Após ser traída e ameaçada por seu próprio companheiro, aquele em quem ela acreditava ter encontrado amor verdadeiro, Riley estava pronta para deixar a alcateia e recomeçar. No entanto, seu ex-companheiro não a deixaria partir tão facilmente. Em sua tentativa desesperada de escapar dele, ela se viu forçada a assinar um contrato com o perigosíssimo, porém igualmente fascinante, Alfa Thane. - O contrato era simples. Riley precisava apenas agir como a companheira do Alfa por seis meses, e depois estaria livre para partir, com uma fortuna como pagamento para recomeçar sua vida. O Alfa Thane não acreditava em relacionamentos, então ele deixou isso muito claro. Mas ele queria Riley de outras formas, e iria tê-la. - — Como eu sei que você não vai me machucar? Como posso saber que estarei segura com você? — Perguntei, baixando os olhos. O olhar intenso dele estava sobre mim, e ele parecia um verdadeiro predador. — Você não estaria. Eu não sou um homem muito gentil, Riley, e deveria saber disso sobre mim. Eu a protegeria de todas as outras pessoas, exceto de mim mesmo. — Você me machucaria? — Perguntei. As mãos dele desceram suavemente pelas minhas bochechas. — Sim. - Riley estaria assinando um contrato com o próprio Diabo?
Leer másATENÇÃO: OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS CONTÊM CENAS DE VIOLÊNCIA. LEIA COM CAUTELA.THANE.Eu era capaz. Sabia que seria capaz de estilhaçar aquelas correntes. A fúria transformava-se em força bruta. Puxei com todas as fibras do corpo e os elos se partiram. Arranquei os tubos que haviam sido usados para injetar fluidos na minha corrente sanguínea e cambaleei até ficar ereto.Ouvi passos aproximando-se e posicionei-me ao lado da porta. Nyaos entrou e percebeu a cadeira vazia. Eu sentia o odor do medo que emanava dele, e esse temor era justificado. Fechei a porta atrás de nós, somente então ele me viu. Girou sobre os calcanhares, os olhos arregalados de pavor, quando mergulhei a mão no peito dele, forçando-me entre as costelas até alcançar o coração. A boca abriu-se num grito que não chegou a nascer.— A arma amaldiçoada não é a única forma de matar um ancião. — Sussurrei antes de arrancar-lhe o coração.A visão do sangue se tornou tão inebriante que despertou em mim uma sede de carnificina. Eu
RILEY.Eu não podia me virar. Se o fizesse, ele veria as lágrimas que eu já não conseguia conter. Aquilo destruiria tudo e a minha frágil encenação chegaria ao fim, por isso mantive o olhar fixo na porta.— Quando eu sair daqui, vou matar o seu amante, Nick, e, depois disso, vou matar você, vadia.Essas palavras me perseguiriam para sempre. A voz dele soara glacial. Pela primeira vez, indaguei se havia tomado a decisão correta. Temia que a minha tentativa de salvá-lo acabasse por extirpar o último resquício de humanidade ao qual ele ainda se agarrava.— Você foi muito convincente ali atrás. — Nick disse. — Quase acreditei que talvez nunca tenha gostado mesmo dele. Ele pareceu furioso. Eu ficaria o mais longe possível dele, se fosse você.— Pare de falar.— Ah, qual é. Esse era o acordo. Supere…Eu acertei um soco no rosto dele, interrompendo-o. O sangue escorreu de seu nariz e os olhos dele cintilaram de ira. Ele me empurrou contra a parede e meu crânio, ainda fragilizado pelo ataque a
