Capítulo 10 Aurora
Ele viu o medo em meus olhos e me abraçou forte.
— Calma, tesoro mio. — ele disse me virando para a pedra de maneira que fiquei escondida, mas meu coração ainda batia acelerado, a voz rouca me chamando de tesoro mio, me fez esquecer o pavor de ser pega com ele. Era um morador de alguma outra mansão do condomínio, ele passou correndo e quando ele estava longe, Vicenzo me deixou ir embora.
— Deixe a porta do seu quarto aberta. — ordenou.
— Alguém pode nos ver. — respondi sabendo que não adiantava nada.
— Vá, antes que eu não resista. — ele disse me soltando e eu corri em direção a mansão.
Entrei pela porta dos fundos com as pernas ainda trêmulas. O gosto salgado do mar ainda estava nos meus lábios, misturado ao dele, e a voz grave sussurrando tesoro mio continuava a ecoar dentro de mim. Era como se Vicenzo tivesse deixado marcas invisíveis em todo o meu corpo.
Mas eu precisava recompor o semblante. A mansão exigia isso, tomei banho e vesti meu uniforme. O silêncio do