A Vingança do CEO Rejeitado

A Vingança do CEO RejeitadoPT

Romance
Última actualización: 2025-06-30
Elena Beaumont  Completo
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Resumen
Índice

Tags: bilionário possessivo, casamento contratual, reencontro de ex, vingança, segredo do passado, mãe doente, tensão sexual, amor proibido Lara nunca imaginou que um dia precisaria implorar ajuda ao homem que partiu seu coração. Anos atrás, ela rejeitou Dorian Vega — um estudante ambicioso, pobre, e apaixonado demais por ela. Hoje, ele é um bilionário frio, poderoso… e rancoroso. Quando a mãe de Lara adoece e as contas se tornam impagáveis, ela é obrigada a aceitar a proposta que Dorian coloca sobre a mesa: 🔒 Um contrato de casamento. ⏳ Duração indeterminada 💰 Dinheiro suficiente para salvar sua mãe. Ela só não esperava que Dorian quisesse mais que sua presença. Ele quer controle. Vingança. E talvez… o que restou do seu coração. “Você me rejeitou no passado. Agora, é minha.” Mas quanto tempo dois corações feridos conseguem resistir antes de explodirem em desejo? TRILOGIA CONTRATO ARDENTE Livro 1: Protagonistas Dorian e Lara Livro 2: Protagonistas David e Catarina Livro 3: Protagonistas Benjamin e Alexis.

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Capítulo 1

Capítulo 1 – A Frieza de Chamas Antigas

LARA

As portas espelhadas se abrem com um sopro de ar frio e a elegância sufocante que envolve o mundo de Dorian. É diferente de quando nos conhecemos e ele ainda estava desenvolvendo o negócio. Tudo entre nós mudou desde que o deixei. O mármore negro no hall, a recepcionista com olhar treinado para detectar quem pertence ali — e quem não pertence.

Eu claramente não pertenço.

Respiro fundo, com os ombros tensos e a bolsa apertada contra o peito. Meu coração está em colapso. Não por ele. Por ela. Pela mulher que me ensinou tudo sobre dignidade, e que agora, do lado de fora daquele elevador, depende da minha capacidade de engolir o orgulho.

O mundo desmoronou na minha cabeça na última semana. Perdi o emprego justo quando minha mãe mais precisava de ajuda.

— Lara Andrade? — a secretária repete meu nome com desconfiança, como se confirmasse algo absurdo.

Assinto. Minha voz não sai.

Ela analisa minha roupa simples, o nervosismo evidente. Alguém como eu não entra assim, sem hora marcada. Mas mencionei o nome dele e disse que nos conhecemos há mais de uma década. Mostrei fotos antigas, que eu nem deveria ter mais. E isso tem peso. Por mais que ela ache que eu esteja mentindo, se for verdade, como de fato é, e ela não avisá-lo, poderia se complicar.

Ela respira fundo e pega o telefone.

— Estou com uma… Lara Andrade na recepção. Disse que precisa falar com o senhor, é urgente.

A pausa parece durar séculos. Então a resposta vem, seca:

— O senhor Dorian informou que não tem nada a tratar com você.

Nada.

Minha garganta arde.

— Pode dizer a ele que é sobre a Natália, que é caso de vida ou morte? — minha voz sai, finalmente. — Ele conhece.

Ela repete a frase, em voz baixa.

Mais silêncio. Mais uma negativa.

Nada.

Nada a ser dito.

Nada a ser ouvido.

Nada restou.

A mulher desliga.

— Sinto muito, senhorita. O senhor Dorian está em reunião e pediu que a senhorita não insista.

Não insista.

Meus pés permanecem ali por mais um segundo. Eu sou uma mulher adulta, acostumada a me virar sozinha. Mas isso… isso é diferente. Isso é minha mãe. E ele sabe disso.

Dou um passo para trás. Outro. As paredes de vidro distorcem meu reflexo. Eu pareço mais jovem, mais frágil, mais perdida do que gostaria. Não choro ali. Mas os olhos ardem.

Viro as costas.

E é nesse exato momento que a porta da sala dele se abre com força. O silêncio do hall é rasgado pela presença que sempre tomou tudo ao redor como se o mundo fosse dele por direito.

Dorian Vega.

O homem que me amou. O homem que eu deixei. O homem que agora me olha como se eu fosse poeira indesejada no caminho.

Ele para. Me encara. E diz, baixo, frio, direto:

— Cinco minutos. No meu escritório.

