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Vizinho bom samaritano

NARRAÇÃO DE LARA GASPAR...

Comentei que torcia para não ter um pesadelo com meu vizinho.

Mas minhas preces não foram atendidas.

Recordo claramente daquele pesadelo.

Estava deitada, sem conseguir me mover, sem conseguir gritar. Lá estava ele, parado em frente ao pé da minha cama, suas mãos estavam sujas de sangue.

É sempre o mesmo pesadelo, seus olhos brilham mesmo no escuro. Seu rosto não demonstra nenhum sentimento, seus olhos não piscam. Mas algo diferente aconteceu naquele pesadelo, algo mais assustador. Ele subiu na cama. Colocou seus joelhos sobre o colchão, causando-me pavor, me arrastei para atrás. O mesmos sentimentos me abraçavam. Medo e desejo, bastou o fitar enquanto soltava seus cabelos ondulados, desabotuou seu casaco mostrando seu abdomen pálido e muito sarado, ele é tão branco que parece ser pintado.

Soltei uma lufada de ar, quando senti suas mãos quentes e sujas de sangue, tocando em minhas pernas. Ele as deslizou sobre minha canela até minha coxa, deixando um rastro de sangue pelo caminho. Mesmo amedrontada, deitei minha cabeça no travesseiro. Uma sensação de torpor sobreveio à mim. O cheiro dele é doce, como baunilha, sua barba é lisa e macia. Soube pois toquei. Ele colocou suas pernas no meio das minhas, senti claramente uma ereção. Senti um desejo intenso, como se meu corpo implorasse por um toque mais profundo, queria senti-lo dentro de mim. Apenas para acalmar o fogo que se acendeu em meu corpo. Minha intimidäde pulsava descontroladamente. Ele aproximou seus lábios em meu ouvido e sussurrou.

- Não se mexa, eu vou te matar lentamente. - Acordei ofegante, me sacudindo na cama. Totalmente suada. Na frente da cama, havia um imenso espelho, me encarei confusa e assustada. Coloquei a mão na testa me perguntando se eu posso ser maluca, ou sem noçãö. Como assim?! Minha calcinha está molhada e meu coração está acelerado de tanto medo! Como isso pode acontecer?

Acho que a síndrome de Estolcomo que Andrea comentou, sobreveio à mim. Eu morro de medo dele, Ok.

Mas também acho ele irresistivelmente sedutor, lindo, gostoso e delicioso. Como um doce que admiro pela vitrine de uma padaria. Aguando para experimentar, mas é caro e também sou alérgica.

Sacudi a cabeça me repreendendo daqueles pensamentos errados. Ele é uma ameaça e não uma isca!

Levantei sentindo minhas pernas bambas, decidi tomar uma ducha pela manhã, antes de ir para o trabalho. Tirei minha calcinha me perguntando se a menstruação se adiantou, pois essa era a sensação. Juro que travei ao ver minha calcinha molhada, um líquido totalmente transparente. Certo, isso nunca aconteceu comigo. Talvez o motivo seja fato de ser virgem, e curiosa sobre a vida sexüal. Prefiro acreditar nisso, do que pensar que eu tenha tido meu primeiro orgasmo, dentro de um pesadelo. Se eu contar isso para Andrea, ele vai gritar em meio às gargalhadas. Afirmando que tenho a síndrome de Estolcomo.

Eu não tenho isso, minha saúde mental está ótima!

Depois do banho, me arrumei para o meu trabalho. Aquele que tanto odeio! Meu patrão é ignorante, os clientes são um porre, e meu salário é uma porcaria! Tudo isso para combinar com minha vida medíocre. Porque não tenho nem direito de pedir demissão, caso contrário ficarei sem comida e não pagarei minhas contas.

Saí do meu apartamento com zero vontade de trabalhar. Caminhei pelo corredor até chegar em frente ao elevador.

Iria apertar o botão, mas quem fez isso?! O vizinho assassino. Ele estava logo atrás de mim, e apertou o botão primeiro. Será que é cedo para infartar?

Prendi até mesmo a respiração, parece que ele sabe que tive um orgasmo sonhando com ele.

- Bom dia. - Ele falou parando ao meu lado.

- Bom dia. - Falei sem olhar em sua direção. Será que ele vai estranhar se eu descer pelas escadas?

Pensei muito e não agi. A porta do elevador se abriu, ele deu espaço para minha entrada.

Entrei, a sensação é de viver um dejavú. Mas sobre algo que me recordo claramente, dividir o elevador com ele.

Entramos em silêncio, o mais constrangedor, é que o elevador mostra nosso reflexo. Eu estava com cara de doida, percebi que amarrei meus cabelos errado. Estava em rabö de cavalo, mas havia alguns fios tortos.

- Eu não me recordo do seu nome. - Ele quebrou o silêncio olhando em minha direção. Soltei um sorriso amarelo.

- Lara. - Mantive o sorriso me perguntando. "Quem esquece desse nome?! Lara! L-A-R-A! É tão simples com apenas quatro letras.

- Aah, sim. Seu amigo te apresentou, mas ele falava com tanta pressa.

- Sim. Acho que a maioria dos Italianos falam como se estivesse correndo. - Ele riu colocando as mãos no bolso.

- O sotaque é como se estive querendo recitar uma poesia. - Matias falou entre os risos.

- Sim! - Confirmei rindo. Mas diminui o sorriso ao me lembrar do perigo. Andrea pode afirmar que ele seja um bom vizinho samaritano, mas não foi o que eu vi.

Fiquei séria encarando a porta do elevador, torcendo para sair do mesmo ambiente que ele. E finalmente a porta do elevador se abriu. Saí quase correndo.

- Até mais. - Ouvi ele falar logo atrás de mim. Acho que ali fiz papel de um animal selvagem. Não respondi, apenas fugi do prédio, com sentimentos confusos.

Chamei um uber e finalmente segui para o meu segundo pesadelo. O trabalho.

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