Após ser traída e ameaçada por seu próprio companheiro, aquele em quem ela acreditava ter encontrado amor verdadeiro, Riley estava pronta para deixar a alcateia e recomeçar. No entanto, seu ex-companheiro não a deixaria partir tão facilmente. Em sua tentativa desesperada de escapar dele, ela se viu forçada a assinar um contrato com o perigosíssimo, porém igualmente fascinante, Alfa Thane. - O contrato era simples. Riley precisava apenas agir como a companheira do Alfa por seis meses, e depois estaria livre para partir, com uma fortuna como pagamento para recomeçar sua vida. O Alfa Thane não acreditava em relacionamentos, então ele deixou isso muito claro. Mas ele queria Riley de outras formas, e iria tê-la. - — Como eu sei que você não vai me machucar? Como posso saber que estarei segura com você? — Perguntei, baixando os olhos. O olhar intenso dele estava sobre mim, e ele parecia um verdadeiro predador. — Você não estaria. Eu não sou um homem muito gentil, Riley, e deveria saber disso sobre mim. Eu a protegeria de todas as outras pessoas, exceto de mim mesmo. — Você me machucaria? — Perguntei. As mãos dele desceram suavemente pelas minhas bochechas. — Sim. - Riley estaria assinando um contrato com o próprio Diabo?
Ler maisNunca tinha ido tão longe antes. Foi a primeira vez que ela quase me drenou completamente, e eu sabia que não seria a última.Acordei na sala de cura; minha visão estava turva, mas consegui distinguir vagamente a figura do meu pai ao meu lado.— Onde ela está?— Ela está no quarto. — Ele respondeu.Senti um leve medo — não por mim, mas por ela. Algo estava prestes a dar terrivelmente errado.E eu estava certo.Ela não me visitou, nem mesmo depois de eu ter recebido alta dos curandeiros. A cicatriz no meu braço era mais uma adição às outras, mas eu realmente não me importava com as cicatrizes; se alguém perguntasse, eu sempre inventava alguma desculpa de que tinha sido mordido por um animal selvagem.Depois de um mês inteiro sem ver nem um vislumbre do rosto da minha mãe, fui visitá-la. Bati à porta do apartamento dela, mas não houve resposta. O mau pressentimento que vinha crescendo desde que acordei na sala de cura estava ainda pior agora. Recuando, derrubei a porta.Entrei em seu apa
PONTO DE VISTA DE ALEXANDERNOVE ANOS ATRÁSMinha mãe, Riley, me observava à distância. Eu podia ver o desejo em seus olhos — o desejo de estar perto do filho. Eu a via quase todos os dias — exceto quando ela se trancava no quarto — e, ainda assim, parecia existir uma distância entre nós; nunca poderíamos ter um relacionamento normal de mãe e filho. Eu sabia disso.O hematoma no meu pescoço ainda doía, uma ferida causada por ela — mas eu sabia que ela não estava em si. Eu podia perceber no momento em que o interruptor virava e seu demônio assumia o controle. Eu já era forte o suficiente para enfrentá-la, mas preferia morrer a machucar minha própria mãe. A dor de cada mordida era suportável, mas a ideia de levantar a mão contra a mulher que me deu a vida — isso, eu não conseguia suportar.Acenei desajeitadamente para ela, e ela sorriu, com lágrimas nos olhos.Caminhei em direção a ela; seus olhos se arregalaram em pânico, e ela se virou, retornando para seu quarto, fugindo pelos corredo