Não é um convite.

É um decreto.

A sala é ampla, masculina, decorada com madeiras escuras e couro. Ele anda até a mesa e se senta, como se estivesse diante de um fornecedor ou uma acusada — não da mulher que, um dia, dormiu com a cabeça no peito dele.

Fico de pé. Não me ofereço para sentar.

Não sei se mereço.

Não sei se ele deixaria.

— Fale. — Ele cruza os braços.

— Minha mãe… — começo, e já sinto a emoção me trair. — A Natália. Você a conheceu. Ela precisa de uma cirurgia urgente. É cara. Muito. Eu perdi o emprego. Não tenho como pagar. Nenhum plano cobre. E os médicos dizem que não há tempo a perder. Eu… eu pensei…

Ele ergue uma sobrancelha.

— Que eu deveria bancar a cirurgia?

— Não é isso. — Engulo em seco. — Eu pensei que talvez você pudesse me dar um emprego. Qualquer coisa. Eu trabalho por cada centavo. Não estou pedindo caridade. Estou pedindo uma chance.

Ele se inclina levemente para frente.

— E por que, exatamente, eu daria isso a você?

— Porque eu sou boa no que faço. E porque você me conhece. — Minha voz quebra, mas me recomponho. — Porque, no fundo, mesmo com tudo que aconteceu, você sabe que eu não estaria aqui se não fosse urgente.

Ele fica em silêncio. Longo demais.

E quando fala, é uma lâmina.

— Você esteve ausente por anos. Foi embora sem explicações. Sumiu. E agora aparece implorando. Isso não é um pedido de ajuda, Lara. É chantagem emocional disfarçada de súplica.

— Não é isso…

— Acha que um bom choro vai me lembrar do que eu sentia por você?

A dor é física.

Ele sabe exatamente onde bater.

— Não. — murmuro. — Mas pensei que você ainda fosse humano o suficiente para entender.

Ele se levanta. Anda até mim com passos lentos, frios. Para a um palmo de distância. E diz, firme:

— Sinto muito pela sua mãe. Mas não tenho nada a oferecer a você. Nem emprego. Nem dinheiro. Nem empatia. Essa porta está aberta, Lara. Use-a antes que eu mande alguém fechá-la e enxotá-la daqui como você fez comigo anos atrás.

Fico ali por um segundo. Assimilando a dor.

Então me viro.

E saio.

Sem olhar para trás, lutando para não derramar lágrimas na frente dele.

As palavras dele reverberam dentro do meu peito como estilhaços. Não pela crueldade em si, mas pela precisão com que foram lançadas. Dorian nunca desperdiçou uma frase. Cada sílaba era uma escolha, e hoje cada uma delas foi uma punição cuidadosamente construída.

O elevador parece longe. Meus passos soam pesados demais para o silêncio polido do hall. A recepcionista me observa de novo, agora com um misto de pena e desconforto. Ela sabe o que aconteceu. Mesmo sem ouvir, sabe. Pessoas treinadas para sobreviver nesse tipo de ambiente aprendem a ler o peso das derrotas nos ombros dos outros.

Entro no elevador sem olhar para ninguém. O espelho de fundo me devolve uma imagem esfarelada: olhos marejados, rosto pálido, postura vacilante. Não quero ser essa mulher. Mas por alguns instantes… eu sou.

As portas quase se fecham quando uma mão as intercepta. Alguém entra. Uma voz educada, leve, atravessa o espaço.

— Está tudo bem?

Não consigo responder de imediato. Limpo os olhos disfarçadamente com o dorso da mão.

— Aparentemente, não. — ele mesmo responde, com um meio sorriso contido. — Mas com o histórico de vocês, seria estranho se estivesse.

Viro o rosto para ele. É Benjamin, sócio e melhor amigo do Dorian. Ele é bonito, mas não é só isso. Tem um ar de alguém que está sempre em controle, mas que não precisa provar isso. Paletó escuro, gravata alinhada, barba bem feita, e um olhar atento demais para alguém que acabou de me encontrar depois de tantos anos.

— Me desculpa. Eu… não estou no meu melhor dia.

— É evidente. — Ele estende a mão.

Aceito o aperto de mão com um aceno tímido.

— O que te trouxe aqui, Lara?

Meu estômago se contorce.

— Medo, com certeza. Esperança, talvez.

Ele sorri de lado, com uma expressão que mistura surpresa e compreensão.

— Achei que fosse você quando te vi passando. Foi estranho.

