MEU VIZINHO ASSASSINO

MEU VIZINHO ASSASSINOPT

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Última actualización: 2025-07-24
Kari  Completo
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Resumen
Índice

LARA GASPAR Lara Gaspar é uma jovem de dezenove anos, dona de si. Independente, não colocava o amor como prioridade — Era cheia de vida. Tinha um carisma natural, mas também um certo desleixo — e por isso evitava receber amigos em seu apartamento. Um apartamento novo. Gostava do lugar. Os vizinhos não incomodavam, ninguém batia à sua porta. Era o silêncio que ela precisava. Até aquele dia. Entrou no elevador distraída, esperando apenas chegar ao seu andar. Mas, assim que as portas se abriram, lá estava ele. Matias. Seu novo vizinho. Ela parou. E encarou. A beleza daquele homem a atingiu de imediato. Havia algo de raro em seus traços — o tipo de beleza que não pede licença para impressionar. Cabelos longos e ondulados desciam até o peitoral, a barba era grande, mas bem aparada. Os olhos, de um azul glacial, pareciam capazes de atravessar a alma. Mas não foi nada disso que mais chamou sua atenção. Foram as mãos. Suas mãos estavam sujas de sangue. Apesar do terno impecável e do sobretudo preto que lhe dava um ar elegante e imponente, o tom escuro e seco nas mãos destoava de tudo. Vermelho Assustador. Lara prendeu o ar. Passou por ele com cuidado, evitando até que seus ombros se encostassem. Só queria se trancar em casa, fechar a porta e esquecer aquela imagem. Algo dentro dela se agitou. Medo? Talvez. Mas havia também outra coisa. Algo mais fundo. Um desejo inexplicável. Um encantamento absurdo por aquele olhar frio e o rosto sereno. Ao destrancar a porta do seu apartamento, virou-se uma última vez. O elevador ainda estava aberto. E ele ainda estava lá, fitando-a. Seus olhos se mantiveram nos dela até que as portas se fecharam. Seu coração disparou. Era medo. Era excitação. Era o começo de algo.

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Capítulo 1

Conhecendo a casa do assassino

PRÓLOGO

Lara Gaspar precisava se mudar com urgência. Havia um ano que ela saíra do orfanato. Conseguiu se virar com a ajuda de um amigo e alugou uma pequena quitinete.

Mas, infelizmente, os proprietários queriam a casa de volta.

Ela trabalha em uma loja de conveniência, num posto de gasolina. Seu salário não é grande coisa, então a preocupação logo a assolou. Afinal, é difícil encontrar algum canto onde possa viver com um valor acessível.

Mas seu melhor amigo a salvou. Andrea, um italiano que se mudou para o Brasil desejando conhecer algo novo. Sua família tem boas condições financeiras.

Ele deixou que Lara morasse em seu segundo apartamento, sem precisar pagar aluguel. É um bom amigo. Eles se conheceram quando Lara saiu do orfanato e, desde então, não se separaram.

O apartamento é perfeito. Fica próximo à Lagoa do Iriry, em Rio das Ostras.

E foi ali que tudo começou. Duas semanas de paz... só duas semanas.

Pois depois que ela se deparou com seu vizinho — sedutor, charmoso, discreto e calado — parado em frente ao elevador... com as mãos sujas de sangue...

O caos e a insegurança se instalaram em sua alma.

Ela não sabe do que ele é capaz. O medo de saber que ele mora ao lado tirou sua paz.

NARRAÇÃO DE LARA GASPAR

Estava tudo silencioso demais.

— Está muito silencioso — sussurrei, olhando para o teto. Andrea, meu melhor amigo, estava deitado ao meu lado na cama. Nossos pés encostavam na parede enquanto tentávamos ouvir qualquer ruído vindo da casa vizinha.

— Você está enlouquecendo, Lara. Só estou aqui porque você cismou que o galã do prédio pode ser um serial killer... Andou assistindo àquela série do Jeffrey Dahmer?

— Cala a boca! — tapei a boca do Andrea, justamente quando um ruído veio do apartamento do vizinho. Um assassino. Eu tenho certeza! Ele tem aquele perfil: frio, calculista, com cara de quem não pouparia nem a própria família.

Um som seco de vidro se estilhaçando me fez sentar na cama com o coração disparado.

— A gente precisa chamar a polícia! — Encarei Andrea, mas ele apenas riu e atirou um travesseiro na minha cara.

— Para de viajar. Eu vou tirar essa dúvida agora mesmo — disse, se levantando da cama.

Desesperada, pulei e segurei seu pulso.

— Não! Nem pense nisso, Andrea! A gente só tem uma vida! Lembra o que acontece nos filmes de terror? As vítimas vão direto pro perigo... e aí: decapitadas! — Andrea gargalhou, soltando minha mão.

— Você é louca. Morar sozinha definitivamente não está te fazendo bem. Ele é só um novo vizinho. Vai ver você confundiu. Talvez ele pinte quadros no tempo livre...

— De terno?! Ele estava de terno! Isso é coisa de máfia. Tem cara de poderoso. E, pelo que sei, mora no maior apartamento do prédio! — afirmei, convicta.

Andrea suspirou, entediado.

