Mundo ficciónIniciar sesiónNo dia do seu casamento, Elena Vasquez D'Amato vê seu mundo ruir quando seu noivo hesita no altar... e desiste. Humilhada diante de todos, ela descobre que o primeiro amor dele - agora de volta e solteira - ainda tem mais poder do que ela imaginava. Ferida, mas orgulhosa, Elena decide aceitar o acordo antigo feito entre suas famílias biológicas: casar-se com Leonhart Moreau, um homem reservado, imponente e absolutamente irresistível. O que começa como um pacto entre clãs se transforma em uma nova chance de recomeço - onde a mulher rejeitada se torna, enfim, a mais desejada. Plágio é crime! Por Nayara Barbosa.
Leer másAmélie MoreauO sol nascia lento, tímido, como se o tempo soubesse que aquele era o meu dia.O amanhecer que eu sempre sonhei — não por ser o dia do meu casamento, mas porque, enfim, o passado não doía mais.Fiquei parada diante do espelho, observando a mulher que me olhava de volta.O vestido branco deslizava como um sussurro sobre o chão, leve como nuvem, puro como o perdão.Cada bordado parecia uma lembrança costurada à mão: as dores que sobrevivi, as perdas que aceitei, os amores que precisei soltar.Eu fui rejeitada, perdida, destruída.Mas ali… eu me via inteira.Aurora entrou no quarto sorrindo, os olhos marejados — e quando ela me viu, tapou a boca com as mãos.— Está linda, Amé. — disse, com a voz tremendo.— Eu estou nervosa. — respondi, rindo baixinho. — E se eu chorar no altar?— Vai chorar, sim. E ele também. — Aurora apertou minhas mãos. — Mas hoje o choro vai ser de paz, não de dor.Fechei os olhos. Respirei fundo.E naquele instante, senti o coração vibrar como se o mu
Amélie MoreauCinco anos.Cinco anos desde aquele verão em que tudo começou — o beijo tímido, o pedido de namoro desajeitado, as risadas à mesa do café, e o vento no campo que parecia sussurrar o nome dele junto com o meu.O tempo passou rápido, mas deixou marcas boas. A universidade ficou para trás, as formaturas chegaram, e eu segui meu caminho — agora como professora assistente na mesma faculdade onde estudei. Noãn também realizou o sonho dele: abriu um pequeno estúdio de design, e mesmo nos dias em que a rotina nos engolia, nunca deixamos de nos encontrar à noite, nem que fosse para dividir um copo de vinho e conversar sobre o dia.Mas agora, voltávamos à fazenda.Era verão outra vez, e papai insistiu que todos passássemos as férias lá — “como nos velhos tempos”, ele dissera. A ideia de reunir todo mundo de novo me enchia de saudade e de um certo nervosismo que eu não sabia explicar.---A estrada era a mesma, mas o coração batia diferente.Do banco do passageiro, eu observava o c
Amélie MoreauO último dia de férias sempre tinha um gosto agridoce — o gosto da despedida misturado à gratidão pelos momentos vividos. O sol ainda nem havia nascido por completo quando acordei. O campo estava silencioso, coberto por uma névoa fina, e o som distante dos pássaros parecia embalar o fim de um capítulo da minha vida.Levantei-me da cama devagar, tentando gravar na memória o cheiro do quarto, da madeira antiga e do perfume das flores que tia Helena sempre deixava em um vaso ao lado da janela. Acordar naquele lugar trazia uma paz que nenhuma cidade conseguiria me dar.Vesti meu moletom preto — o mesmo que tinha o perfume de Noãn — e fui até a varanda. De lá, via-se a fazenda inteira desperta aos poucos. O gado sendo levado ao pasto, o cheiro de café vindo da cozinha, e o riso de Aurora e Natã brigando por quem havia vencido o jogo de pingue-pongue na noite anterior.— Acordou cedo — ouvi a voz de Noãn às minhas costas.Virei-me e lá estava ele, com o cabelo bagunçado e o so
Amélie MoreauOs dias seguintes foram como um sonho do qual eu não queria acordar.O sol nascia preguiçoso, iluminando os campos dourados da fazenda, e o cheiro de pão fresco vindo da cozinha de tia Helena se misturava ao perfume de flores silvestres que o vento trazia.Era o segundo dia de namoro, oficialmente.E, ainda assim, parecia que Noãn sempre tinha feito parte da minha vida.Acordei cedo, como de costume, e quando abri a janela do quarto, o campo estava coberto por uma névoa suave. As árvores balançavam levemente, e lá embaixo, perto do estábulo, vi Noãn alimentando os cavalos com o pequeno Carlo no colo — uma cena tão doce que me fez sorrir sem nem perceber.Desci as escadas em silêncio, tentando não acordar ninguém, mas papai já estava sentado na varanda, tomando seu café.— Bom dia, minha flor. — ele disse com um sorriso calmo.— Bom dia, pai. Dormiu bem?— Dormi, sim. — ele respondeu, olhando para o horizonte. — E você?— Melhor do que nos últimos tempos. — confessei.El
Amélie MoreauAcordei no dia seguinte ainda envolta pela sensação do beijo da noite anterior. Meu coração parecia mais leve, o peito aquecido — e pela primeira vez em muito tempo, o sorriso veio sem esforço. O beijo de Noãn havia sido tudo o que eu não sabia que precisava: doce, calmo e cheio de verdade. Era como se cada parte quebrada dentro de mim tivesse sido tocada por algo novo, que não doía, mas curava.Fiquei por alguns minutos deitada, olhando o teto, tentando entender o que estava acontecendo comigo. O luto ainda vivia em mim, mas agora dividido com uma centelha de esperança. Uma vontade de viver, de sorrir, de recomeçar.— Bom dia, bobinha apaixonada. — A voz de Aurora veio acompanhada de uma gargalhada suave e debochada. Ela estava encostada na porta do quarto, os braços cruzados, com aquele sorriso que só ela sabia dar.— Bom dia! — Respondi jogando uma almofada nela, que desviou rindo.— Olha só, até o bom dia tá mais doce. O amor faz milagre mesmo. — Ela provocou.— Para
Amélie MoreauO verão chegou como um alívio. Era como se o mundo, finalmente, me permitisse respirar depois de meses em que o peso do luto e das lembranças ainda me acompanhavam. O sol entrava pelas frestas da cortina do meu quarto, iluminando o lençol preto que — ironicamente — continuava ali, mesmo depois de tanto tempo. Eu ainda usava preto, mas não por obrigação. Era mais como uma forma de lembrança, uma homenagem silenciosa.— Vinte dias — murmurei, observando a mala aberta aos meus pés. — Só vinte dias de férias e parece que vou mudar de país.Aurora apareceu na porta, rindo.— Se fosse só isso! A fazenda do seu pai é praticamente outro mundo.— E o seu namorado está indo junto, lembre-se disso. — arqueei a sobrancelha.Ela riu, se jogando na minha cama. — Não é minha culpa se o destino resolveu juntar Natã e eu.— Claro que não é — disse, rindo junto. — Mas ainda não acredito que vocês estão namorando há cinco meses.— Pois é, e vocês... oito meses e nada de beijo? — Ela me olh
Último capítulo