Ela? A mulher que não fica. Só manda embora. Ele? O homem que nunca ficou. Só desaparece. Os dois no mesmo prédio. No mesmo elevador. 👉 E no mesmo jogo… onde quem pisca primeiro, perde. Uma aposta simples (na teoria): 👉 Ela jura que vai fazer ele correr como todos os outros. 👉 Ele garante que dessa vez… não larga nem se ela implorar. Só que tem um problema: 👉 Quando dois mestres do deboche, da sedução e do jogo se enfrentam… alguém vai cair. E spoiler: não vai ser bonito. Mas vai ser gostoso.
Ler maisO carro deslizou pelas ruas ainda meio adormecidas da cidade, enquanto a luz da manhã lavava os prédios de vidro com tons dourados.Clara olhava pela janela. Cabelo preso num coque provisório, regata molhada de treino colando na pele. Os músculos doíam gostoso — sinal de que o exercício matinal com Dante rendera mais do que endorfina. Rendeu suores, beijos e promessas não ditas.Mas agora… o relógio gritava.Ela precisava voltar.— “Me deixa em casa?” — ela pediu, sem rodeios.Dante tirou os olhos da avenida por um segundo, os dedos firmes no volante. Aquela regata marcando o sutiã esportivo dela e a pele corada ainda estavam dificultando qualquer raciocínio lógico.— “Achei que ia direto pro trabalho.”— “Vou. Mas antes preciso me arrumar. Não dá pra aparecer na Agency49 parecendo que passei a noite em uma guerra… mesmo que tenha passado.”Dante soltou um sorriso de lado. Um daqueles que já vinha com gosto de replay.— “Entendido. Campo de batalha registrado.”— “Aliás…” — ela virou
Clara acordou com o cheiro de café filtrado… e o som de notificações no celular.Tinha dormido de novo — enroscada, com o cabelo emaranhado no travesseiro dele e o corpo embalado no calor da última madrugada.Mas foi só virar de lado e…Nada.Cama vazia.Só o bilhete preso com um clipe no criado-mudo:“Na academia do 24º andar.Mandei trazer seu tênis e legging.Não aceite menos endorfina do que você merece.— D.”Ela riu. Sozinha.Riso baixo, orgulhoso, quase desaforado.Porque aquele homem não parava.Não apenas transava como se cada gozo fosse um acordo de paz entre mundos opostos, ele pensava nela. Se antecipava. Lembrava do que ela gostava. E entregava antes que ela pedisse.Na cozinha, encontrou o que ele tinha deixado: sacola discreta da Nike, com um conjunto novinho — legging vinho queimado, top da mesma cor e uma regatinha preta minimalista. E o tênis dela.— “Filho da mãe atento…” — ela murmurou, com um sorriso no canto da boca.Se trocou. Prendeu o cabelo num rabo alto. Pas
Dante abriu os olhos com a lentidão calculada de quem sabe que dormiu pouco……mas dormiu bem demais.O corpo ainda pesado da batalha vencida.A memória? Viva, pulsando.O cheiro dela no travesseiro.O gosto dela ainda preso na boca.Clara.Perigo de salto. Gosto de pecado. Pele de desgraça boa.Esticou o braço pro lado.Vazio.Lençol frio.Cama grande.Silêncio demais.Não entrou em pânico. Dante Rafael Navarro não entra em pânico.Mas teve ali… aquele milésimo de segundo onde o sangue gelou.Ela tinha ido embora.Sem barulho.Sem bilhete.Sem beijo de despedida.“Filha da puta elegante”, pensou.Ficou ali deitado, encarando o teto, como quem revive uma guerra… e descobre que perdeu o território mais importante:o orgulho.Levantou devagar.Só de cueca.Alma exposta, pés descalços cortando o silêncio de seu próprio império.Atravessou o corredor como quem procura um eco.Mas tudo que encontrou foi…Uma xícara de café abandonada.Um prato com farelos.E o cheiro dela, ainda impregnado
Clara pegou a bolsa devagar.Sem barulho.Sem pressa.Sem coragem.O sol ainda não tinha nascido, mas os primeiros tons azulados já começavam a acender a cidade do lado de fora da janela.Ela dobrou a camisa que usava. Sim, a camisa dele. Colocou na poltrona. Calçou os saltos de volta, ainda sem prender direito.Olhou pro espelho. Cabelo bagunçado, pele marcada, olhos com sono… e brilho. Muito brilho.A marca de um homem que soube ler a pele dela como um livro em braile — e escreveu ali uma história que ainda latejava.Ela passou pela bancada da cozinha antes, pegou um morango da fruteira como quem tentava distrair o coração. Mastigava devagar, entre a dúvida e o orgulho.Tirou o celular da bolsa, abriu o grupo com as meninas.CLARA: viva. de pé. parcialmente vestida.CLARA: e considerando fugir antes que o vilão acorde e me peça café na cama.Mas quando deu dois passos em direção à porta…— “Vai fugir?” — a voz veio rouca, arrastada, e gelou até a alma entre os ombros dela.Clara par
A madrugada era funda.Silenciosa.Quase cúmplice.Clara desceu os degraus da escada da cobertura de Dante com os pés nus e a alma semi-pelada.A camisa dele — branca, larga, com cheiro de colônia quente e testosterona bem posicionada — batia na coxa como uma confissão.Os cabelos? Presos de qualquer jeito.O andar? Lento. Como quem ainda sentia o eco do que aconteceu horas antes.Na cozinha, acendeu só a luz pendente sobre a bancada.Achou o que parecia ser um banquete esquecido por milionários: frutas frescas, queijos artesanais, água com gás, pão crocante…Pegou um figo. Um pedaço de brie.Mordeu o que dava.Mas o que roía por dentro era outra coisa.Celular vibrou.Grupo: “Irmãs do Último Gemido”(Lívia, Rebeca, Nanda, Clara)Lívia:VC MORREU????porque se morreu, morreu gostandoRebeca:Se não responder até 3h da manhã, vamos dar parte pra políciae avisar que você foi sequestrada por um CEO comedor em sérieNanda:ou você tá presa numa cabeceira de cama de mármore italianoClara
O salto dela caiu primeiro.Depois, foi a camisa.E em seguida, toda lógica.Dante não perdeu tempo.Assim que jogou Clara na cama de linho egípcio, se livrou do que restava da roupa como um homem em chamas.Ela tentou protestar — mas ele calou qualquer argumento com um beijo.Aquele tipo de beijo que tira o fôlego, as certezas e o juízo.— “Você sequestra toda mulher assim?” — ela arfou, entre uma mordida e outra no queixo dele.— “Só as que gozam gritando o meu nome.”Ele passou a língua pelo pescoço dela, subiu até o lóbulo da orelha e soprou:— “Você lembra que gritou, né?”Ela gemeu.Não respondeu.Mas a pele dela gritou por ela.Dante virou Clara de bruços com a precisão de um predador e beijou a coluna dela como se estivesse traçando o próprio mapa do tesouro.As mãos? Firmes.A boca? Uma ameaça.O pau? Uma sentença.Quando ela arqueou as costas, o corpo implorando mais…Ele entrou.Devagar.Fundo.Cruel de tão bom.— “Porra…” — Clara suspirou, o rosto afundado no travesseiro.
Último capítulo