MEU VIZINHO ASSASSINO

MEU VIZINHO ASSASSINOPT

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Última actualización: 2025-06-29
Kari  Recién actualizado
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Resumen
Índice

Lara Gaspar era uma jovem de 19 anos, independente e cheia de vida. Amava sua liberdade mais do que qualquer promessa de romance — e, por isso, nunca o priorizou. Seu carisma era natural, encantava quem cruzasse seu caminho. Por onde passava, chamava atenção. Talvez fosse um pouco desleixada, e por esse motivo evitava levar os amigos até o apartamento onde morava há poucas semanas. Ela gostava daquele novo lar. O prédio era silencioso, os vizinhos não se metiam, ninguém batia à sua porta. Paz — do jeito que ela gostava. Num certo dia, ao entrar no elevador, apertou o botão do seu andar e esperou. A porta começou a se fechar, mas travou e se abriu novamente. Ali estava ele. Matias. Seu novo vizinho. Lara prendeu o ar por um instante. A beleza daquele homem era marcante, quase hipnótica. Seu rosto carregava uma peculiaridade difícil de explicar. Cabelos longos e ondulados caíam até o peitoral coberto pelo terno escuro e o sobretudo preto. A barba, cheia, era bem cuidada. Mas foram os olhos que a desarmaram: azuis, gélidos, profundos. Um azul que não convidava — ameaçava. Mas o que realmente a paralisou foram as mãos dele. Estavam sujas de sangue. Um tom seco, escurecido, contrastando com o resto impecável de sua aparência. Lara desviou o olhar, passou por ele com cuidado, evitando qualquer contato, até mesmo o mais sutil toque de ombro. Só pensava em se trancar no apartamento, girar a chave, respirar. Assustada, sim. Mas também... algo mais. Enquanto destrancava a porta, não resistiu e olhou para trás. O elevador ainda estava aberto. Ele permanecia ali, imóvel, fitando-a com intensidade. Seus olhos mantinham o mesmo tom gélido, quase impassível. Só quando as portas se fecharam é que ela voltou a respirar. O coração pulsava acelerado. Medo. Desejo.

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Capítulo 1

Conhecendo a casa do assassino

PRÓLOGO

Lara Gaspar precisava se mudar com urgência. Havia um ano que ela saíra do orfanato. Conseguiu se virar com a ajuda de um amigo e alugou uma pequena quitinete.

Mas, infelizmente, os proprietários queriam a casa de volta.

Ela trabalha em uma loja de conveniência, num posto de gasolina. Seu salário não é grande coisa, então a preocupação logo a assolou. Afinal, é difícil encontrar algum canto onde possa viver com um valor acessível.

Mas seu melhor amigo a salvou. Andrea, um italiano que se mudou para o Brasil desejando conhecer algo novo. Sua família tem boas condições financeiras.

Ele deixou que Lara morasse em seu segundo apartamento, sem precisar pagar aluguel. É um bom amigo. Eles se conheceram quando Lara saiu do orfanato e, desde então, não se separaram.

O apartamento é perfeito. Fica próximo à Lagoa do Iriry, em Rio das Ostras.

E foi ali que tudo começou. Duas semanas de paz... só duas semanas.

Pois depois que ela se deparou com seu vizinho — sedutor, charmoso, discreto e calado — parado em frente ao elevador... com as mãos sujas de sangue...

O caos e a insegurança se instalaram em sua alma.

Ela não sabe do que ele é capaz. O medo de saber que ele mora ao lado tirou sua paz.

NARRAÇÃO DE LARA GASPAR

— Está muito silencioso... — sussurrei, olhando para o teto.

Meu melhor amigo estava ali, deitado ao meu lado na cama, os dois com os pés encostados na parede, tentando escutar qualquer ruído vindo da casa vizinha.

— Você está enlouquecendo, Lara. Eu só estou aqui porque você cismou que o galã do prédio pode ser um possível serial killer. Por acaso andou assistindo à série do Jeffrey Dahmer? — provocou Andrea.

— Cala a boca! — Tampei a boca dele na hora. Bastou ouvir qualquer ruído vindo daquele apartamento de um assassino. Eu tenho certeza! Ele tem cara desses homens gelados... assassinos... que não poupam nem a própria família.

Um barulho de copo quebrando me fez sentar na cama com o coração disparado.

— Precisamos chamar a polícia! — encarei Andrea, que apenas riu e jogou um travesseiro no meu rosto.

— Não viaja. Eu vou tirar essa dúvida agora mesmo.

Olhei Andrea saindo da cama. Pulei atrás dele, desesperada, e segurei seu pulso.

— Não! Nem pense nisso, Andrea! Temos só uma vida. Lembra o que acontece com as vítimas em filmes de terror? Eles caminham direto para o perigo... e o que acontece? São decapitados!

Andrea gargalhou, soltando minha mão.

