Fiorella
Síndrome de Estocolmo. Sempre achei ridículo o conceito de se sentir atraída pelo seu algoz. Mas ao praticamente beijar um desconhecido assustador, a ideia não só era aceitável, como irresistível.
Assustador? Hmm... Sim, ele tinha uma aura de perigo iminente, talvez fosse o corpo tão grande, os braços musculosos.
Eu devia estar acostumada a ver homens fortes. Era um requisito indispensável para os homens que trabalhavam para o meu pai.
Não! Não era só isso. Acho que a forma como ele sorria, aquela risada rouca, era perigosa, muito perigosa. Pelo menos para a minha calcinha.
Mas que pensamento é esse? Eu nunca fui uma garota ousada com os homens; na verdade, nunca havia sentido aquelas emoções antes. Era como se o meu cérebro fosse incapaz de raciocinar de forma decente.
Se eu fosse realmente ousada, teria virado o rosto quando ele estava tão perto de mim. Sem dúvida, os meus lábios encontrariam os sussurros dele.
As palavras soaram em minha mente. Vinte e um dias. Como ele sa