Mundo de ficçãoIniciar sessãoSinopse – Evy, a Feia Eve Lissandra Cabalero Bradford nunca conheceu o verdadeiro significado da palavra amor. Filha da elegante herdeira Samantha Hilary Cabalero Bradford e do ambicioso Jeffrey John Bradford, ela cresceu dentro de uma mansão cercada de luxo, mas marcada por segredos letais. O que Evy não sabia é que sua mãe vinha sendo envenenada lentamente durante nove anos pelo próprio marido — o homem que se casou apenas por interesse, enquanto mantinha um relacionamento secreto com sua antiga secretária, Clarice Bebo Bradford. Dessa relação nasceu Lilibeth Marie, a meia-irmã de Evy, um ano mais velha, criada como a verdadeira “princesa” da família. Às vésperas da morte, Samantha descobre toda a verdade. Traída, dilacerada, mas ainda determinada a proteger a filha, ela age em silêncio: convoca seu advogado e cria um fundo fiduciário secreto, transformando Evy em milionária sem que o pai jamais saiba. Seu último conselho ecoa como uma profecia: “Esconda sua beleza até que chegue a hora certa. Só assim você sobreviverá.” Após o enterro da mãe, Evy perde tudo: seu quarto, seu espaço, sua dignidade. É jogada para viver como uma criada dentro da própria casa, obrigada a usar roupas largas, óculos fundo de garrafa e uma peruca para disfarçar os ruivos cabelos herdados da mãe. Ridicularizada como “a feia”, cresce entre humilhações, desprezo e a sombra opressora da meia-irmã Lilibeth. 🌑 “Evy, a Feia” é uma história sobre traição, herança e renascimento. Um romance de dor e vingança, mas também de coragem, beleza e amor verdadeiro.
Ler maisO Último Segredo de Samanta
Eu tinha vinte e sete anos quando o destino resolveu me cobrar pressa. O relógio do meu pai já não girava como antes. Ele, meu herói, estava frágil, cansado, doente. E eu era a única filha que ele tinha no mundo. Naquela noite, sentei-me ao lado da cama, segurando a sua mão quente e trêmula. Os olhos dele, mesmo cansados, ainda brilhavam com aquela força que sempre guiou a minha vida. Foi ali que ouvi as palavras que mudariam tudo. — Filha… eu preciso de uma última alegria antes de partir. Quero te ver casada. Quero segurar meu neto. O nó na minha garganta não me deixou responder de imediato. Eu não tinha namorado, não tinha planos. Meu mundo girava em torno de laboratórios, pesquisas, fórmulas, pacientes. Eu já tinha salvo milhares de vidas com meus medicamentos, mas nunca tinha pensado em salvar o sonho do meu pai. Até aquele momento. — Mas papai… eu… — tentei argumentar, mas ele apertou minha mão. — Jeffrey. — pronunciou com a firmeza de quem dá uma ordem amorosa. — Ele é honesto, trabalhador, um bom homem. Eu confio nele. Foi assim que aceitei. Não por mim. Mas por ele. Casei-me com Jeffrey John Bradford. Não foi um conto de fadas. Mas, contra todas as previsões, eu me apaixonei. Sim, me apaixonei. Cada sorriso, cada gesto de cuidado, cada promessa que ele me fazia, eu acreditava como uma menina sonhadora. No primeiro mês, engravidei. E nunca vou esquecer o rosto do meu pai quando contei. Ele chorou. Ele disse que podia partir em paz. E eu vivi daquele brilho por semanas. Depois… tudo mudou de lugar. Jeffrey começou a se afastar do meu corpo. Não quis mais me tocar. Dizia que tinha medo de machucar o bebê. E eu quis acreditar. Passei a aceitar as noites em que ele me trazia um chá morno para que eu “descansasse melhor”. Eu bebia, o sono vinha rápido, e quando acordava, ele já estava distante. Talvez em outro quarto. Talvez em outro mundo. Quando minha filha nasceu — minha Evy Lissandra, meu pedaço de eternidade —, meu pai resistiu ainda três meses. Morreu sorrindo, acreditando que me havia protegido. E eu fiquei. Eu tinha vinte e sete anos quando a vida mudou de ritmo. Meu pai, já debilitado, me chamou para o quarto e, com a voz fraca, mas ainda firme, fez um pedido que não tive forças para recusar: — Filha, eu quero te ver casada… quero segurar meu neto antes de partir. Não havia namorado, não havia planos. Havia apenas meu trabalho nos laboratórios, a ciência, e a responsabilidade de carregar o sobrenome Cavaleiro Bradford. Mas naquele instante, entre a morte e o amor do meu pai, eu escolhi ceder. Ele já tinha escolhido por mim: Jeffrey John Bradford, um homem que ele considerava honesto, trabalhador, de confiança. Casei-me com ele não por paixão, mas por gratidão