A secretária se apaixonou perdidamente pelo ceo da empresa onde ela trabalha. Ele é rico, safado e acha que o dinheiro é o mais importante na vida. Vive focado no trabalho, liderando a empresa da família. Totalmente diferente dela, que abriu mão de ser herdeira para correr atrás de seus sonhos. Ela era meiga e otimista, até ser usada e manipulada. Achava que a sinceridade e o companheirismo, regados a muito carinho e amor, poderiam aquecer o coração frio daquele homem tão egoísta cafajeste. Mas ao revelar uma gravidez inesperada, veio a descoberta: ela estava amando sozinha e por dois. Ele não queria se casar e nem ter um filho, a abandonou carregando o fruto dessa paixão avassaladora, sem saber que ela tinha condições de criar a criança sem ele. Anos depois ela retorna a vida dele, para se vingar e tudo muda com uma doença grave, que ele enfrenta.
Leer másArícia sempre foi uma criança risonha, gostava muito de flores e da natureza, levava o apelido de sapequinha por ser enérgica, seus pais eram muito amorosos e tinham boas condições, sua infância foi bastante feliz, repleta de coisas boas e mimos.
Na verdade quem tinha um poder aquisitivo melhor, era a família de seu pai. Seu avô paterno Trevor Raabe era dono de uma empresa muito importante de advogados, renomada por defender empresas multinacionais e figuras públicas, atores, cantores. Trevor sempre foi difícil de lidar e após perder seu filho em um acidente de carro, se tornou pior ainda, com a responsabilidade de criar Arícia acabou sendo rígido demais, não era capaz de dar amor a menina, como havia feito no passado com seus filhos, ele queria a moldar, para ser uma herdeira perfeita. Com tantas exigências e regras, a adolescência dela foi uma fase bastante difícil, com a perda dos país, a personalidade dela mudou, foi sendo regada a isolamento, mania de não se abrir para coisas e pessoas novas, vivendo sobre o medo constante de errar, assim decepcionando seu avô, esses modos a privaram de aproveitar melhor a juventude. Enquanto as amigas amadureciam, aprendendo com os erros, como deveria ser, Arícia apenas observava a tudo, sem se envolver em qualquer risco. Ainda assim, ela se tornou uma mulher forte, engenhosa, inteligente e muito bonita, destoante que ainda discreta com um estilo clássico chique, atraia todos os olhares masculinos por onde passava, com seus cabelos longos escuros, olhos amendoados daqueles serradinhos que mostravam o sorriso se aproximando, sempre optou por ser discreta escondendo seu corpo era escultural. Trevor queria que a neta seguisse seus passos, estudando direito, ao recusar após terminar o ensino médio, ela foi convidada a se retirar de casa, foi inacreditável ver que algo tão simples, uma escolha tão pessoal, causou essa discórdia toda. Estavam jantando e no mesmo instante, Trevor a mandou se levantar e sair, levando apenas as roupas, ainda menor de idade, desempregada, teve dois dias para fazer as malas e partir, tão geniosa quanto ele, ela viu isso como um desafio pessoal, não questionou nada e foi, largando a boa vida, um quarto muito confortável decorado do jeito que ela adorava, um lar aconchegante com vários funcionários. Trevor acreditava que a jovem voltaria rapidamente, afinal, era uma menina mimada, acostumada a viver no luxo, ao ver dele, era um grande desaforo, ela se recusar a cursar direito e trabalhar para ele. Arícia não desistiu de seus sonhos mediante o grande desafio, encontrou uma república só para meninas, onde era cobrado um valor baixo pela estadia, elas tinham direito aos mantimentos simples, arroz, feijão, café, açúcar, produtos de limpeza, todo o resto era separado, carnes, legumes e verduras, guloseimas e os produtos de higienepessoal. Lá tinham muitas regras e isso era ótimo para a boa convivência, não era permitido nada de visitas de nenhum tipo, ninguém diferente podia entrar, homem, familiar, amigas, tinham até uma escala de limpeza. Usando as economias da bela mesada que recebia, ela pagou a estadia, recarregou o passe do ônibus, algo que ela nem tinha, pois em casa, andava com o motorista todos os dias, não era algo que ela dizia, mas se sentia extremamente humilhada, indo levar uma vida tão simplória. Ela havia sido aprovada com uma bolsa de estudos, decidiu estudar arquitetura, desde pequena amava desenhar, organizar ambientes, decorar, ver construções desde o início até o fim. Não é surpresa para ninguém, que estudar é sempre muito desgastante, com Arícia não era diferente, já que agora pegava quatro ônibus no dia, seu desempenho caiu muito, a