THANELembrei-me das palavras de Regnux. Ele suspeitara de Riley e, provavelmente, notara algo que eu, cego pela devoção, não conseguira enxergar.Lembrei ainda do súbito desaparecimento de Riley e de como, a partir daquele momento, ela passou a insistir em acompanhar-me a todos os lugares. Era a única que conhecia o esconderijo das chaves da cela de Bailey e, mesmo assim, preferi crer na existência de uma cópia. Estava disposto a aceitar qualquer explicação, menos a verdade que, gritante, permanecera diante dos meus olhos.Um tolo, foi isso que descobri ser.As evidências pareciam cristalinas e, ainda assim, eu recusava-me a aceitá-las. Não podia ser verdade. Já tivera o coração despedaçado antes. A morte de Bella deixara-me uma chaga tão profunda que eu não conseguira sarar sozinho, razão pela qual Axel criara um vínculo comigo para dividir aquela dor.Contudo, jamais amara uma companheira como amei Riley e, por isso mesmo, recusava-me a crer no óbvio. A verdade escancarava-se diante
THANEEu não conseguia mover-me. Devia ser por causa daqueles malditos fluidos que me injetavam direto nas veias. Fui obrigado a suportar horas de dor e agonia, e o único conforto que encontrei nesse período foram os poucos minutos em que pensei em Riley.Temia que a tivessem capturado também. Não me importava de ser levado, estava disposto a trocar a minha vida pela dela, se necessário. Ela poderia voltar para Axel, eu tinha certeza de que ele cuidaria bem dela, e ela viveria o resto dos seus dias em paz. O problema residia no fato de que, naquele estado, a minha existência não valia o bastante para uma barganha. Detestava admitir, porém eu me encontrava completamente à mercê deles, e só poderia reverter essa condição caso conseguisse arrancar-me daqueles malditos tubos.A dor aumentava a cada instante. Talvez aquele fosse o meu fim. Passei a vida eliminando pessoas. Sim, a maioria delas ousara desafiar-me, e outras estavam simplesmente na hora errada, no lugar errado, por isso talvez
Eu sempre soubera que Bailey não era uma boa pessoa. Desde a primeira vez em que a havia visto, algo nela me provocara repulsa, mas aquilo ultrapassava tudo o que eu compreendia como maldade.Ela não apenas torturaria Thane, como também me torturaria. Ele me odiaria. Mesmo após a minha morte, jamais descobriria a verdade, ou seja, que fora Bailey quem me compelira; ainda assim, se ele continuasse vivo ao fim de tudo, valeria a pena. Sim, ele não teria mais o lobo, porém conservaria a própria vida.— E como vou saber que você não vai me apunhalar pelas costas depois que eu fizer o que quer? — Questionei. Eu não confiava em Bailey, e reconhecia isso.— Você realmente tem escolha aqui?Aquilo também era verdade. Eu não possuía exatamente uma escolha.— Leve-me até ele.— Dê a ele um dia. Ele estava fraco demais para reagir naquele momento....Um dia.Foi isso que Bailey exigira, mas eu teria preferido atravessar a barreira e confessar tudo a Thane naquele instante, encerrando logo o torm
PONTO DE VISTA DE RILEYEu permanecia sozinha naquela sala de contenção deserta, presa à cadeira para a qual haviam me arrastado. O eco cadenciado de passos que se aproximavam capturou minha atenção.Bailey retornara, outra vez.— Seu companheiro está aqui. — Ela falou com frieza. — Como já lhe disse, sentimentos nos enfraquecem, e esse foi o erro dele.— Não ouse fazer mal a ele. — Alertei, debatendo-me contra as correntes.— Imagino que queira vê-lo, não é? — Ela perguntou, e eu não respondi, pois não permitiria que percebesse o quanto eu desejava correr até ele. Ela se aproximou, retirou as correntes, e eu, no mesmo instante, disparei em direção à porta. No momento em que toquei a maçaneta, a prata queimou minha mão. — Pode chamar de carma. Lembra-se da adaga de prata que usou contra mim?— Deixe-me sair.— Eu a deixarei, mas antes precisamos esclarecer uma coisa. Em tudo o que fizer, não tentará escapar deste lugar. Entendeu? — Ela ordenou, e eu assenti, compelida. — Ótimo. Agora v
Último capítulo