Augusto Monteiro é um CEO poderoso, frio e inacessível. Depois de ser traído pela única mulher em quem confiou, ele ergueu muros ao redor do próprio coração — e não deixa ninguém se aproximar. Dono de uma beleza selvagem e um olhar verde que congela qualquer sala, ele comanda sua empresa com punhos de ferro e alma ferida. Até que Eloise Nogueira entra em sua vida: uma mulher linda, atrevida, de língua afiada e com um passado tão doloroso quanto o dele. Abandonada no altar pelo noivo que a trocou pela própria prima, ela aceita o cargo de secretária sem imaginar que estaria prestes a enfrentar um homem que ninguém ousa contrariar. Mas ela não se curva. E ele... não consegue resistir. Entre provocações, desafios e noites carregadas de tensão, dois corações partidos vão descobrir que o amor pode ser o mais perigoso dos jogos — especialmente quando o prazer se mistura com o orgulho.
Ler maisCapítulo 1 – A Entrevista
O relógio da recepção marcava exatamente 8h45 da manhã quando Eloise Nogueira empurrou as portas de vidro da Monteiro Group. O salto firme ecoava no chão de mármore branco, tão polido que refletia seu vestido justo cor vinho — discreto, mas suficiente para acentuar suas curvas invejáveis. Estava nervosa? Um pouco. Determinada? Com certeza. Três meses antes, ela havia sido deixada no altar pelo homem que dizia amá-la. Ele não teve nem a decência de encarar seu olhar ferido, fugindo para os braços da prima dela sem pensar duas vezes. Desde então, a palavra “confiança” havia se tornado algo distante, quase estranho. Mas agora, tudo era diferente. Ela precisava daquele emprego. E não só pelo salário. Seu pai, doente e aposentado, mal conseguia levantar da cama nos dias mais difíceis. Os medicamentos estavam caros, e os boletos não paravam de chegar. Eloise não tinha luxo de esperar a sorte bater na porta — ela havia decidido ir atrás dela. — Bom dia — disse à recepcionista com um leve sorriso. — Tenho entrevista para a vaga de secretária pessoal do senhor Augusto Monteiro. A mulher a olhou de cima a baixo, como quem avalia se uma garota assim aguentaria um chefe como “ele”. Engoliu em seco antes de responder: — Último andar. Sala 15. Ele está te esperando. Ele. O nome já vinha carregado de tensão: Augusto Monteiro. Frio, impiedoso, perfeccionista. O homem que comanda um império bilionário como se tivesse nascido para reinar — e talvez tenha mesmo. Diziam que seus olhos verdes eram capazes de perfurar a alma, e que ninguém durava mais de um mês ao lado dele como secretária. E ali estava ela… indo direto para a toca do lobo. O elevador subiu em silêncio. Eloise ajeitou o cabelo longo e escuro, respirou fundo e tentou acalmar o coração. Não era do tipo que se deixava intimidar, mas algo nela sabia: aquele homem ia virar sua vida de cabeça para baixo. A porta abriu. Ela bateu duas vezes na imponente porta de madeira escura. — Entre — veio a voz grave, firme. Ela entrou, com passos decididos, mesmo sentindo o olhar dele sobre cada centímetro do seu corpo. Augusto Monteiro ergueu os olhos do notebook. E pela primeira vez em meses… congelou. Morena, corpo marcante, olhar desafiador. Não sorria. Não se curvava. Estava ali, como se o mundo tivesse que se adaptar a ela — não o contrário. — Eloise Nogueira? — ele perguntou, com um tom quase entediado, tentando esconder o impacto. — A própria — respondeu, com um sorrisinho de canto. — Mas pode me chamar de Eloise. Ninguém pronuncia meu sobrenome com a arrogância certa. Ele arqueou uma sobrancelha. Atrevimento? Era isso mesmo? — Sente-se — disse, apontando para a cadeira diante da mesa. — Vamos ver se você tem mais do que uma boca afiada. — E vamos ver se o senhor Monteiro tem mais do que fama e dinheiro — rebateu, sem pestanejar. Silêncio. Tensão. Olhos nos olhos. E foi ali, naquela primeira troca de farpas, que Augusto soube: Essa mulher ia ser o seu inferno particular. E, talvez… o único céu que ele ainda poderia alcançar.Capítulo 21Os corpos se moviam no mesmo ritmo, se encontrando com precisão e desejo. O calor entre eles crescia a cada segundo, as respirações se entrelaçavam, os gemidos se misturavam ao silêncio da madrugada.— Eloise... — ele murmurou entre dentes, com a voz rouca, acelerando os movimentos. — Eu não vou aguentar...Ela gemeu alto, as unhas marcando as costas dele, o corpo arqueando sob o dele.— Augusto... — sussurrou entre suspiros entrecortados, a voz trêmula de prazer. — Não para... por favor... eu tô...Ele a puxou ainda mais para si, ofegante, os olhos cravados nos dela mesmo no escuro.— Goza comigo... — pediu, entre gemidos baixos e os olhos cravados nos dela.E então, o ápice veio... com a força de tudo o que estava guardado.O corpo dela se soltou completamente, estremecendo entre os braços dele, o nome dele escapando em um último suspiro carregado de prazer:— Augus...to... — o nome escapou entre os lábios dela, carregado de entrega e arrepio.Augusto enterrou o rosto no
