A mesa de reuniões no último andar da Hudson Tower era mais do que um centro de decisões milionárias. Naquela noite, virava ringue.
Luz baixa, janelas espelhadas refletindo Manhattan em versão cinematográfica. Whisky na mesa. Dossiês abertos. E quatro homens com cara de que sabiam o que estavam fazendo — mesmo que metade fosse teatro.
Dante Navarro girava a tampa da caneta Montblanc como quem decidia o destino de uma cidade inteira.
— “Projeto novo.” — disse Enzo, puxando o notebook. — “Start-up espanhola. Inteligência artificial, investimento anjo de dois unicórnios, sede em Barcelona e a expansão pro mercado americano passa… por nós.”
— “E qual o papel da gente nisso?” — perguntou Gael, já com o celular na mão, criando a pasta no drive.
— “Imagem. Naming. Branding. Marketing de influência. E guess what…” — ele levanta o olhar com aquele sorriso cheio de malícia. — “A agência escolhida pra cuidar do lançamento nos EUA já tá definida.”
Lorenzo estica os braços, rindo antes mesmo da re