ao meu pai. E, contra todas as previsões, eu me apaixonei. Engravidei no primeiro mês de casamento. Quando dei a notícia ao meu pai, as lágrimas correram pelo seu rosto cansado. Por três meses ainda ele resistiu, apenas para ter a certeza de que veria a neta nascer. Partiu pouco depois, em paz. E eu fiquei. A cada dia, olhando para minha filha, Ivy Lissandra, meu coração se enchia de gratidão. Eu era cientista, bilionária, criadora de remédios que salvavam milhões de vidas… mas nada me fazia sentir mais poderosa do que ser mãe daquela menina de olhos verdes como esmeraldas. Jeffrey, ao contrário, parecia satisfeito com apenas uma filha. Sempre dizia: — Basta, Sam. Ivy já é mais do que suficiente. Eu trabalhava tanto que não insisti. Aceitei que nosso mundo fosse apenas ela. O tempo correu. Quando Ivy completou nove anos, comecei a sentir uma fraqueza que não fazia sentido. Era como se minha energia fosse drenada dia após dia. No início, atribuí ao excesso de trabalho, à maternidade, à rotina pesada. Mas logo os sintomas ficaram mais fortes: dores de cabeça, tonturas, lapsos de memória. E havia um detalhe que nunca questionei… minha secretária, sempre tão atenciosa, me trazia todos os dias um chá especial, “feito do jeitinho que a senhora gosta, doutora Samanta”. Eu bebia, agradecia, e nunca desconfiei. Até que uma noite, voltando para casa, desmaiei. Lembro-me do desespero de Jeffrey me carregando nos braços, a voz dele trêmula: — Sam, o que você tem? Fala comigo! No hospital, os exames vieram como uma sentença inesperada: aneurisma cerebral. Eu, a cientista que tantas vezes desvendei fórmulas, não consegui encontrar explicação para o que estava acontecendo dentro do meu próprio corpo. O médico foi direto: — A senhora precisa de uma cirurgia de emergência. Há risco de ruptura. Pode custar a sua vida… mas também pode salvá-la. Olhei para Jeffrey. Ele parecia em pedaços. — Sam, não faça… eu não posso te perder. Segurei sua mão, com a serenidade de quem já sabia que estava diante do limite: — Jeffrey, a nossa filha é muito pequena. Ela precisa de nós dois. Se há uma chance de continuar viva, eu vou tentar. Naquela mesma madrugada, chamei meu advogado de confiança. Minhas mãos tremiam, mas minha voz saiu firme: — Preciso garantir o futuro da minha filha. O meu pai já tinha feito um acordo antigo com o senhor Clifford. Quando Ivy completar vinte e um anos, ela deverá se casar com o neto dele, Leon. Quero que esse contrato esteja amarrado em cláusulas inquebráveis. E quero um fundo fiduciário intocável, até o dia certo. Ele tentou questionar, mas eu não cedi. — Faça o que for preciso. Ela precisa estar protegida. Poucas horas depois, entrei na sala de cirurgia. Antes de ser levada, beijei minha filha, que dormia tranquila, sem saber de nada. — Eu te amo, Ivy — sussurrei, com lágrimas nos olhos. — Um dia, quando crescer, você vai entender tudo o que a mamãe fez por você. Foi a última vez que a vi acordada. Entrei no centro cirúrgico com esperança. Mas nunca mais despertei.AGRADEÇO Queridos leitores,Chegamos ao fim de mais uma história.Mais uma novela daquelas que fazem a gente rir, chorar, se emocionar e, acima de tudo, refletir sobre as voltas que a vida dá.De coração, espero que vocês tenham gostado dessa jornada tanto quanto eu gostei de escrevê-la.Cada personagem, cada diálogo, cada reviravolta foi criada com muito amor, com o desejo de tocar o coração de vocês, porque é isso que me move — escrever histórias que tenham alma, verdade e sentimento.Eu sempre digo: eu não escrevo apenas romances, eu escrevo vidas, e dentro delas existem erros, perdões, recomeços e esperanças.Essa novela não foi diferente. Tivemos dor, perda, redenção, amor, lealdade, e principalmente família — o maior alicerce de tudo.O Leon e a Ivy começaram com um contrato, mas o destino transformou aquilo que parecia obrigação em um amor puro e duradouro.Eles provaram que o amor verdadeiro é aquele que amadurece, que perd