— Para de ser louca. Morar sozinha não tá te fazendo bem. Ele é só um vizinho novo. E você só acha que viu as mãos dele sujas de sangue. Vai ver o cara pinta quadros nas horas vagas... dentro do apartamento.

— De terno?! Ele estava de terno! Isso é coisa de máfia... tem cara de poderoso... e, pelo que sei, ele mora no maior apartamento do prédio! — afirmei.

Andrea suspirou, entediado:

— Che diavolo... che ragazza testarda...

Revirei os olhos. Odeio quando Andrea inventa de falar italiano... provavelmente está me xingando.

— Para de falar italiano!

— Então pare de ser teimosa. Tô falando sério... ricos são estranhos. Eles têm costumes peculiares. Conheço um amigo da minha família que pinta quadros pelado... segundo ele, se inspira mais.

— Imagino a cena... — ri. Ele também riu, ajeitando a blusa.

— Ele pesa cento e quarenta quilos. Os empregados devem sofrer ao ver a cena!

Gargalhei, mas me calei no mesmo instante. Tapei a boca ao ouvir alguém batendo na casa vizinha... talvez um martelo? Andrea saiu do meu apartamento e meu desespero só aumentou.

— Andrea! — o chamei aos sussurros pelo corredor, tentando impedir que ele batesse na porta do vizinho assassino.

— Relaxa, ragazza... Quero apenas dar boas-vindas. Acho que no fundo é paixão o que você sente.

Sacudi as mãos em desespero, pedindo pra ele voltar. Mas não... ele se aproximou da porta... perigo... perigo... E então bateu.

Meu corpo travou. Meu rosto adormeceu. Não quero ver meu único melhor amigo ser morto bem na minha frente!

Meu coração quase parou quando o homem abriu a porta. Seus cabelos estavam soltos. Ele trazia curiosidade no olhar. Usava um avental vermelho... acho que estava cozinhando um cadáver. Provavelmente se trata de um canibal. Ele tem um rosto... de leão. Se um leão fosse gente... seria ele.

— Olá... fiquei sabendo que você é o novo vizinho. Queria te desejar boas-vindas. Minha amiga mora no apartamento ao lado. — Andrea falou, apontando para mim.

Sorri... amarelo de medo... bastou ele olhar pra mim. Fiquei mais atrás, sem coragem de me aproximar. Ele não é expressivo. Não sorri. Não faz nada. Apenas encara... e seus olhos gélidos fazem qualquer um paralisar.

— Acho que já a encontrei no elevador. Obrigado pela recepção.

— Não se preocupe... se quiser ter amigos, ou sair aos finais de semana...

— Eu trabalho muito. — O vizinho respondeu sério, encarando Andrea.

Tá na cara... é um psicopata.

— Entendi... Bom, se por acaso quiser se aproximar... fique à vontade. Eu me chamo Andrea Bazzo... sou italiano. E minha amiga se chama Lara Gaspar. Ela... bem... a gente não sabe muito sobre o paradeiro dos pais dela... então se é brasileira ou italiana... fica o mistério.

Encarei Andrea com indignação. Ele tá praticamente me jogando na cova dos leões, contando assim da minha vida!

O homem, sem esforço, é carregado de sedução. Sorriu... de lado... só um pouco. Abriu mais a porta.

— Gostariam de entrar? Estou preparando um bom jantar. Eu me chamo Matias Lopes. Sou espanhol, mas vivo há muitos anos no Brasil.

Andrea olhou pra mim animado, aguardando que eu desse os passos até a casa do... assassino.

— Acho melhor outro dia. — Afirmei, morrendo de medo.

Andrea bufou, entediado, e me puxou pelo braço.

— Vamos, amiga! Você precisa de novos amigos!

Ele praticamente me arrastou pra dentro do apartamento daquele homem que tanto temo. Matias sorriu e fechou a porta.

Olhei o ambiente: amplo... lindo, por sinal. As paredes com tom creme... janelas enormes mostrando a lagoa inteira. Perdi a fala. A sala de estar é elegante e requintada.

Um assassino rico...

— Fiquem à vontade. Posso servir algo para beber? — Ele passou por mim com calma. O cheiro amadeirado do perfume dele me lembrou o dia do elevador... o dia das mãos sujas de sangue.

Ele é um assassino... eu tenho certeza!

— Aceito uma taça de vinho. — Andrea respondeu, bem cara de pau... só falou isso porque viu Matias pegando uma garrafa da pequena adega na sala.

Socorro.

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Elaine Marinho
o livro é muito bom! Os personagens são bem escritos, a história é muito boa e ficamos envolvidos com a trama, esperando sempre por mais! estou adorando
2025-05-22 20:27:17
2
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Kari
Obrigada amiga ...
2025-05-22 07:40:04
2
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Greice Neves
Se os primeiros capítulos estão maravilhosos assim, imagino o decorrer da história, amando o envolvimento de Lara com o seu vizinho .........
2025-05-21 21:31:22
2
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