falta de boa alimentação, também já a prejudicou no primeiro mês, a deixando doente com a imunidade baixa. Ela precisava de um emprego e a reserva da poupança estava se acabando, era difícil não poder comprar roupas, sapatos como antes, até o dinheiro de um docinho, fazia falta. Nas vésperas de uma entrevista de emprego em uma empresa muito importante na cidade, ela aderiu a dica de sua colega de quarto, comprar uma roupa linda para impressionar e usar, sem tirar a etiqueta, assim podendo trocar depois. Não foi preciso experimentar muito, ela foi ao shopping em uma loja popular, no final do dia, tomou um sorvete de casquinha e foi embora arrasada, querendo muito comer comida japonesa. Trevor havia falado com ela a alguns dias e a chamou com deboche, para ir jantar na casa dele, disse que se ela precisasse de qualquer coisa, era só ir até lá. Muito orgulhosa ela garantiu que estava indo muito bem, amadurecendo com as mudanças, conhecendo pessoas, por pouco não pediu dinheiro no dia que foi ao shopping. O escolhido foi um vestido clássico, com zíper nas costas, azul rente ao corpo para modelar e largo o suficiente para não ser vulgar, parecia roupa de primeira dama, era realmente lindo e chique. Foi até difícil dormir e descansar a noite, ela levantou bem cedo animada, colocou o vestido, um cardigã preto, fez uma maquiagem sutil, olhos com rimel e delineador, calçou um salto não muito alto de bico fino, foi para a sua primeira entrevista, imaginando como seriam as outras candidatas, menos instruídas, mais velhas. Ficou muito surpresa com a quantidade de candidatas, eram mais de quinze mulheres, de todos os tipos, algumas tão jovens quanto ela e outras até senhoras, a maioria estava bem vestida, mas poucas tão chiques quanto ela. Levaram muitas horas até serem liberadas, uma moça as levou para começar o processo seletivo, ficaram todas em uma sala grande, fazendo provas de conhecimentos gerais, de inglês, informática, até de questões sobre a empresa. Arícia foi a última a sair, por ter refeito com perfeccionismo todas as questões da prova, chamou muito a atenção da secretária que a entrevistou, distraída foi observada várias vezes pela janela, o ceo da empresa deu risada e questionou com a secretária, se iriam dar um estágio ou um milhão de dólares, porque aquela candidata estava ficando maluca, querendo ser a ganhadora de qualquer modo. Assim que ela saiu esperançosa por ter vivido algo novo e instigante, começou mexer no celular, em frente a guarita da empresa, enquanto esperava o ônibus se distraiu, já estava anoitecendo e a rua estava vazia, dois rapazes se aproximaram, com brincadeiras sobre a tocar, tirar a roupa, ficaram em pé como se fossem pegar o ônibus, ela decidiu se afastar, estava quieta os ignorando, um deles puxou seu cabelo com graça - Oooooo morena cheirosa, não pode andar sozinha por aí, é perigoso. A onde vai? Ela estava apavorada, ficou sem reação, pegaram a bolsa dela rindo - Parceiro vamo vê oque tem aí? Jogaram tudo no banco do ônibus, um deles pegou o dinheiro da carteira - Cinquentinha, só isso morena? Que merda!Chegou o momento da partida. Yusuf já estava na recepção, acertando os últimos detalhes da conta, enquanto Arícia aguardava do lado de fora do hotel, esperando o carro que os levaria de volta ao aeroporto. Foi então que ela o viu. Estefano caminhava em sua direção, com um pequeno embrulho nas mãos.Ele a cumprimentou com beijo no rosto, disse, com um sorriso gentil que aqueceu o coração dela- Eu precisava te entregar seu presente de aniversário e me despedir.Ela sorriu, um misto de apreensão e contentamento dançando em seus olhos. Ele abriu a pequena caixa, revelando um delicado pingente em forma de lírio, feito de prata. Era lindo, singelo e carregado de significado, ele perguntou, estendendo o pingente- Posso colocar para você?Arícia assentiu em silêncio, sentindo um nó na garganta. Estefano delicadamente colocou o colar em seu pescoço. Ao terminar, seus olhos se encontraram por um instante, carregados de uma emoção silenciosa. Ele perguntou, com a voz suave e aquele gentileza h