A vergonha me toma com força. Se ele sabe quem sou, ele também sabe que acabei de ser expulsa, rejeitada, esvaziada. Ele nos conhecia naquela época, sabe a forma como sumi.

— Não quero incomodar. Nem criar mais problemas. Eu já vou embora.

Ele inclina a cabeça.

— E vai fazer o quê? Voltar para casa e esperar um milagre? Se você veio até aqui depois de tanto tempo, é porque algo muito ruim está acontecendo.

Não respondo.

As portas se abrem no próximo andar. Ele segura para que eu passe, apontando discretamente para uma das portas de vidro à esquerda.

— Vem comigo. Cinco minutos. Eu prometo não te oferecer caridade nem clichês motivacionais.

Eu deveria recusar. Orgulho ferido, dignidade dilacerada, coração em ruínas. Mas o cansaço da luta solitária pesa mais do que qualquer protocolo interno de autossuficiência.

Sigo.

O escritório dele é menor, mais moderno, com tons claros e janelas amplas que capturam o movimento da cidade. Há livros por todos os lados, em estantes abertas e bem organizadas. Um quadro moderno na parede oposta à mesa chama atenção — é vibrante, abstrato, feito de linhas caóticas e cores improváveis. É bonito. E inquietante.

Ele oferece uma poltrona e senta na outra, à minha frente, como se estivéssemos em uma sessão de terapia disfarçada de conversa informal.

— Quer me contar o que está acontecendo?

— Eu perdi o emprego. — Respondo com honestidade. — E minha mãe… está doente. Precisa de uma cirurgia urgente. Eu não tenho como pagar. E achei que… talvez o Dorian pudesse me dar um emprego. Um começo. Alguma forma de conseguir o dinheiro.

— E ele recusou.

Não é uma pergunta. É uma afirmação. Clara como a luz que entra pela janela.

— Recusou. — murmuro.

Benjamin cruza uma perna, pensativo.

— Eu o conheço há muitos anos. Trabalhamos juntos em tudo, desde antes da fortuna. E também sei que, se ele te recebeu na sala dele, é porque ainda sente alguma coisa. Entenda, eu não deveria estar te contando isso.

Solto uma risada amarga.

— Se sente, é rancor. Ele foi… cruel. E ele tinha razão. Eu fui embora. Eu não disse nada. E agora apareço pedindo ajuda.

— Situações desesperadas não seguem lógicas emocionais.

— Não estou pedindo que ninguém me salve. — me apresso em dizer. — Eu só quero trabalhar. Qualquer coisa.

— Você sabe fazer o quê?

— Gestão de projetos. Vendas. Atendimento. Já liderei equipes, mas aceito cargos mais baixos. Só preciso de uma entrada.

Benjamin inclina o corpo para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos.

— Se eu te der uma entrada… o que você faz com ela?

— Eu corro com tudo o que tenho.

Os olhos dele me analisam por longos segundos. Há julgamento, mas não desprezo. Há avaliação — como alguém que mede não só o que é dito, mas o que é sentido.

— Me dá vinte e quatro horas. Talvez eu consiga pensar em algo.

— Por quê?

— Porque você é importante para ele. E porque eu odeio ver uma pessoa disposta ser tratada como se fosse descartável. Mesmo que, tecnicamente, ela tenha se autoexilado por anos.

Sorrio com ironia.

— Você é gentil. Mas não precisa fazer isso.

— Eu sei. — Ele se levanta. — Mas mesmo assim vou fazer.

Antes de que eu possa dizer qualquer coisa, Dorian irrompe pela porta, furioso.

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Carla Fernanda Mat
Iniciei a leitura, gostei muito da história até o momento!
2025-07-02 09:38:56
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Melissa Kellermann
Estou lendo,bem interessante.
2025-06-08 07:21:40
1
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Leila Mara
fiquei impressionada com o resumo,vou colocar na estante.
2025-05-28 20:23:28
2
143 chapters
Capítulo 1 – A Frieza de Chamas Antigas
Capítulo 2 – O Coração do Inimigo
Capítulo 3 - Bem-vinda ao Inferno
Capítulo 4 - Olhos que Queimam
Capítulo 5 - Regras do Jogo
Capítulo 6 – Entre Sorrisos e Mentiras
Capítulo 7 – O Toque em Público
Capítulo 8 – A Dança e o Desafio
Capítulo 9 – Flashbacks no Salão
Capítulo 10 – Invasão da Ex
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