NARRAÇÃO DE MIGUEL BAZZO...
Luna desapareceu na noite como um sopro amargo, e a paz começou, lentamente, a se reorganizar dentro de mim — lenta, mas firme. Voltei meus olhos para Petrina. Ela ainda segurava os papéis da separação em uma das mãos, mas o olhar… o olhar era todo meu.
— Não se sinta insegura — disse, antecipando o que vi cintilar por um segundo em seus olhos.
Petrina soltou o ar com força. Irritada. Furiosa.
— Eu ainda estou tentando entender se ouvi isso mesmo! Ela quer que você assuma um filho que não é seu?!
Sorri, me aproximando devagar, como quem acalma uma fera — a minha fera, linda e indomável.
— Isso não vai acontecer. Só quero vocês. E, sinceramente… gostei da sua resposta, Petrina. Foi firme. Foi o basta que a gente precisava. Chega de mentira.
Enquanto eu falava, ela pareceu se acalmar. Os ombros relaxaram, e os olhos, antes faiscantes, se suavizaram com meu toque.
— Não quero mais ver essa mulher — resmungou.
— Eu vou garantir que ela fique longe. Agora, mudan