— Catarina. — ele disse, seco. Meu nome na boca dele doeu mais do que qualquer lembrança. — Tristan… — murmurei, sentindo as lágrimas se acumularem. — Eu… eu pensei que você tivesse morrido. Ele não se mexeu. Apenas ergueu uma sobrancelha, um sorriso frio surgindo em seus lábios. — Morto? Engraçado…você não parecia tão abalada quando tentou invadir a minha casa. — Cada palavra dele era uma facada. — Eu…eu não sabia, não sabia que era sua! Tristan! Eu juro, achei que você… — minha voz falhou. — Eu chorei por você. Ele se moveu lentamente, contornando a mesa, e se sentou com a calma de quem sabe que tem o controle da situação. — E enquanto chorava, decidiu que podia roubar? Interessante forma de luto. — Não fale assim comigo! — gritei, a raiva crescendo dentro do peito. — você morreu! — Digo apavorada. — Eu vivi o luto por você. mas, mas agora…você está vivo. Como pode? Como pode estar vivo. Eu achei que estava… — Morto — ele completou, com ironia nos lábios. — Todo mundo achou. E você não perdeu tempo, né? Ele cruzou os braços. — Talvez eu não quisesse ser encontrado. Aquelas palavras quebraram algo dentro de mim. O jeito como ele me olhava me fez sentir pequena. Como se eu fosse um erro, um fardo. — Então foi isso? Você sabia que eu achava que estava morto? E nunca… nunca se importou em me procurar? Em me dizer que estava vivo? Ele hesitou. Por um segundo, o silêncio pesou entre nós como uma confissão muda. Vi algo no seu olhar — uma rachadura. Mas ele rapidamente se recompôs. — Achei que você já tinha superado. Afinal, não demorou pra se envolver com outro, não é? Meu sangue gelou.
Leer másTristan se senta no sofá espaçoso mais uma vez e, lentamente, me puxa em sua direção e me abaixa sobre seu pau. — Oh Deus! — Eu grito enquanto sinto toda sua masculinidade. A espessura dele é deliciosa quando me estica, fazendo meus dedos dos pés curvarem no tapete. Eu me inclino para frente e, enquanto olho para a Ivana bem na minha frente a posição que estamos deixa a sua boceta na direção do meu rosto. Tristan parece perceber minha hesitação, ele puxa o meu cabelo ate que a minha orelha se encontre com a sua boca. Seu pau batendo em mim lentamente. — passe a língua preguiçosamente pelo seu clítoris — Ele exige. Ivana, brilha na minha frente, eu coloco a boca nela sem pensar muito. Seu clítoris está inchado e brilhante eu passo a língua lentamente sentindo o gosto adocicado misturado ao cheiro natural de Ivana. Ela geme meu nome, puxando meu cabelo para que eu possa abocanha-lá com mais facilidade, e imediatamente o seu doce sabor explode em minha língua. Eu nem imagino o
Quando abri os olhos, encontrei Tristan me observando, na minha frente, Os olhos dele estavam sombrios, intensos. O maxilar marcado, tenso. Ele não sorria mais. Agora, ele… rosnava.— Acho que eu preciso de uma pequena ajuda Ivanna. — Sua voz era rouca, grossa. — Porque não abre o zíper do vestido de Cat? Meu corpo reagiu antes de mim quando senti as mãos macias de Ivana abrindo o meu vestido. O coração estava disparado, a respiração mais curta. Senti quando os meus vestidos caíram aos meus pés. — Você estava esse tempo inteiro sem calcinha meu amor? — As palavras de Tristan rosnadas me fazem estremecer.Sinto Ivana lentamente beijando meus ombros, ela afasta meu cabelo cacheado, é planta os beijos ao longo do meu ombro e nuca. Eu mordo os lábios segurando um gemido, As mãos procurando onde se apoiar. Meus dedos acharam o tecido da blusa de Tristan, e eu toquei, insegura, mas decidida.— Continua — ele disse, e eu soube, naquele instante, que não havia mais volta.Mas não
Eu balancei os pés de um lado para o outro, sentada em uma das banquetas da boate. O ambiente estava envolto por luzes suaves, que piscavam ao ritmo da música, enquanto o calor entre mim e Tristan crescia. Ele estava ali, ao meu lado, como se fosse a coisa mais natural do mundo, mas o que estava prestes a acontecer entre nós deixava tudo ainda mais carregado de desejo e tensão.— Tudo bem? — Ele perguntou, com um sorriso provocante, os olhos fixos nos meus, ajustando os óculos na ponta do nariz, com a leveza de quem sabia o efeito que causava. O seu olhar era intenso e cheio de promessas.— Claro. — Respondi rapidamente, mas meu coração estava acelerado. Ele estava tão perto, e a energia entre nós era tão densa que quase podia tocá-la.Ele estava perfeito, como sempre. Usava uma camisa preta bem ajustada, calças de alfaiataria e sapatos impecáveis. O brilho dos óculos, que ele ajustava com um movimento quase distraído, dava a ele um ar de mistério e poder. Agora, havia uma alianç
A vida seguia, mas de uma forma que eu nunca imaginaria. Eu estava ali, com Catarina e Tristan Júnior, e sabia que, no final das contas, essa era a única verdade que realmente importava. E eu sabia que uma hora, as sombras do passado, desapareceriam.Enquanto a vida seguia seu curso, algumas verdades começaram a vir à tona, revelações que ninguém poderia ter previsto. Igor Coppola, o homem por trás das ameaças a Catarina, não era mais uma sombra a espreitar. A polícia brasileira havia rastreado suas movimentações por meses, e logo se soube que ele estava sendo investigado por crimes internacionais. No entanto, o cerco foi rápido. Não foi o FBI, nem qualquer agência internacional, mas sim uma operação local que desmantelou sua rede criminosa.Igor foi capturado com uma rapidez impressionante, e após uma série de interrogatórios, acabou preso em uma penitenciária de segurança máxima em outro país — fora do Brasil, onde ele enfrentaria acusações por tráfico de influência, extorsão e at
