O restaurante escolhido por Ícaro ficava numa esquina discreta, com fachada de vidro e cheiro de pão assando que escapava até a calçada.
Era o tipo de lugar que não precisava de anúncio, porque quem ia ali… já sabia que valia a pena.Clara entrou primeiro, deixando o blazer no encosto da cadeira. Ícaro veio atrás, tirando os óculos escuros e fazendo sinal pro garçom que já o conhecia.— Ícaro: “Menu de sempre. E abre o vinho.”— Garçom: “Claro, senhor.”Quando ficaram a sós, ele soltou:— Ícaro: “Tô trabalhando numa publi nova. Quem chamou foi… um primo seu.”Clara parou no movimento de ajeitar o guardanapo no colo.— Clara: “Que primo?”— Ícaro: “O filho do… monstro.”Não precisava falar mais. Eles dois sabiam exatamente de quem ele estava falando.Clara respirou fundo, os ombros se erguendo devagar.— Clara: “Ícaro… cuidado.”Ele ergueu uma sobrancelha.— Ícaro: “Relaxa. É só publicidade, na