Sinopse Eles eram dois estranhos numa noite de festa. Um desejo incontrolável. Um erro ou um destino? Ela só queria se sentir viva por uma noite. Ele só queria esquecer o mundo. Mas o que era para ser um encontro anônimo e sem consequências se transforma em um segredo impossível de enterrar. Quando retorna ao país para assumir os negócios da família, o novo CEO decide passar um tempo na mansão da mãe e reencontra a mulher com quem teve a noite mais intensa de sua vida. Só que agora ela veste o uniforme de empregada. Ela precisa do emprego. Ele não pode se envolver. Mas o desejo entre os dois é urgente, proibido e impossível de esconder. Nos corredores da casa, nos bastidores da empresa, os encontros se tornam cada vez mais arriscados. Enquanto fingem indiferença diante dos outros, por trás das portas fechadas, vivem uma paixão clandestina que pode destruir tudo. Um romance quente, cheio de tensão, segredos de família e decisões perigosas. Eles conseguirão manter o controle ou o escândalo será inevitável?
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COM O CEO Sheyla Bito Capítulo 01 – Aurora Um ano antes Aurora Deitada na cama do quarto que divido com minhas irmãs, ouvi um carro estacionar em frente à nossa pequena casa, num bairro pobre da Sicília. Fechei os olhos e fingi estar dormindo. Não queria ir. Mas não adiantava. Senti o toque leve e carinhoso das mãos da minha mama. — Chegou a hora, minha pequena — ela sussurrou, com a voz embargada. Seus olhos alternavam entre a dor de me deixar partir e a esperança de que eu pudesse ter um futuro diferente do seu. A promessa de um futuro melhor venceu sua resistência. Mas eu... ah, eu só acredito vendo. Minha mala já estava pronta, junto da bolsa com meus materiais escolares. Terminei o ensino médio e meus futuros patrões juraram que me ajudariam a entrar na universidade. Por isso levei meus cadernos — mesmo que, no fundo, eu não acreditasse nessa promessa. Despedi-me da minha mãe, engolindo as lágrimas, e entrei no carro luxuoso. O motorista acenou com a cabeça, como se percebesse o meu medo. Olhei pela janela uma última vez para a nossa casinha de muros baixos e portão enferrujado — simples, mas meu lar. Acenei até o carro dobrar a esquina e ela desaparecer da vista. Engoli o choro. Não podia fraquejar. Não sem antes tentar. Dias atuais Era meio-dia em ponto quando saí da universidade, onde curso Facoltà di Lettere e Filosofia. Meia hora depois, desci do ônibus na rua paralela à mansão onde moro e trabalho. Entrei pelos fundos, como de costume. Lá de dentro, consigo ver o mar azul, calmo. A areia clarinha me chama. Mas não posso ceder. Minhas funções me aguardam. Visto o uniforme, tomo um copo d’água rápido e corro para a sala de almoço. Preparo a mesa como madame Glória ensinou — com perfeição. Hoje há um lugar a mais. O filho mais novo dela está voltando. Nunca o vi, nem por fotos. A cozinheira e a arrumadeira comentam que ele é mais bonito que o senhor Henrique. Mas ele está atrasado. Henrique, já impaciente, resmunga na cozinha — o voo dele é ainda hoje, e o irmão está vindo justamente para substituí-lo na empresa. O telefone toca. Não somos nós, empregadas, quem atendemos. Madame atende diretamente. A notícia: Vicenzo não virá hoje, nem para o almoço. Glória finge aceitar, mas vi a decepção em seus olhos. Mais tarde, ajudamos a revisar as bagagens de Henrique. Madame se certifica de que tudo esteja no lugar. — Se depender do meu filho, ele escova os dentes com o dedo por semanas — resmunga, me arrancando uma risada. Ela sempre tenta tornar tudo mais leve. Quando o senhor Giuseppe veio buscar as malas, ajudei a levá-las até o elevador. Estava tudo pronto. Quase. Ao passar em frente ao quarto da madame, fui chamada. — Aurora, venha até aqui. — Entrei, ainda sonhando com um banho de mar antes que o sol fosse embora. Sobre a cama, um embrulho. E madame