— Che diavolo... Che ragazza testarda...

Revirei os olhos. Detesto quando Andrea começa com esse italiano dele. Provavelmente está me xingando.

— Para de falar italiano.

— Então para de ser teimosa. Tô falando sério. Gente rica é estranha mesmo. Conheço um amigo da família que pinta quadros... pelado. Diz ele que se sente mais inspirado assim.

— Eu consigo imaginar a cena — falei, rindo.

Andrea riu também, ajeitando a blusa.

— Detalhe: ele pesa cento e quarenta quilos. Os empregados devem sofrer ao entrar na sala.

Gargalhei, mas logo me calei. Tapei a boca com a mão ao ouvir uma batida — talvez um martelo — vindo do apartamento ao lado. Andrea saiu do meu apê e eu entrei em pânico.

— Andrea! — sussurrei desesperada no corredor, tentando impedir que ele batesse na porta do nosso vizinho-assassino.

— Relaxa, ragazza. Quero dar as boas-vindas. No fundo, acho que é paixão o que você sente — disse ele, debochado.

Fiz sinal para que voltasse. Ele já estava próximo demais daquela porta. Perigo, perigo... E então ele bateu.

Meu corpo congelou. Senti o rosto formigar. Eu não queria presenciar meu melhor amigo sendo morto diante de mim.

Meu coração quase parou quando o homem abriu a porta.

Estava com os cabelos soltos, os olhos carregados de curiosidade. Usava um avental vermelho. Está cozinhando um cadáver, pensei. Provavelmente é um canibal. O rosto dele parece o de um leão — se leões fossem gente.

— Olá, fiquei sabendo que você é o novo vizinho. Queria te dar as boas-vindas. Minha amiga mora no apartamento ao lado — disse Andrea, apontando pra mim.

Sorri amarelo, escondida mais atrás, sem coragem de me aproximar. O homem não sorria, não fazia nada. Apenas me encarava com um olhar gélido, paralisante.

— Acho que já a vi no elevador. Obrigado pela recepção.

— Imagina. Se quiser ter amigos, ou sair nos finais de semana...

— Trabalho muito — cortou, seco.

Na cara que é um psicopata.

— Entendi... Bom, se um dia quiser se enturmar, fique à vontade. Me chamo Andrea Bazzo, sou italiano. E minha amiga aqui é a Lara Gaspar. Ela... bem, não se sabe do paradeiro dos pais. Então, se é brasileira ou italiana, é um mistério.

Encarei Andrea, incrédula. Ele quer me matar com essas informações? Jogar minha vida assim, nas mãos de um psicopata sedutor?!

O homem sorriu de canto, quase imperceptivelmente, e abriu mais a porta.

— Gostariam de entrar? Estou preparando um jantar. Meu nome é Matias Lopes. Sou espanhol, mas moro no Brasil há muitos anos.

Andrea me lançou um olhar animado, esperando minha decisão. Ele queria mesmo que eu entrasse na casa daquele homem.

— Acho melhor deixarmos para outro dia — falei, com a voz trêmula.

Andrea bufou entediado e me puxou pelo braço.

— Vamos, amiga! Você precisa de novos amigos!

E me arrastou para dentro do apartamento daquele homem que tanto me assustava.

Matias sorriu e fechou a porta.

O lugar era lindo. Amplo, decorado com paredes em tom creme e janelas enormes com vista para a lagoa. A sala era requintada, elegante. É um assassino rico...

— Fiquem à vontade. Posso servir algo para beber? — perguntou, passando por mim calmamente.

Seu perfume amadeirado me envolveu. Era o mesmo que senti no elevador, no dia em que vi suas mãos sujas de sangue. Ele é um assassino. Eu sei!

— Aceito uma taça de vinho — disse Andrea, com a cara mais lavada do mundo, só porque viu Matias se aproximando de uma pequena adega.

Meu corpo inteiro tremia. Eu não sabia como agir. Apenas o observava caminhar. Ele era intimidador. Enigmático. Até o andar dele era atraente. Tão sedutor que, por um instante, esqueci do medo.

Soltei uma lufada de ar e desviei o olhar. Ele me fitava com discrição. Meu corpo reagiu de um jeito estranho.

Falei comigo mesma, em silêncio: “Para de encarar... Para agora... Antes que ele ache que você é uma louca.”

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Grazie
Será que vai postar o livro: O Dom com o coração de gelo que está em andamento na outra plataforma? Torcendo que sim.
2025-08-11 04:38:50
0
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Grazie
Adorei o Livro. Seus livros sempre envolventes e com aquele toque de humor que nos faz rir bastante. Espero que poste outros livros em breve.
2025-08-11 04:36:48
0
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Elaine Marinho
o livro é muito bom! Os personagens são bem escritos, a história é muito boa e ficamos envolvidos com a trama, esperando sempre por mais! estou adorando
2025-05-22 20:27:17
2
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Kari
Obrigada amiga ...
2025-05-22 07:40:04
2
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Greice Neves
Se os primeiros capítulos estão maravilhosos assim, imagino o decorrer da história, amando o envolvimento de Lara com o seu vizinho .........
2025-05-21 21:31:22
2
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