— Sua desgraçada! — Igor cambaleou, e antes que pudesse reagir, Stevan surgiu como um raio entre eles. Um soco direto no maxilar do pai, seco, cruel.Igor caiu. O fogo agora consumia parte do teto. As estruturas começavam a ranger, ameaçando desabar.— A saída! — Catarina apontou, tossindo.Daniel ainda rastejava no chão, tentando alcançar a arma caída. Nossos olhos se cruzaram.— Eu devia ter te matado naquele ferro-velho… — ele cuspiu.— Pois é. — respondi. — Mas não conseguiu.Logo então uma viga em chamas desabou atrás dele, selando seu caminho. A fumaça o engoliu.— Vem! — Catarina me puxou.Corremos. Stevan vinha logo atrás, apoiando a lateral do corpo, com sangue escorrendo de um corte no braço. O som de sirenes se aproximava ao longe. O calor era insuportável. Os pulmões queimavam.— Rápido! — gritou Catarina, passando por uma abertura na lateral do galpão.Quando saímos, o ar fresco da noite bateu como um soco. O céu estava vermelho, refletindo as chamas que engol
— Porque você é um! — ela rebateu, a voz finalmente ganhando força. — Eu vi o que fez com ele! Com seu próprio filho! Se ele está vivo, não é graças a você.— Cala a boca! — ele berrou, e eu instintivamente me coloquei entre os dois.— Nem ouse levantar a voz pra ela. — falei com os dentes cerrados, a mão próxima ao coldre improvisado onde eu guardava a arma. — Se você encostar um dedo nela, eu juro que acabo com você aqui mesmo.Igor, até então observando a cena com uma expressão entediada, deu um passo à frente.— Chega. Todos vocês estão agindo como crianças. — ele olhou para mim. — Tristan. O documento.— Eu já disse que só entrego com garantias.— Você acha que está no controle? — Igor respondeu, começando a perder a paciência.Foi então que Daniel percebeu a arma sob meu casaco. Ele sorriu com escárnio.— Ah… então você veio preparado. — ele cuspiu no chão e avançou um passo. — Vai me matar agora, é isso? Vai terminar o trabalho que eu comecei?— Se você me der motiv
— Tristan? — A voz de Ivana surgiu alta, levemente tremida.— Tô ouvindo — respondi, acionando o viva-voz.— Desculpa ligar tão cedo, mas… eu achei que você precisava saber. Catarina… ela tá estranha. Muito. — A voz dela carregava uma urgência que me fez apertar o volante. — Ela me procurou agora há pouco e quando não te encontrou, perguntou se eu sabia onde você estava. Ela parecia… desesperada. Como se estivesse prestes a fazer alguma besteira.— O que ela disse?— Me fez prometer que eu cuidaria de você… e do pequeno. Me agradeceu por tudo. Me pediu desculpas. Disse que te amava. Que sempre te amaria. Disse que você foi a melhor coisa que aconteceu na vida dela.Fechei os olhos por um segundo, lutando contra a vontade de dar meia-volta.— Ivana… escuta. Eu preciso que você chame a polícia. Agora. — minha voz saiu firme, sem espaço para questionamentos. — Leva meu filho pra um lugar seguro e fica com ele. Não deixa ele sair. Tranca as portas, qualquer coisa. E chama a políc
E mais: era o mesmo homem que Sheila dizia ter sido seu “marido”, ou o que muitos achavam que era. O tal que a acolheu quando estava grávida. O homem que por muito tempo ela achava ser seu único porto seguro.E esse mesmo homem, agora, ameaçava o nosso filho.Não havia mais espaço para dúvidas. A invasão da minha casa meses atrás não foi por acaso. Ela não estava ali por alguma necessidade, ou por curiosidade. Ela foi obrigada. Ela estava tentando proteger nosso filho. E eu… eu não vi.Eu devia ter percebido antes.Devia ter ligado os pontos, perguntado mais, insistido. Mas eu estava tão cego pelas minhas próprias dores, pela raiva do passado, que não enxerguei o que estava bem na minha frente: ela estava lutando sozinha esse tempo todo.Continuei lendo.Havia mais mensagens de Stevan. Muitas mais.“Você sabe que não tem saída. Ele vai vir atrás de você. Se não entregar o documento, não adianta correr.”“Se fizer merda, vai pagar. Você, e o moleque.”E então, como se meu pei
A porta imensa da mansão do Tristan rangeu quando entrei. A casa estava silenciosa, envolta naquela penumbra de fim de tarde que sempre parece anunciar segredos. Ivana estava sentada no sofá, o olhar fixo na tela do celular, mas ergueu os olhos quando me viu. O silêncio entre nós foi imediato, denso.— Catarina… — ela disse, com a voz baixa. — Tá tudo bem com você?Hesitei. Minha garganta secou por um segundo. Ela era minha amiga. E parte de mim queria chorar no colo dela. Mas a outra parte… aquela que só pensa no Tristanzinho, não podia se dar ao luxo de fraquejar.— Só cansada — respondi, tentando esboçar um sorriso. — Aquelas correrias do dia.Ela franziu a testa, claramente não convencida. Mas não insistiu. Em vez disso, ajeitou a postura e disse, sem emoção:— Vou voltar pra Rússia por uns meses. A galeria tá me chamando, e eu não posso mais adiar.— Ah… — foi tudo que consegui dizer. Ela não tinha família. Não era como se estivesse voltando para casa. Mas eu também não