O jardim estava coberto por flores brancas e lavandas que balançavam com o vento leve da tarde. Philipe caminhava de mãos dadas com uma jovem. O riso dela era suave, como o som da água correndo entre as pedras. Ele não conseguia ver o rosto dela com nitidez — a luz do sol o cegava de leve —, mas os olhos, Aqueles olhos azuis, quase verdes, eram inconfundíveis. Olhos que transmitiam paz, amor e uma promessa silenciosa. — Eu volto, Ash...— ele dizia, apertando as mãos dela. — prometo que volto. Ela sorriu, e ele a envolveu num abraço, respirando fundo o perfume doce que vinha do cabelo dela. O tempo parecia parar. O mundo, ali, era só os dois. E então, de repente, tudo começou a mudar. O céu escureceu. O vento ficou pesado. O som das flores foi substituído por uma buzina distante. O jardim sumiu, o volante surgiu entre suas mãos, Philipe piscou, confuso, e percebeu que estava dirigindo. A estrada à frente tremulava sob o calor do asfalto. Tentou dizer algo, mas a lembran
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