A Mãe do Meu Filho — O Amor Que Eu Esqueci Sinopse Ele prometeu que voltaria. Ela acreditou. Mas o destino tinha outros planos. Ashley foi criada com amor e valores pelos avós, após perder a mãe no parto. Inocente e determinada, formou-se em hotelaria e sonhava apenas em oferecer uma vida digna a quem a amava. Quando conheceu Philipe, um empresário maduro e encantador, hospedado no pequeno hotel onde trabalhava, não imaginava que seu primeiro amor deixaria marcas tão profundas. Durante uma semana mágica, entregaram-se um ao outro de corpo e alma. Antes de partir, ele prometeu voltar — e ela acreditou. Mas um trágico acidente o deixou em coma. Quando Ashley tentou contato, foi cruelmente silenciada por uma mulher que se dizia noiva dele. Grávida e devastada, Ashley decidiu criar seu filho sozinha. Meses depois, um reencontro inesperado vira seu mundo de cabeça para baixo: seu pai biológico — um homem que ela nunca conheceu — precisa de sua ajuda desesperadamente. E o homem que partiu seu coração? Agora está de casamento marcado… sem se lembrar dela. Entre segredos, perdão e um bebê que unirá destinos, Ashley precisará ser mais forte do que nunca. Mas o amor verdadeiro pode ser esquecido… ou é capaz de vencer até o tempo e a memória? "Ele esqueceu quem eu era. Mas o destino não deixará que ele esqueça de quem somos."
Leer másAshley ainda segurava firme a mão da prima, o coração apertado com tudo que acabara de ouvir. E então, com a voz mais baixa, mas firme, Elise completou:— Você lembra, não lembra, Ashley? Que mesmo ele sendo filho do prefeito, ele era gentil?Ashley assentiu com um leve movimento de cabeça. Aquela cidade pequena conhecia muito bem o sobrenome do ex-marido de Elise. Era uma daquelas famílias “intocáveis”, que viviam de aparências e influências.— Ele era educado demais, sorridente demais... falava bem com todo mundo, ia na igreja aos domingos, ajudava nas festas da cidade. Parecia o genro que todo mundo pedia a Deus. E eu caí nessa. Toda a cidade caiu.Ela apertou os olhos, sentindo o nó na garganta.— Usava uma máscara, Ashley. E usava bem. Ninguém via quem ele realmente era. Ninguém.Ashley já tinha ouvido histórias assim, mas ouvir da boca da própria Elise era diferente. Era como assistir alguém tirando um véu do rosto e revela
O Inferno de EliseAshley ainda estava sentada ao lado da cama quando Elise puxou o travesseiro mais para trás, ajeitando-se como quem se preparava para tirar um peso muito antigo do peito.— Ashley... posso te contar tudo? De verdade? Sem esconder nada?Ashley segurou sua mão com carinho.— Pode. E deve. Eu estou aqui. E vou continuar aqui.Elise assentiu, os olhos fixos em algum ponto distante do teto.— Eu conheci o Bob quando tinha dezesseis anos. Ele era dois anos mais velho e parecia tão, seguro de si. Os outros garotos do colégio usavam bonés virados e viviam fazendo piada. Ele era diferente. Gentil, educado, cheio de sonhos. Me dizia que queria uma família, que odiava ver casais se separando, que mulher de verdade era a que ficava do lado do homem. E eu… achei aquilo bonito.Ela suspirou.— Com dezessete, ele me pediu em namoro. Com vinte e um, me pediu em casamento. Eu aceitei sem pensar. Meus pais quer
Assim que o carro estacionou em frente ao hospital, Ashley ainda sentia a mão da sogra apertando a sua. O momento que haviam vivido minutos antes ainda pairava entre elas — suave e intenso. A conexão se fortalecia como raízes fincadas fundo no coração.— Você quer que eu suba com você? — perguntou a mãe de Philipe, com delicadeza.— Não, está tudo bem. Eu vou ficar um pouco com a minha prima. Prometi que hoje seria só dela — respondeu Ashley com um sorriso caloroso. — Mas obrigada por vir comigo. Por tudo.A senhora a olhou com carinho, como se quisesse dizer algo mais, mas apenas assentiu.— Qualquer coisa, me chame. E se ela precisar de algo, quero ajudar também.Ashley saiu do carro com cuidado, colocando a bolsa no ombro. O hospital era movimentado, mas naquela manhã parecia haver um clima mais leve. O bebê mexia de novo dentro de seu ventre, como se soubesse que a calmaria havia voltado.Ao chegar ao quarto da prima, bateu l
Ashley ajeitou a manta sobre as pernas de Patrick, enquanto ele se recostava melhor na poltrona adaptada do quarto. A manhã avançava preguiçosa lá fora, mas dentro daquele espaço aquecido, havia um silêncio doce, carregado de significados.— Agora sim — ela disse, sentando-se ao lado dele. — Prometi que depois do café ia te contar tudo... e aqui estou.Philippe sorriu de lado, os olhos azuis fixos nela.— Então conta, minha pequena... como foi esse tempo longe de mim?Ela inspirou fundo, como se cada palavra carregasse um peso que finalmente poderia soltar.— Foi estranho, Philippe. Nos primeiros dias, eu ficava com raiva de mim mesma. Achava que estava sonhando acordada, que tudo entre nós tinha sido ilusão. Mas, à noite... — ela fez uma pausa, com os olhos brilhando — eu sonhava com você. Sempre você. Às vezes sorrindo, às vezes me chamando, outras só me olhando daquele jeito que você faz, como se eu fosse tudo que existe.
O relógio já marcava quase duas da madrugada quando os passos firmes ecoaram pelo corredor. A porta se abriu suavemente, revelando a mãe de Paul, elegante mesmo com os cabelos presos em um coque simples e um casaco sobre os ombros. Ao lado dela, uma mulher mais jovem, de uniforme branco, trazia consigo uma maleta médica e uma expressão serena.— Paul, querido — disse a mãe, entrando com suavidade —, trouxe alguém para ajudar. Esta é a enfermeira Susan. Trabalhou durante anos no Hospital Geral de Boston. Especialista em cuidados pós-cirúrgicos.Paul se levantou de imediato, aliviado por vê-la ali.— Mãe, obrigado. Ela está estável, mas ainda sob efeito da anestesia. O médico disse que as próximas 48 horas serão cruciais.A enfermeira se aproximou da cama de Elise, conferindo os monitores com gestos experientes e tranquilos.— Tudo está sob controle. Vamos mantê-la confortável e monitorar os sinais durante a madrugada. Se houver qualquer al
vamos conter a hemorragia com uma cauterização. Depois, faremos a correção estrutural do braço. Tudo será documentado em laudos médicos detalhados. E mais uma coisa: essa situação exige uma notificação policial. Os ferimentos da paciente configuram um caso grave de agressão. Não é uma simples violência doméstica. Ela estava em risco de morte.Paul se adiantou.— Após a cirurgia, quero uma cópia completa de todos os laudos. Vamos registrar boletim de ocorrência, entrar com medidas protetivas e iniciar um processo formal contra o agressor. Ele mexeu com a mulher errada, e agora vai arcar com todas as consequências legais.Elise, ainda fraca, tentou se erguer.— Eu não quero envolver vocês nisso. Eles... são perigosos.Paul se aproximou mais, a voz firme e segura.— Eles são homens influentes em uma cidade pequena. Mas nós somos de capital, Elise. Conhecemos juízes, promotores, jornalistas, delegados. Se eles têm influência, nós tem
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