Aurora Lemos é uma jovem brilhante, forte e determinada, marcada por uma infância dura e uma irmã doente que depende da sua coragem para sobreviver. Quando recebe uma proposta indecente - um casamento por contrato com o CEO e emocionalmente frio, Leonardo Vasconcellos - Aurora aceita, acreditando que poderá manter o coração fora da equação. Mas sentimentos não seguem cláusulas. Entre segredos do passado, e rivais perigosos e uma paixão que ameaça destruir seus muros, Aurora descobre que o verdadeiro contrato do destino não é assinado com caneta - mas com alma, coragem e amor.
Ler mais---A notícia da morte do meu pai parece um pesadelo do qual não consigo acordar.Ele se foi por minha causa — por tentar carregar o peso de uma casa falida, uma filha doente e outra perdida entre estudos, currículos rejeitados e dívidas que cresciam como ervas daninhas.Cada lembrança dele agora dói como uma lâmina afiada.Ontem, quando chegamos em casa, eu e Sofia fomos direto para o quarto dele. O cheiro ainda estava lá… o mesmo aroma suave de sabonete que sempre ficava em suas roupas. Deitamos na cama, abraçamos suas camisas como se fossem braços e choramos até o corpo não aguentar mais.Sofia acabou passando mal; preparei um chá, dei-lhe o remédio e fiquei ao lado dela até que o sono a levasse.Margo ficou comigo a noite toda. Sentada ao meu lado, não disse muito, mas sua presença era um escudo contra o desespero. Eu e Sofia a amamos. Agradeço a Deus por ela estar aqui — porque sozinha… eu não conseguiria.Ainda estava no quarto d
Ponto de vista: Leonardo Vasconcellos— Ei, espera!Mas ela não esperou. Saiu correndo. Recebeu uma notícia, e eu sei que não é boa. Do jeito que ela ficou pálida... é coisa séria. E eu entendo — veio do hospital. Já recebi ligações assim. Eu sei como é.— Senhor? Está me ouvindo?A voz do Pedro, meu motorista, me puxou de volta. Eu estava paralisado. Me dirigi até o carro, e ele já ia abrir a porta para mim. Levantei a mão.— Não precisa.Não sou nenhum inválido. Detesto esse tipo de servilismo exagerado. Há quem pense que estar acima do mundo significa ser arrogante. Eu estou, sim, acima de muitos. Mas nunca acima da dignidade de ninguém.Entrei no carro, mas meus pensamentos ficaram nela: Aurora. Um nome leve, bonito. Maldito nome. Não posso estar pensando nela assim. Isso não está certo.Olhei pela janela e vi Ricardo saindo do prédio. Peguei meu celular.— Alô?— Ricardo, me segue até em casa. Preciso falar com você.Desliguei antes que ele respondesse. Ele conhece meu tom. Sabe
POV de Aurora--- BAM! Esbarrei com força em uma parede. Dei um grito, assustada. — Olha por onde anda! — a parede... falou? Espera um pouco. Ele não é uma parede! As paredes não reclamam — e com certeza não têm um cheiro amadeirado tão intenso, sedutor e elegante. Espera... no que eu tô pensando? Olhei para cima. E dei de cara com a tal "parede". Linda. Aliás, "lindo" é eufemismo. Cabelo loiro impecável, olhos verdes como esmeraldas — daquele tipo que te leva pra dar uma volta na floresta amazônica em segundos, e depois te traz de volta... montado num cavalo branco e tudo. Ele era alto. Muito alto. Devia ter, sei lá, 1,90m. Eu tenho 1,70m e ainda assim precisei levantar bem o pescoço para olhar pra ele. Espera... por que eu tô encarando? Desviei o olhar, corando. Notei que minhas coisas tinham caído e me abaixei rapidamente para juntá-las. — Me desculpa — murmurei, sem coragem de olhar de novo para ele. Mas, num piscar de olhos, ele também se abaixou. Nossas m
POV Leonardo Vasconcellos Eles não estão interessados só no contrato. Estão interessados na imagem. — Isso é ridículo — murmurei, passando os dedos pela ponte do nariz antes de me afundar na cadeira de couro preto do meu escritório. — Isso não é uma fusão empresarial. É chantagem familiar com gravata italiana. Às vezes, quando queremos muito alguma coisa, precisamos sacrificar outra para conseguir. Nem sempre o sacrifício vale a pena, é verdade... mas, muitas vezes, ele vale — e muito. E eu sei que, para alcançar o que quero, terei que abrir mão de algo importante. Não da minha vida literalmente, mas da minha privacidade, da minha liberdade. Terei que abrir a porta da minha casa e deixar outra pessoa entrar. Tudo por causa de uma condição. Uma exigência inesperada que me foi imposta para que esse contrato milionário se concretize. Ganhar dinheiro não é o ponto — eu já ganho. Já sou um dos melhores na minha área, aqui no Brasil e fora dele. Tenho empresas espalhadas ao redor
> Nota da Autora: Esta história se passa no Brasil, porém a cidade, instituições e empresas retratadas são criações fictícias. Qualquer semelhança com nomes reais é mera coincidência. POV de Aurora A chuva caía fina sobre a cidade, lavando os telhados como lágrimas silenciosas do céu. Apertei o meu sobretudo velho em volta do corpo magro e corri pelas calçadas molhadas, os sons dos meus tênis ecoando como batidas de um coração apressado. A entrevista de emprego tinha sido um desastre—uma porta fechada na minha cara "de novo". Eu parei em frente a um prédio luxuoso no centro financeiro e fiquei olhando o reflexo de uma mulher cansada e ensopada. “Se ao menos eu pudesse recomeçar…” Eu vou contar a vocês a minha história. Não foi nada fácil, mas, graças a Deus, ainda estou aqui, e vou lutar até o fim pelas pessoas que eu amo. --- Eu sou Aurora Lemos, tenho 23 anos. Sou filha de um mecânico que fez de tudo para garantir o pão na nossa mesa. Infelizmente, meu pai tem um pro
Último capítulo