Sandra era a melhor amiga de Olivia, até que a mesma a traiu. Ela difamou Olivia para o marido dela, Nick, acusando-a falsamente de causar o acidente que levou ao seu aborto espontâneo, de traí-lo e de estar roubando dele há meses. Além disso, alegou que ela estava tomando anticoncepcionais em segredo porque não desejava ter filhos com ele. Convicta de que Olivia ainda nutria sentimentos pelo seu antigo amor, Marcus, Sandra intensificou o ressentimento de Nick. Consumido pela ira, Nick acabou mandando Olivia para a prisão e iniciou um relacionamento com Sandra, sua ex-melhor amiga. Mas essa relação teria futuro? Olivia conseguiria se vingar e recuperar seu marido?
Ler maisOLIVIA— O que tinha acontecido, alguém me dizia que porra tinha acabado de acontecer?Eu estava enlouquecendo. Nada fazia sentido, e a cabeça parecia se encher de ruído. O que estava acontecendo, o que diabos Ethan tinha acabado de dizer e por que ele dizia aquilo? Que porra nós tínhamos feito para merecer o que ele acabara de fazer?— Eu achava que Ethan tinha acabado de tomar uma posição. — Meu pai disse isso parecendo calmo demais para o meu gosto. A situação devia tê-lo irritado, mas ele permanecia sereno. — Que porra o seu amigo estava pensando, Nick? Ele achava que podia sair impune disso?Nick também parecia controlado, como alguém que sabia o que estava acontecendo ou que tinha alguma participação em tudo.— Eu não sabia o que ele estava pensando, mas eu entendia de onde ele vinha.Eu lancei um olhar fulminante para ele. Ele era o pai de Samuel e, ainda assim, agia como se nada estivesse errado, como se o filho dele não tivesse sido levado pelo amigo.— O que diabos você dizia
OLIVIAEu nem queria imaginar onde eles podiam estar.— Vamos começar a procurar. Luke, você fica com os necrotérios.Um arrepio me percorreu quando Elodie mencionou o necrotério. No que diabos aquela mulher estava pensando?— Eu sabia que isso podia parecer que eu achava que eles estavam mortos, mas a gente precisava cobrir todas as frentes.Eu não disse nada, mas fervia de raiva. Por que ela estava ali se já acreditava que eles estavam mortos?— Nick, verifique os aeroportos. Ele podia ter viajado para fora do país e, por isso, a gente não conseguia falar com ele.Isso até podia ser, mas por que ele levaria Samuel para fora do país sem nos avisar? Ethan não faria algo assim, porém estávamos cobrindo todas as frentes, como Elodie dissera.— Marcus, verifique hotéis e tudo relacionado a isso. Se eles estivessem por aqui, estariam hospedados em algum lugar. Encontre esse lugar.Eu me perguntava quem tinha colocado Elodie no comando de tudo, mas eu precisava admitir que ela cobria todos
OLIVIAEu estava ansiosa, muito ansiosa, e ainda assim tentava me manter firme. Haviam se passado dois dias e não existia sinal de Ethan com meu filho. Era o fim de semana da viagem de acampamento, porém Ethan não tinha aparecido e o telefone dele não completava as ligações.Nós tentávamos falar com ele sem sucesso. Nick chegou a ir até a casa dele, mas ele não estava lá. Eu sabia que ele jamais faria algo para machucar Samuel, só que o silêncio me consumia. Muitas hipóteses cruzavam minha cabeça e nenhuma trazia conforto.Eles podiam ter se envolvido em um acidente, embora, por outro lado, não houvesse nenhum registro de acidentes e todos os carros dele estivessem na garagem.— Eu achava que estava na hora de levarmos isso a sério. Tinham se passado dois dias e nós não tínhamos ouvido nada dele. O telefone dele estava desligado e ele não fazia qualquer tentativa de nos contatar. — Essa era Elodie, a mãe de Nick. Ela tinha vindo ajudar com as crianças porque pensamos que os rapazes iri
ETHANOlivia abriu a porta quando eu cheguei à casa dela. Era bem cedo e eu tinha certeza de que não me esperavam depois de eu ter encerrado a ligação daquele jeito.— Bom dia. Eu não esperava você tão cedo. Na verdade, eu não esperava você de jeito nenhum.Ela estava sorrindo, aquele sorriso lindo dela que costumava me deixar de joelhos e fazia meu coração perder o compasso. Continuava lindo, eu reconhecia isso. Porém já não produzia em mim o mesmo efeito de antes.O médico tinha razão. Eu estava apenas deslumbrado, como um adolescente fissurado na novidade que queria parecer descolado.— Bom dia. Eu vim por Samuel. — Ela bocejou, o sono ainda visível nos olhos. Devia ter acordado para alimentar Lilly e voltaria para a cama.— Ele ainda está dormindo, é muito cedo. — Eu assenti quando ela se afastou para me deixar entrar.— Sinto muito, Ethan, mas eu ainda estou com muito sono. Fique à vontade que eu vou voltar para a cama. — Eu a observei ir embora sem dizer nada.Eu percebi que aind
OLIVIA— Quando você ia parar de querer controlar as pessoas? Eles não eram seus funcionários, Marcus. Eram nossos amigos. O que você disse para ela tinha sido errado. Eu também não ia deixar ela ficar com as crianças, mas você não precisava tratar ela como criminosa quando ela não tinha feito nada.Eu suspirei e pus o celular de lado depois que Ethan desligou na minha cara.— Eu estava protegendo esta família e também tinha feito o que você queria. Você não pareceu confortável desde o instante em que os viu e piorou quando aquela mulher apareceu. O que você queria que eu fizesse?Eu não a queria ali enquanto as crianças estavam ali também. Eu a queria fora, e eu admitia isso. Contudo eu já tinha falado com Ethan e ia arrumar tempo para me encontrar com ela sem as crianças algumas vezes. Queria conhecer melhor ela pelo bem de Ethan.— Tudo isso era verdade, mas você não precisava usar Samuel. Ele já ia embora e nós já tínhamos conversado. Você não precisava usar Samuel. Ethan tinha sid
ETHANA dor me dominou ao perceber que Marcus usara Samuel para me subjugar, e que Olivia permitira aquilo. Eu compreendia os pontos de vista dele e também os de Olivia, ainda assim minha Ema era diferente, e estávamos nos dedicando a melhorar... Estávamos cumprindo a terapia que haviam recomendado, logo não havia motivo para que levassem a situação tão longe.Era como se Olivia apagasse da memória quem estivera ao seu lado nos momentos em que ninguém mais aparecia, quem dedicara atenção a Samuel até que ele completasse dois anos, e até o fato de eu ter sido pai dele antes de Marcus ou de Nick, seu pai biológico. Não havia justiça naquela tentativa de controlar nossas vidas… "Exigiam que mudássemos e vivêssemos nossas próprias escolhas, mas mesmo quando fazíamos exatamente isso, surgiam objeções… O que diabos queriam de nós?"— Me diga de novo por que você idolatra tanto aquela mulher? Porque eu não vi nada de especial nela! — Eu não queria discutir com Ema, porque ela não sabia nada d
Último capítulo