sorria feito uma cúmplice. — Comprei para você — disse com carinho. — Para ir à festa da faculdade em grande estilo, linda como as outras meninas. Sorri, grata. Ao abrir o embrulho, vi um vestido preto. Tentei esconder o desapontamento. — Calma — ela disse. — É um vestido coringa. Vamos investir nos acessórios. E foi o que ela fez. Uma echarpe rosa-pink translúcida, sandálias de salto nude, brincos discretos e sugestões de penteados. No closet dela, experimentei tudo. O vestido colava no corpo de forma elegante, sem vulgaridade. O rosa da echarpe destacava ainda mais minha pele clara e meus cabelos escuros. — Obrigada, madame. A senhora me salvou. Eu ia parecer uma camponesa no meio da cidade. — Você vai parecer uma deusa moderna — disse, toda orgulhosa. Depois disso, corri para o meu quarto, vesti meu maiô e me esgueirei pelos corredores em direção ao mar. A água ainda estava morna, mesmo com o céu alaranjado pelo fim da tarde. Dez minutos de mar e eu me sentia renovada. Voltei, tomei um banho e retomei minha rotina: preparei a mesa do jantar, arrumei os quartos e só descansei quando a madame se recolheu. Fiz uma chamada de vídeo com minha mãe. Ela chorou de saudades, e eu também. Mas me mantive firme. Aqui, eu estudo, trabalho, respiro. E um dia, quando eu me formar e tiver condições, vou trazê-la para perto de mim. Já ia abrir meu caderno de anotações quando ouvi o som inconfundível dos portões da mansão se abrindo. Estranhei. Era tarde demais para visitas. Curiosa, fui até a janela do meu quarto e vi um carro preto estacionar. Um homem desceu, alto, com os ombros largos, de terno escuro, mas o rosto indecifrável. Meu coração bateu mais rápido, sem saber o motivo. Ele entrou. E eu ainda não sabia, mas minha vida nunca mais seria a mesma.Capítulo 06 O ContratoAuroraUm mês se passou desde a primeira noite que passei com Vicenzo.Um mês tentando agir normalmente dentro da mansão Ricci, mesmo com o coração descompassado toda vez que ele passava por mim com aquele olhar cortante. Ele não repetiu a pergunta. Não insistiu na promessa que eu não consegui fazer. Mas não me deixou esquecer que, de alguma forma, eu ainda era dele.As coisas tomaram um rumo estranho, intenso e impossível de explicar.Eu me mantinha ocupada, fazia as tarefas da casa, evitava conversar com Glória mais do que o necessário, e mentia para minhas amigas quando perguntavam por que sumi da festa. Inventei uma crise em casa, uma doença da minha mãe. Qualquer desculpa era melhor do que dizer a verdade. Como explicar que eu estava envolvida com o filho da patroa? Com o homem que sempre fez questão de me lembrar que entre nós não poderia existir nada?Mas há uma semana, ele apareceu na cozinha quando todos já estavam dormindo. Estava sério, como sempre,
O Perigo Tem NomeVicenzo Aurora, o nome ficou na minha mente como o gosto do pecado. Doce, perigoso, proibido. Eu não esperava encontrá-la naquela manhã, muito menos vestida como funcionária da casa da minha mãe. Mas lá estava ela. Uniforme impecável, cabelo preso e os mesmos olhos que me imploraram para ficar aquela noite. Fingi normalidade, porque era o que precisava fazer. Mas por dentro, tudo queimava. Ela era virgem. Eu sabia disso no momento em que a toquei. Nenhum fingimento no mundo poderia esconder aquela entrega crua, real. O tipo de entrega que um homem nunca esquece. E agora ela trabalhava para a minha família. Sob as ordens da minha mãe. A mesma mãe que não admite falhas, escândalos ou envolvimentos indevidos. Maldito destino. Passei o dia tentando me concentrar nos compromissos que me trouxeram de volta. A empresa estava afundando, as decisões erradas de anos precisavam de conserto. Mas tudo que eu via era ela. Caminhando pelos corredores com passos leves. Carre
