto gemia entre os beijos.Tiro sua camisa trilhando beijos por todo corpo enquanto Marco segura firme meus cabelos, ele puxa a alça do meu vestido fazendo com que meus seios fiquem a mostra, arrepio quando sua língua toca minha pele me chupando de maneira lasciva; arfo quando ele me j**a na cama puxando minha calcinha para o lado e toca lentamente meu clítoris me fazendo gemer.Arranho sua pele quando ele afasta minhas pernas, sinto seus lábios me chupando cada vez mais, me viro ficando mais empinada da maneira que ele pede; sinto o arder de sua mão sobre minha pele e anseio por senti-lo dentro de mim, seguro firme os lençóis quando ele penetra segurando meu pescoço. Seus gemidos se misturam com os meus enquanto me instigo pedindo que ele me foda com mais força.— Você é uma putinha atrevida! — Ele geme rouco.— Continua, eu vou gozar…Suas mãos seguram com força meus quadris, ele intensifica os movimentos e sinto meu colo se contraindo quando meu corpo é invadido pelos espasmos; nossos corpos caem suados sobre o colchão, ele se levanta acendendo um charuto enquanto visto minha roupa, seus olhos pousam sobre a cicatriz em minha coxa e cubro.Estava saindo do quarto quando sinto sua mão me puxar, ele me prende entre a porta dando-me um beijo intenso. Retorno para o salão me sentando ao lado de sol, vejo quando ele paga a conta no bar e me olha sorrindo de maneira irônica indo embora.— Você ficou com Marco? — Sol me olha surpresa.— Sim, posso afirmar que foi o melhor sexo que ja tive, aquele homem sabe saciar uma mulher! — Mordo os lábios.— Cuidado com ele, os boatos que circulam por aqui são de arrepiar!— São apenas boatos, e transar não significa que irei me casar com ele. — Sorrio debochando. — E você? Por que está com essa cara?— Demétrio está lá em cima com Sandra! — Ela bufa revirando os olhos.— Você sabe que ele faz isso para te provocar, provoque de volta! — Dou um beijo em sua testa. — Vou me recolher, cuidado na volta!— Pode deixar! Te amo.— Também te amo!Vou até o vestuário trocando de roupa, pego minha mochila e o casaco já que estava uma noite fria com sinais claros de uma possível chuva. Caminho a passos largos até minha casa, encolho os braços quando os pingos de chuva começam a cair sobre mim.O vento gélido toca minha pele trazendo arrepios, de longe ouço um carro se aproximar e apresso ainda mais os passos quando ele para a minha frente. Os azuis me fitavam enquanto descia do carro abrindo a porta para mim.— Entra!— Não precisa se incomodar…— Entra! Agora! — Ele me puxa rápido. — Você vinha tão distraída com a chuva que não percebeu!— Não percebi?— Vi dois homens te seguindo!— Meu Deus! — Olho assustada.No caminho até minha casa fico um tanto envergonhada, ao ver que ele me observava sem dizer uma palavra, seguimos a viagem em silêncio quando ele sorri passando a mão sobre os cabelos.Ao chegar em frente a minha casa ele desce abrindo a porta do carro, meio sem jeito agradeço pela carona. Marco segura firme minha cintura aproximando nossos corpos, ele suspira fundo enquanto acaricia meus cabelos.— Não sei o que você tem! Mas desde que te vi sinto uma vontade imensa de beija-la toda vez.Sinto seus lábios de forma calma e rapidamente afasto nossas bocas, entro em casa sentindo meu corpo arrepiar ao lembrar de suas palavras.ALISSA Tudo ainda era muito recente, nunca imaginei que seria mãe, mas agora estava me sentindo diferente, mesmo com o medo de repetir tudo que ela havia feito comigo, no fundo, eu sabia os motivos pelos quais seria uma mãe diferente; aproveitei para ir até o local onde meu pai estava, precisava contar a ele a novidade. Sol desce do carro segurando firme a minha mão, caminho sentindo as lágrimas molharem meu rosto, me abaixo colocando uma margarida na lápide dele, era a flor que ele mais gostava, pois ainda lembrava da minha mãe. — Pai, eu tenho novidades! — Sorrio entre as lágrimas. — Sua abelhinha vai ter um bebê, eu queria muito que o senhor tivesse aqui! — Tenho certeza que ele teria orgulho de você! Todos nós sentimos isso! — Sol me abraça forte, limpo as lágrimas quando sou surpreendida por uma voz. Viro rapidamente sentindo um aperto no peito, meus olhos ardem quando os fecho sentindo as lágrimas caírem ainda mais pesadas, após tanto tempo jamais imaginei que nos vería
