Casada Com o Alfa Bilionário

Casada Com o Alfa Bilionário PT

Lobisomem
Última atualização: 2025-09-25
Rosana Lyra  Atualizado agora
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10
1 Classificação
15Capítulos
20leituras
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Resumo
Índice

— “Você não faz ideia do que significa ser minha.” — “E você não faz ideia do inferno que eu posso ser.” Amara nunca quis ser moeda de troca. Mas quando a empresa da família afunda em dívidas e a ruína bate à porta, descobre que seu destino já estava traçado: o preço da salvação é se casar com Damian Blackwell, o bilionário mais poderoso e temido da cidade. Ele não pediu seu coração. Pediu seu nome, seu corpo, sua obediência. Frio, calculista e dominador, Damian esconde mais do que contratos, por trás do terno impecável, vive o Alfa de uma linhagem marcada pela escuridão… e a escolha dele não foi acaso. Amara é a sua Luna. A única capaz de acalmar a fera. A única que ele não pode deixar escapar. Entre contratos assinados em sangue, jantares cercados de repórteres e noites em que a fera uiva por libertação, ela jura que jamais se dobrará. Ele promete que não descansará até marcá-la como sua. 🔥 Um casamento arranjado. 🔥 Um Alfa bilionário que transforma negócios em correntes. 🔥 Uma Luna que prefere incendiar o mundo a ser prisioneira. E no meio de tudo… um vínculo que nem o destino ousa quebrar.

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Capítulo 1

Capítulo 1 – O Preço da Ruína

Amara

Eu sempre achei que o barulho das máquinas no escritório do meu pai parecia um coração. Naquela tarde, cada clique de teclado soou como soluço, e o nosso mundo respirou errado. Pastas abertas, números vermelhos, café frio.

— Pai? — minha voz falhou. — O auditor voltou?

Ele não ergueu os olhos. Segurava a caneta como quem segura um corrimão antes do tombo.

— Vieram todos — disse. — Banco, fornecedores, amigos. “Renegociação” virou piada.

Minha mãe fechou a porta devagar. O perfume de jasmim não venceu o metal do desespero.

— Amara, sente-se — pediu.

Sentei, e a cadeira pareceu virar jaula.

— Quanto tempo nos resta? — perguntei.

— O tempo acabou — respondeu meu pai.

A frase ricocheteou. Eu sabia que estava ruim, não sabia que tinha acabado.

— Há uma proposta — disse minha mãe, escolhendo sílabas como quem pisa em vidro. — Uma saída.

— Vender tudo? Eu trabalho em dois turnos. Três.

— Não é isso — disse ela.

Meu pai tirou os óculos, massageou o nariz.

— Damian Blackwell.

O nome caiu grosso. Eu o conhecia: o bilionário que comprava empresas sem mudar a expressão. Sorriso raro, influência onipresente.

— O que tem ele? — forcei.

— Ofereceu ajuda — disse minha mãe. — Em troca de um acordo.

— Que acordo?

Meu pai contornou a mesa, encolhido.

— Casamento — disse. — Com ele.

O chão cedeu. Fiquei consciente do corpo: dedos frios, coração batendo forte.

— É piada?

— Não — minha mãe sussurrou. — Ele quita dívidas, mantém a empresa, salva empregos. Em troca, quer você.

— Quer me comprar? — levantei. — Virei linha de orçamento?

Os olhos da minha mãe brilharam de lágrimas.

— Você acha que eu permitiria se houvesse outra saída?

— Fui eu que pedi a conversa — disse meu pai, rouco. — Ele disse que admira sua disciplina. Viu seus projetos. Quer alguém como você ao lado.

Ri sem humor.

— Ao lado? Ou na coleira?

— Amanhã os salários não saem — ele disse. — As máquinas param. Duzentas famílias junto.

Duzentas famílias. Rostos, nomes, crianças no “dia da fábrica”.

— Por que eu? — perguntei. — Entre tantas, por que eu?

— Porque você não se vende — disse minha mãe. — E homens como ele desejam o que não podem possuir.

Fui até a janela. A cidade seguia, indiferente. O vidro estava frio. Eu podia fugir. Mas e eles? E os outros?

— Se eu aceitar, — disse sem virar — quais são as regras?

— Contrato — respondeu minha mãe. — Oficialmente, nada imposto. Mas você sabe, homens como ele impõem com os olhos.

Uma raiva limpa me cortou.

— Eu aceito — falei, surpresa com a firmeza.

Minha mãe levou a mão à boca. Meu pai cambaleou um passo.

— Com condição: ninguém me quebra. Nem ele.

A porta se abriu. Virei. O homem no batente era alto, impecável, a presença chegava antes do corpo. Os olhos eram cinza que, sob certa luz, lembrava âmbar.