Estefano a olhou nos olhos, um sorriso sincero emoldurando seus lábios- Eu queria saber como você estava, Arícia. Yusuf manteve contato comigo, sabia que eu me preocupava. Foi um prazer vê-los juntos, com o Taylan... vocês formam uma linda família.Havia algo na forma como ele disse "família" que fez Arícia franzir levemente a testa. Ele a via como parte de um casal estabelecido com Yusuf. Ela sorriu sem graça, tomando um gole generoso do seu drink de abacaxi.- Nós não somos um casal, Estefano.A pergunta seguinte de Estefano veio carregada de uma curiosidade genuína- Mas... por que não?Arícia confessou, um tom de resignação em sua voz- Depois de tudo que aconteceu, Estefano... eu meio que desisti dessa parte da vida. Amar, namorar, ser amada... parece algo distante, talvez até inatingível para mim agora.Estefano a olhou com uma ternura que aqueceu seu coração- Sinto muito ouvir isso, Arícia. Você merece muito mais. Sempre mereceu.Arícia desviou o olhar por um instante, buscan
Em seus momentos de quietude, principalmente à noite, antes de adormecer, uma pergunta persistente ecoava em sua mente: seria possível amar e ser amada novamente? A experiência com Jardam a havia marcado profundamente, deixando uma cicatriz emocional que, por vezes, latejava. Ver fotos e posts ocasionais de seu ex nas redes sociais, exibindo uma nova vida familiar e se mostrando um pai dedicado para o outro filho, era como uma punhalada no peito. Aquele homem que ela conhecera, que havia construído uma família com ela e Taylan, parecia tê-los apagado de sua história, esquecendo completamente o filho. Essa indiferença a entristecia profundamente, reacendendo a dor da rejeição e da ausência paterna na vida de Taylan.Enquanto Arícia lutava com essas emoções silenciosas, uma onda de alegria e alívio inundou a casa. Yusuf recebeu a notícia que tanto esperavam: os exames confirmaram que ele estava curado. A batalha contra o câncer havia sido vencida. A celebração foi contida, um misto de g
A pergunta de Yusuf sobre os sentimentos de Arícia por Jardam rompeu o silêncio confortável, abrindo espaço para uma conversa franca e dolorosa. A confissão de Yusuf sobre seus erros passados e o desejo de uma nova chance tocaram o coração de Arícia, mas a cautela falou mais alto. Ela pediu um tempo para pensar, precisava processar tudo antes de tomar uma decisão tão importante.Uma das primeiras pessoas com quem Arícia desejava conversar era Estefano. Sua opinião, sua perspectiva neutra e seu apoio durante os momentos difíceis eram valiosos para ela. No entanto, para sua surpresa, Estefano não compareceu à festa de aniversário de Taylan. A ausência repentina a intrigou, especialmente quando soube, por outros colegas, que ele havia se demitido da empresa sem dar muitas explicações. Arícia tentou ligar para ele algumas vezes, mas suas chamadas não foram atendidas. Uma ponta de preocupação se instalou em seu coração, sem que ela entendesse o motivo desse afastamento tão abrupto.Em meio
Nos primeiros dias após a perda do avô, a ausência de Jardam se fez ainda mais presente nas perguntas de Taylan. Arícia, buscando distrair e amparar o filho, tomou algumas decisões importantes. Ela o matriculou na escola em período integral, contratou uma babá para dormir no trabalho e garantir os cuidados de Taylan durante suas ausências, e o inscreveu em diversas atividades extracurriculares, preenchendo seu tempo com novas experiências e aprendizados.Paralelamente, Arícia começou a assumir suas responsabilidades na empresa, sentando-se, com determinação crescente, na cadeira que lhe cabia como herdeira. Yusuf, mantendo-se próximo através de ligações frequentes, demonstrava um genuíno interesse em participar da rotina de Taylan. Ele se oferecia para buscá-lo na escola, levá-lo para passear nos fins de semana, mostrando um desejo sincero de construir um relacionamento com o filho.Por semanas, Arícia e Yusuf evitaram uma conversa formal sobre o rumo que suas vidas estavam tomando. T
Arícia seguiu para o hospital sozinha, o pressentimento sombrio pairando sobre ela como uma nuvem carregada. Ao receber a confirmação da morte de seu avô, o mundo desabou ao seu redor. A dor a atingiu com uma força avassaladora, roubando-lhe o ar e as palavras.O advogado da família, um homem de semblante gentil e voz reconfortante, amparou Arícia em meio à sua devastação. Ele cuidou dos trâmites necessários e a levou de volta para casa, oferecendo apoio e palavras de conforto em seu momento de luto.Enquanto isso, Estefano permaneceu ao lado de Taylan, zelando pelo menino com uma dedicação surpreendente. Ele o distraiu com jogos e histórias, tentando amenizar a ansiedade pela ausência da mãe. A noite caiu, e Estefano continuou ali, acordado e atento às necessidades de Taylan, demonstrando uma gentileza e prestatividade que aqueceram o coração do menino em meio à sua tristeza confusa.Quando Arícia finalmente chegou em casa, já era madrugada. Seu rosto estava inchado e vermelho pelas
Último capítulo