Alguns dias depois… Havia percebido uma certa mudança em Alissa, com tantas coisas acontecendo na empresa, quase não tinha tempo de estar o mais presente possível para elas; enquanto assinava alguns contratos novos, recebo a visita dela. Me levanto indo até ela lhe dando um abraço apertado, Viviana se retira ao me ver beijando Alissa; ela se senta em meu colo acariciando meus cabelos. — A que devo a honra dessa surpresa? — Vim te sequestrar… — Ela sorriu animada. — E para onde vai me levar? — Surpresa! — Conhecendo bem, deveria sentir um certo medo dessas surpresas! — Vem logo! Ela se levanta puxando minha mão, saímos correndo da empresa, a risada travessa me fazia suspirar ao olhá-la; sem me deixar ir até o carro, Alissa retira meu paletó enquanto corremos pela calçada. Fecho os olhos quando ela me pede e logo ouço o barulho de uma moto, a buzina estridente ecoa em meus ouvidos me fazendo sorrir da maneira engraçada que ela estava me olhando; coloco o capacete em Alissa e s
MARCO Vê-la daquela maneira havia me deixado desnorteado, Alissa era uma mulher forte, mas naquele momento me deixou ver sua fragilidade e medos; ao amanhecer ela me olha segurando firme minhas mãos, beijo seus cabelos acariciando seu rosto. Enquanto ela se arrumava, preparo o café levando até o quarto, clara e Helena me abraçam dando bom dia; subimos os três juntos, assim que Alissa as vê corre lhes dando um abraço apertado. — Estávamos com saudades! — Eu também senti muitas saudades! — Papai disse que você estava triste, o que houve? — São apenas lembranças ruins, não se preocupem com isso! — Ela sorri graciosa. — Vamos tomar café? — Nós trouxemos seu café! — Sorrio colocando a bandeja na cama. — Queremos te mimar um pouco. — Assim vou ficar mal acostumada! — Linda! — Beijo seus lábios, e ouço as gêmeas fazerem sons de nojo. — Eca papai! Meninos não podem beijar meninas! — Continuem com esse pensamento. — Sorrio debochando. Após tomarmos café, Alissa desce até o jardim
Raramente retirava a máscara nos meus shows, mas nesse havia feito questão; Marco me olhava fixamente enquanto o tecido fino do vestido subia por meu corpo, quanto mais gritavam palavras carregadas de luxúria, seu semblante mudava. Ele se aproxima segurando firme minha mão, sem ao menos me despedir de todos, sou carregada em seus ombros até o carro; me sento subindo o vestido quando suas mãos param o que estava fazendo. — Não mandei você se vestir! — Está frio… — Olho nervosa. — Não se preocupe, vamos esquentar as coisas! — Ele sorri apertando o volante com força. — Para onde estamos indo? Marco? Ele nada diz e apenas segue viagem, meu coração acelerava cada vez mais, não estava com medo do que poderia acontecer e sim ansiosa, pois sabia que seria algo carregado de raiva e prazer. Antes de chegarmos ao local, ele venda meus olhos me deixando ainda mais nervosa; sinto suas mãos sobre minha cintura enquanto caminhávamos a passos largos, ouço uma porta abrir e o vento gélido tocar
ALISSA Na manhã seguinte acordo sentindo o toque suave dele em meu rosto, sorrio envergonhada quando ele me dá um selinho; não achei que tudo isso fosse ser dessa maneira, embora tivéssemos que fingir ser um casal apaixonado. No fundo, eu estava começando a ficar mexida com tudo isso, Marco se mostrava diferente de todos os boatos que ouvíamos. Após o banho descemos indo até o carro, iríamos a um passeio no lugar que ele mais gostava; encosto os braços na janela colocando meu rosto pra fora, o vento toca em minha pele me fazendo sorrir. — Espero que goste do lugar! Minutos depois ele desce do carro segurando minha mão, fico extasiada ao ver a beleza do lugar, a vista da cidade contemplada do alto rodeada de flores e árvores lindas. — Acho que esse foi um dos lugares mais lindos que já fui! — Suspiro animada. — Sempre gostei de vir aqui, quando éramos pequenos nossa mãe nos trazia aqui! — Ele se senta ao meu lado. — Eu sei que tudo isso é apenas um contrato, mas não imaginava q
Assim que chegamos, beijo o topo dos seus cabelos e a chamo, ela me olha dando um sorriso que logo se abre mais ainda ao ver as luzes da cidade; descemos do jatinho, ela caminha até o carro parecendo uma criança. Sorrio do jeito espalhafatoso que ela estava, alguns minutos depois chegamos a frente a minha casa, ela desce dizendo o quão lindo era o local; peço para Vicente levar as malas e subo até o quarto com ela. Ao entrar no cômodo ela me olha abrindo o zíper do vestido, salivo ao ver os seios avantajados a mostra e avanço em seus lábios. — Não sabe a vontade que eu estava de te foder… — Minhas mãos apertam suas coxas. — Então fode! — Ela geme manhosa. Jogo seu corpo na cama, ela se afasta retirando a lingerie ficando apenas de salto, trilho beijos por todo corpo enquanto ela arfa gemendo e segurando meus cabelos com força; me levanto indo até a gaveta, pego uma venda colocando em seus olhos e era nítido a ansiedade que tomava conta do seu corpo. Afasto suas pernas mordendo o
Último capítulo