— Não sabia que tínhamos platéia — provoquei.

Damian Blackwell fechou a porta com um clique e atravessou a sala. Não estendeu a mão.

— Senhor e senhora Vasquez — disse, grave. — Vim ouvir a resposta da sua filha.

— O senhor entra sem bater? — perguntei.

— Quando o prédio está em chamas, as portas ficam abertas — respondeu. — E o seu está em chamas.

— Minha resposta é sim — atropelei, antes que meus pais pedissem desculpas.

Ele me olhou. Um exame. Minha pele se arrepiou.

— Razões? — perguntou.

— Não negocio com o destino. Eu o encaro.

A mandíbula dele tensionou.

— Haverá termos: proteção, sigilo, aliança. E regras.

— Eu tenho as minhas — avancei. — Continuo os estudos, trabalho, visito meus pais quando quiser. E não assino silêncio.

— Aceito dois itens. O “quando quiser” vira agenda. O silêncio vira discrição.

— Eu não gosto de coleiras.

O silêncio esticou. Minha mãe reteve o ar. Meu pai pigarreou. Ele sorriu de canto.

— Descobriremos do que você gosta, Amara. E do que precisa.

O sangue subiu quente… raiva e algo mais, que recusei nomear.

— Assinamos hoje — decretou, voltando-se para meu pai. — Amanhã cedo os bancos terão os números. A empresa não fecha.

— E eu? — perguntei. — O que eu tenho amanhã cedo?

Ele me encarou. O mundo coube dentro do olhar dele.

— Meu sobrenome.

Meu pai sufocou um soluço. Minha mãe apertou minha mão. Mantive o queixo erguido.

— Então que seja, senhor Blackwell — disse. — Mas entenda, não sou parte do seu patrimônio. Sou a mulher que atravessa impérios. Se tentar me quebrar, sangra comigo.

Ele inclinou a cabeça, mínima saudação.

— Veremos, futura Sra. Blackwell.

Ele saiu levando o cheiro de chuva cara. Meu pai encostou na parede. Minha mãe me abraçou, trêmula.

— Você tem certeza? — sussurrou.

— Tenho. Entro por nós. Saio por mim.

***

Assinamos no escritório do advogado, sob luz neutra. Li cláusulas enquanto ele me observava.

— Se eu quiser sair? — perguntei.

— Você não vai — disse. — Mas, se insistir, haverá preço.

— Soa a ameaça.

— Soa a verdade.

Assinei.

Na volta, o carro dele nos deixou em casa. Ele não tocou minha mão. Mediu distâncias como quem mede território.

— Amanhã às oito — disse. — Traga um vestido. Vermelho.

— Prefiro preto.

— Vermelho é para quem escolhe ser vista.

O carro partiu. Minha mãe apertou meus dedos, eu tremia.

— Ele parece um presságio — disse ela.

— Ele é um presságio — corrigi.

Subi para o quarto e encostei a cabeça na porta. No escuro, sussurrei:

— Você é lâmina.

Desci. Meu pai me esperava no corredor.

— Filha… — a voz falhou. — É ele… ou nossa ruína.

Eu abracei os dois. E decidi que, se o destino tentava me vender, eu o compraria de volta com a única moeda que ele não entende: vontade.

Naquela noite, não consegui dormir. O vestido vermelho que ele exigiu parecia me encarar dentro do armário, como um inimigo silencioso. Fechei os olhos e imaginei o futuro: mesas de vidro, arranha-céus refletindo a lua, e eu ao lado de um homem que todos temem.

Senti medo, mas também um fio de desafio acendendo dentro de mim. Eu não nasci para ser prisioneira. Se Damian Blackwell pensa que pode me possuir como empresa, logo descobrirá que não sou linha em contrato, sou tempestade inteira.

A lua entrou pela janela, banhando meu corpo de prata. Respirei fundo e prometi em silêncio:

— “Você pode ser minha ruína, Damian… mas eu serei o seu inferno.”

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Clesia Damares leite
Que delícia de enredo .... já vou devorar cada capítulo ...️...️‍...
2025-09-25 09:07:49
1
15 chapters
Capítulo 1 – O Preço da Ruína
Capítulo 2 – O Noivado Forçado
Capítulo 3 – A Noite da Proposta
Capítulo 4 – Entre Sorrisos e Olhares
Capítulo 5 – O Casamento Secreto
Capítulo 6 – A Primeira Noite
Capítulo 7 – O Olhar da Fera
Capítulo 8 – Correntes Invisíveis
Capítulo 9 – Primeira Rebeldia
Capítulo 10 – O Segundo Toque
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