Capítulo 20 Augusto a segurou com firmeza e, num movimento fluido, ergueu Eloise e a colocou sobre a bancada fria da cozinha. Os lábios nunca se afastaram, os corpos já sabiam o caminho. O contraste do mármore gelado contra sua pele nua arrancou um suspiro dela — um que foi rapidamente silenciado pela boca dele, faminta.As mãos de Augusto desceram com precisão. Apertavam sua cintura, exploravam suas coxas, e então pararam... ali.Ele soltou o ar, ofegante, os olhos cravados nos dela como se acabasse de descobrir algo que o deixava completamente fora de si.— Sem calcinha, Eloise... — murmurou entre os beijos, a voz rouca, carregada de um desejo que já não cabia mais dentro dele.Ela estremeceu, o corpo inteiro pulsando sob o toque dele. Augusto roçava os dedos sobre sua pele com calma enlouquecedora, como se soubesse exatamente o efeito que causava. Os gemidos baixos dela eram música — e gasolina.Ele inclinou o rosto para o pescoço dela, beijando devagar, mordiscando o lóbulo da or
Capítulo 19 — Silêncio Antes do IncêndioO vapor quente ainda pairava no ar quando Eloise enrolou a toalha no corpo e caminhou até o quarto. Os pés descalços contra o chão frio causaram um pequeno arrepio — não de frio, mas de realidade voltando a pressionar a pele.Ao se aproximar da cama, ela parou.Sobre os lençóis perfeitamente esticados, repousava uma camisa branca. Masculina. De algodão fino, dobrada com capricho e um certo cuidado silencioso. Era de Augusto.Ela a tocou com delicadeza, quase com receio. Quando a ergueu, o cheiro dele veio com força — amadeirado, limpo, levemente cítrico. Intenso. Marcante. Aquele aroma que não se esquece. Que fica na pele, na memória, nos pensamentos proibidos.Vestiu devagar.A camisa deslizava sobre o corpo nu como um sussurro. Eloise abotoou apenas dois botões, deixando o tecido abrir delicadamente sobre as pernas e os ombros à mostra. Macia, leve... mas ao mesmo tempo carregada de significado.Ela sabia que ele havia deixado ali.Pensado ne
Capítulo 18 – Feridas expostasEloise bebeu o whisky de uma vez só. O líquido queimou sua garganta como fogo líquido, mas a dor no peito continuava mais forte. Latejante. Insistente.Ela encostou o copo na perna, apoiando-se no sofá como quem precisava de apoio para manter a alma dentro do corpo. O silêncio persistia, mas dessa vez ...mas dessa vez, foi Augusto quem murmurou primeiro. — Eu também já senti essa dor.A voz dele não vinha carregada de piedade. Era sóbria, densa, quase como se estivesse revivendo algo que preferia enterrar.— Não entendi tudo o que aconteceu com você hoje... mas conheço esse olhar. O de quem foi traída. De quem foi... enganada.Ela o encarou. O olhar curioso se misturava à incredulidade. Augusto Monteiro? Sentir dor? Ele parecia inatingível. Forte demais para isso.Mas ele continuou.— Eu usei essa dor para me fortalecer. Não foi fácil. Mas passou.Ela o observou com mais atenção agora. Por trás do homem impecável e da postura de aço, havia rachaduras.
Capítulo 17 — A noite entre o silêncio e a fúriaO carro deslizava pela avenida principal, com as luzes da cidade refletindo nas janelas como constelações líquidas. Lá dentro, o silêncio era pesado. Nenhuma palavra foi dita desde que a porta se fechou com um baque abafado.Eloise mantinha o rosto virado para a janela, mas as lágrimas continuavam caindo em silêncio. O que mais doía não era o que Lorenzo dissera — era o fato de ter doído. Como se, de alguma forma, parte daquelas palavras ainda encontrasse eco em suas feridas antigas.Augusto permanecia ao lado, imóvel. Não tentou tocá-la. Não perguntou o que havia acontecido. Não havia espaço para palavras. Ele sentia que qualquer tentativa de consolo soaria falsa, ou pior: vazia. E se havia algo que Augusto Monteiro odiava ser... era ineficaz.Do banco da frente, o motorista lançou um olhar discreto pelo retrovisor. Seu rosto, sempre sério, suavizou-se diante da imagem da mulher forte e elegante — agora com o rosto desfeito, os olhos m
Capítulo 16 O salão estava em silêncio respeitoso quando José Monteiro se levantou. De taça em mãos, sua presença impunha respeito.— Me alegra ver essa sala cheia de pessoas importantes, amigos, parceiros... e claro, minha família — disse, olhando brevemente para Augusto, que manteve a expressão neutra. — Estou chegando a um momento da vida onde passar o bastão começa a parecer mais uma responsabilidade do que uma opção. Quero que saibam que, quando chegar essa hora, será feita com sabedoria. O cargo de CEO será destinado a quem mostrar força, visão... e lealdade.Uma leve tensão percorreu a sala. Alguns trocaram olhares, outros apenas brindaram.Augusto manteve o rosto impassível, mas por dentro sabia: aquilo era um aviso. Seu pai podia estar pensando em testá-lo... ou em surpreendê-lo.Mais ao fundo, os olhos atentos de José pararam em um rosto. Um homem de sorriso forçado e paletó bem alinhado, sentado com uma mulher exageradamente maquiada. Algo ali chamou sua atenção. Ele incli
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