— Não tenha medo; você veio para confessar seus pecados e implorar pela misericórdia do deus da luz; não há nada a temer. — Disse Julia para mim, e eu assenti, mas meus olhos permaneceram fixos no chão.O Alto Regente Gregold levantou-se e caminhou até o meu lado.— Estamos reunidos aqui com a Escolhida do deus da luz; ela cometeu um erro e está aqui para expiar suas falhas.— Continue. — Incentivou Julia, e eu finalmente ergui os olhos.— Eu desonrei a mim mesma, esta casa e tudo o que é sagrado. Trouxe vergonha e reprovação; o tempo todo pensei que estava certa, achei que estava perdendo algo, mas eu estava errada. Tudo o que eu sempre precisei estava aqui, mas falhei em enxergar. Fui cegada pelo meu próprio egoísmo. A Imperatriz Julia me ajudou a ver meus erros e… — Minha voz se quebrou, e comecei a soluçar. Chorar nunca foi difícil para mim; era fácil deixar algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto. — Eu me sinto tão envergonhada de mim mesma; fui fraca. Não mereço a misericórdia
Tantas perguntas nublavam minha mente — perguntas sobre Trian. Sempre achei que ele fosse misterioso, mas talvez eu tenha subestimado tudo. Ele me deixou com tantas dúvidas sem resposta. Como ele escapou do Abismo? Como conseguiu entrar no meu quarto? E como, em nome de tudo, ele desapareceu no ar?Ele havia me perguntado se eu confiava nele. E eu confiava — mais do que em qualquer outra pessoa na minha vida, embora, para ser sincera, nunca houveram muitas. Ele disse que voltaria por mim; também me disse o que eu teria que fazer. Eu não sabia quais eram seus planos, mas não tinha escolha a não ser confiar cegamente.Dois dias se passaram. Eu sabia que Julia apareceria a qualquer momento, mas desta vez eu estava preparada.A porta foi aberta, e ela entrou com o maior sorriso no rosto, trazendo uma bandeja de comida nas mãos. Eu não estava com muita fome; dois dias sem comer não eram nada para mim, e Trian havia se certificado de que eu estivesse bem alimentada. Eu sabia exatamente o que
— Como você saiu de lá? Isso é impossível…Ele colocou um dedo sobre meus lábios.— Sem perguntas; não posso respondê-las agora. — Disse, levantando-se.— Para onde você vai?Ele pegou a bandeja de comida; eu nem tinha notado, mesmo que o cheiro tivesse preenchido o quarto. Toda a minha atenção estava nele. Minha boca se encheu de água na mesma hora.— Você se lembra da primeira vez que eu trouxe comida escondido para você? — Ele perguntou.— Nunca vou esquecer.Ele me passou a bandeja, e eu a segurei com as mãos trêmulas. Esvaziei a garrafa de água antes de devorar toda a comida do prato. Quando terminei, olhei para cima e vi que ele me observava.Seus olhos desceram pelo meu corpo, notando os hematomas, e eu não consegui evitar tentar escondê-los. Eu estava na minha pior forma, e me perguntei se isso o irritava.— Desculpe por não estar aqui para te proteger daquilo. — Ele disse, e eu sabia ao que ele se referia.— Eu mereci.— Não, você não merece. — Ele respondeu, sentando-se ao me
Cinco dias.Foi quanto tempo eu fiquei sem comida ou água. Meu estômago roncava pela milésima vez; meus ossos doíam, eu mal conseguia me manter em pé. Olhei pela pequena janela, observando os pássaros voarem.Eu os invejava. Pelo menos eles eram livres.Talvez eu morresse de sede e o deus da luz encontrasse outro ‘Escolhido’.A porta estava destrancada, e Julia entrou, com uma bandeja de comida nas mãos. Minha boca salivou instantaneamente.— Com fome? — Perguntou, e apesar de mim mesma, assenti.— Trouxe comida para você. Mas terá que merecê-la. Na última vez que nos encontramos, você disse tantas coisas blasfemas. Sei que não quis dizer, mas o acordo é simples: tudo o que precisa fazer é se apresentar diante das outras imperatrizes e confessar seus crimes. — Disse com um sorriso.— Confessar meu crime? Eu não cometi nenhum crime. — Minha voz soou seca. — Você condena um homem inocente à morte; VOCÊ é o problema, você e as outras imperatrizes distorcidas. Que se danem todas vocês.O s
Último capítulo