O FIM DE CLARICE E CHARLOTTE LILIBETO tempo não apaga os rastros daquilo que se planta.Para alguns, o destino é colheita; para outros, castigo.E, enquanto o amor florescia em terras de paz, o passado cobrava seu preço em silêncio, nas esquinas distantes do mundo.México — O Cativeiro DouradoNo coração do México, cercada por muros altos, câmeras e segredos, Charlotte Lilibet acreditava ter vencido.Depois que sua agenda fora exposta e seu nome manchado, ela fugira pela fronteira, com o pouco que conseguira salvar de suas antigas “negociações”.Tinha certeza de que, longe dos Estados Unidos, recomeçaria do zero — com charme, artimanhas e o sorriso que sempre abrira portas.E abriu, mais uma vez… mas desta vez, para o inferno.Casou-se com um milionário de setenta anos, conhecido nos círculos discretos de luxo e escândalos.Um homem de fala mansa, mas de olhar frio — Don Alfredo Menchaca, um magnata do petróleo e dos
DEZ ANOS DEPOISO tempo, generoso com quem vive o amor em plenitude, havia passado como um sopro suave.Dez anos se foram desde o dia em que Leon e Ivy disseram “sim” diante do altar, prometendo amor eterno sob os olhos atentos do avô Clifford e de toda a família.Agora, o velho Clifford, com noventa anos de idade, estava ali, sentado em sua poltrona de linho bege, o olhar cansado, mas lúcido e feliz.As rugas que marcavam seu rosto pareciam trilhas de uma vida bem vivida — e os olhos azuis ainda guardavam o mesmo brilho de orgulho e serenidade.Ao seu redor, um retrato de alegria:Seis crianças, correndo e rindo entre flores e laços, vestidas como pequenos anjos.Três meninos e três meninas — o reflexo vivo do amor de Leon e Ivy, um amor que multiplicou vida, esperança e luz.Samanta, a primogênita, agora com 11 anos, era o espelho da mãe: cabelos ruivos, olhos que misturavam doçura e firmeza.Cliffordzinho, o gêmeo dela, esta
O tempo passou como um sopro manso de felicidade.As viagens, o trabalho e os dias tranquilos em família transformaram a casa de Leon e Ivy em um lar cheio de risadas, brinquedos espalhados e amor multiplicado.Os gêmeos mais velhos cresciam lindos e saudáveis — Samanta, curiosa e falante, e Cliffordzinho, corajoso e protetor.Mas, numa manhã ensolarada, Ivy acordou com uma sensação diferente.Enquanto arrumava a cozinha, sentiu um leve enjoo, uma tontura passageira.Leon, sempre atento, se aproximou.— Amor, você está pálida. Está tudo bem?Ela sorriu de canto.— Não sei... talvez seja só cansaço.Mas o teste de farmácia, comprado horas depois, não deixou dúvidas.Quando as duas linhas cor-de-rosa apareceram, ela levou as mãos à boca e começou a rir e chorar ao mesmo tempo.Leon entrou no quarto e a encontrou com o teste nas mãos.— Ivy... não me diga que...Ela o olhou com os olhos marejados e u
Três dias haviam se passado desde o parto.O sol entrava suave pela janela do carro quando Leon e Ivy voltaram para casa com os recém-nascidos nos braços.O portão se abriu lentamente e, antes mesmo que o veículo parasse, Lili, Jeffrey e Clifford, o avô de Leon, já estavam à espera, com sorrisos largos e olhos marejados.— Meus bisnetos! — exclamou o velho Clifford, estendendo os braços trêmulos, mas cheios de vigor. — Agora sim, eu posso morrer em paz.Leon riu, entregando um dos bebês ao avô.— De jeito nenhum, vovô. O senhor tem que viver muito ainda!Clifford piscou, espirituoso:— Ah, pra ver os próximos, é isso?Ivy, rindo, ajeitou os gêmeos no colo.— Mais? Será que nós vamos ter mais, Leon?Ele se aproximou, encostando os lábios no ouvido dela.— Se depender de mim, sim. Só basta você querer.Ela gargalhou.— Vamos esperar esses crescerem um pouco primeiro!— E os outros dois que já temos? — perguntou ele, brincando. — Com esses, já somos seis em casa!— Mas lá na Escócia eram
O portão se abriu lentamente, e as vozes alegres ecoaram pelo jardim.Lili e Jeffrey estavam na varanda, e os gêmeos correram ao ver o carro se aproximando.— Papá,Mamã! — gritaram ao mesmo tempo, estendendo os bracinhos.Ivy desceu primeiro, rindo e se ajoelhando para abraçá-los.— Meus amores! Como eu senti saudade de vocês!Leon se aproximou logo atrás, os olhos marejados.— E eu também, meus campeões! Papai contou os dias pra ver esses sorrisos de novo.Lili observava emocionada.— Eles sentiram tanto a falta de vocês… — disse, sorrindo. — Mas foram maravilhosos, deram muito trabalho esses anjos ? Claro que não deram trabalho nenhum! Foram os anjinhos de sempre, que quiserem viajar, podem deixar conosco, ficaremos sempre felizes em cuidar deles, sempre será uma alegria.Jeffrey riu e completou:— Com certeza é e o teu avô, Leon ficou aqui direto com os bisnetos. Não desgrudava deles nem por um segund





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