Capítulo 04 – O Filho da PatroaAuroraEu estava organizando a louça do café da manhã quando ouvi passos firmes ecoando no piso de mármore. Olhei por instinto, esperando ver o mordomo ou talvez a dona Glória. Mas meu corpo paralisou no mesmo instante.Ele.O homem da noite passada entrou na cozinha como se o mundo não tivesse virado de cabeça para baixo. Vestia uma camisa branca impecável, com os primeiros botões abertos, revelando um toque bronzeado no peito e aquele mesmo perfume amadeirado, intenso e viciante. O mesmo que ficou na minha pele por horas depois que ele foi embora.Meu coração deu um salto doloroso no peito. Eu não podia estar vendo aquilo.— Bom dia — ele disse, como se fôssemos dois estranhos. Seu olhar me percorreu de cima a baixo com a naturalidade de quem já conhecia cada curva do meu corpo.— Bom dia — respondi baixo, tentando disfarçar a mão trêmula enquanto segurava uma xícara.— Aurora, este é meu filho mais velho, Vicenzo — disse dona Glória, entrando logo at
Capítulo 03 EntregaAurora O quarto era simples, alugado por hora, discreto e silencioso. A porta se fechou com um clique baixo, e de repente, era só eu e ele.Meu corpo ainda ardia.Minha pele formigava como se cada célula minha soubesse que algo importante estava prestes a acontecer.Ele me olhou como se quisesse guardar aquele momento para sempre.A luz amarelada do abajur deixava tudo mais íntimo, mais real.— Você ainda pode desistir — ele disse, com a voz grave, os olhos presos nos meus.— Eu não quero — respondi, sincera.Aproximou-se devagar, como se temesse me assustar. Passou os dedos pela minha bochecha, traçando o contorno do meu rosto, depois deslizou até meu pescoço, meu ombro, e então segurou a ponta da echarpe, puxando-a com delicadeza.— Você é linda — murmurou, tirando a peça de tecido e deixando-a cair ao chão.Meus dedos tremiam ao tocar os botões de sua camisa. Desabotoei um por um, revelando o peito largo e definido. A pele dele era quente, o cheiro delicioso d
Aurora Acordei com uma sensação estranha no peito, como se algo tivesse mudado. E, de certo modo, tinha mesmo. Durante a madrugada, ouvi barulhos no andar de cima. Passos firmes, uma porta se abrindo, um som abafado de conversa. Acho que quem chegou é mesmo o filho da madame. Não fui conferir. Respeito os espaços da casa como se fossem sagrados. Mas no fundo eu sabia. O filho mais velho tinha chegado. E por algum motivo, meu coração bateu mais forte só de imaginar. Ao longo do dia, ouvi as funcionárias comentando que ele chegou tarde, depois do jantar, que mal falou com a mãe e se trancou no antigo quarto de hóspedes, o único que não estava em uso. — Um homem misterioso. — disse a cozinheira, rindo. — Arrogante, se for igual ao irmão. — rebateu a arrumadeira. Preferi não opinar. Nunca tinha visto sequer uma foto de Vicenzo. Madame Glória guardava os retratos dos filhos longe das áreas comuns da casa. E mesmo com Henrique por perto, nunca comentei sobre o irmão ausente. Talve
CONTRATO SECRETO COM O CEO Sheyla Bito Capítulo 01 – Aurora Um ano antesAurora Deitada na cama do quarto que divido com minhas irmãs, ouvi um carro estacionar em frente à nossa pequena casa, num bairro pobre da Sicília. Fechei os olhos e fingi estar dormindo. Não queria ir. Mas não adiantava. Senti o toque leve e carinhoso das mãos da minha mama. — Chegou a hora, minha pequena — ela sussurrou, com a voz embargada. Seus olhos alternavam entre a dor de me deixar partir e a esperança de que eu pudesse ter um futuro diferente do seu. A promessa de um futuro melhor venceu sua resistência. Mas eu... ah, eu só acredito vendo. Minha mala já estava pronta, junto da bolsa com meus materiais escolares. Terminei o ensino médio e meus futuros patrões juraram que me ajudariam a entrar na universidade. Por isso levei meus cadernos — mesmo que, no fundo, eu não acreditasse nessa promessa. Despedi-me da minha mãe, engolindo as lágrimas, e entrei no carro luxuoso. O motorista acen
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