NARRAÇÃO DE LARA GASPAR...
De fato me sentia desnorteada, primeiro porque eu nunca fui de bater boca, nunca entrei em algum tipo de confronto. Não é à toa que carrego uma cicatrizes do que fizeram comigo, eu nunca soube me defender. Essa é a minha fraqueza, eu travo, fico suando frio, coração dispara e é claro o choro vem. Sou cagona para defender-me, morro de medo de apanhar, creio que os gatilhos vieram na infância rodeada de garotas maldosas, prontas para me machucar. Então ao me deparar naquela situação, confrontando meu ex-patrão e pedindo demissão. É claro que o choro se fez presente, sou chorona para essas coisas...
Só não queria chorar na frente do Matias, mäl conheci meu vizinho e lá estava lhe atendendo forçando um sorriso ridículo, enquanto as lágrimas rolavam sobre o meu rosto. É claro que Matias não queria mais nenhum café, a preocupação ficou estampada em sua face, foi discreto ao me retirar daquela loja de conveniência. Alegando que eu estava atrasada para ir ao Horto.