Tags: bilionário possessivo, casamento contratual, reencontro de ex, vingança, segredo do passado, mãe doente, tensão sexual, amor proibido Lara nunca imaginou que um dia precisaria implorar ajuda ao homem que partiu seu coração. Anos atrás, ela rejeitou Dorian Vega — um estudante ambicioso, pobre, e apaixonado demais por ela. Hoje, ele é um bilionário frio, poderoso… e rancoroso. Quando a mãe de Lara adoece e as contas se tornam impagáveis, ela é obrigada a aceitar a proposta que Dorian coloca sobre a mesa: 🔒 Um contrato de casamento. ⏳ Três meses. 💰 Dinheiro suficiente para salvar sua mãe. Ela só não esperava que Dorian quisesse mais que sua presença. Ele quer controle. Vingança. E talvez… o que restou do seu coração. “Você me rejeitou no passado. Agora, é minha.” Mas quanto tempo dois corações feridos conseguem resistir antes de explodirem em desejo?
Ler maisLARAEle me puxa.Dois segundos. É só o tempo que ele leva para me arrancar de qualquer linha de defesa e me jogar contra a mureta de pedra da varanda. O contato com o mármore frio nas costas me desperta uma onda de alerta, mas não há espaço para fuga. Dorian está colado a mim, os olhos em chamas, o peito arfando como se tivesse corrido até aqui.Mas ele não correu. Ele me caçou.— Você acha que pode continuar me provocando e sair ilesa, Lara? — a voz dele é baixa, mas vibra de raiva. — Fingindo que não sente nada. Fingindo que eu sou só mais um rosto no meio da multidão.— Me solta — digo, sem força o suficiente pra soar convincente.Ele não solta.Ao invés disso, me encara como se estivesse prestes a fazer algo imperdoável.E faz.Ele me beija.Não com doçura.Não com hesitação.Com posse.O impacto do beijo me deixa sem ar. É bruto, urgente, carregado de raiva.E eu deveria empurrá-lo.Deveria dizer que ele passou dos limites.Deveria quebrar esse momento como quebro todas as ponte
DORIANEla sabe exatamente onde pisar pra me provocar.E pisa com gosto.Do outro lado do salão, Lara fala com um grupo de convidados. Sorriso leve, postura perfeita. E, ainda assim, toda vez que ela olha discretamente em minha direção, algo em mim aperta — como se meus ossos se lembrassem do estrago que ela já causou.O problema de reencontrar o amor da sua vida é descobrir que ele também pode ser o seu ponto mais fraco.E o meu tem nome, perfume e um histórico de abandono.Ela sumiu. Me deixou. Sem explicações, sem mensagens, sem a porra de um ponto final decente.E, dias depois, estava de mãos dadas com outro homem.Não precisei de confirmação — estava ali, estampado nas redes, nas fotos, nos boatos.Eu fui descartado. Trocado. E isso me engoliu vivo.Agora ela reaparece com a mesma pose de sempre. Fingindo que estamos bem, que somos civilizados, que conseguimos compartilhar o mesmo ar sem morder.Só que hoje... hoje, essa fachada me enoja.Atravesso o salão. A música elegante pare
DORIANEla não para de olhar.Tento esconder o sorriso enquanto finjo prestar atenção na conversa ao meu redor. Investidores, parceiros, amigos de conveniência — todos falando sobre números, tendências e estratégias que conheço de olhos fechados. Nada que me prenda mais do que cinco segundos.Mas o que me distrai de verdade está a poucos metros de distância. Lara. Encostada no balcão do bar, taça na mão, corpo tenso.E olhando direto para mim.Ou melhor... para nós.A modelo francesa ao meu lado ri de algo que eu não disse. Ela coloca a mão no meu braço com intimidade ensaiada e me chama de mon amour. Talvez ache que o sotaque compense a falta de originalidade. Talvez ache que pode brincar no meu campo por alguns minutos de glória social.Eu deixo.Não porque me interesse — já cansei de mulheres como ela. Mas porque quero ver até onde Lara aguenta.Até agora, ela tem sido perfeita demais. Controle absoluto. Postura elegante. Respostas afiadas. Mas há algo sob aquela pele impecável. Um
O salão está cheio, mas tudo parece girar ao meu redor em câmera lenta.Mantenho o sorriso treinado, a pose impecável, os olhos atentos aos detalhes que ninguém mais nota. O cristal da taça nas minhas mãos, o som abafado dos saltos no mármore, o leve toque dos dedos de Dorian na minha cintura. Ele permanece colado a mim, como se cada segundo ao meu lado fosse uma performance meticulosamente ensaiada.E talvez seja. Estamos fingindo, afinal. Mas há momentos — pequenos demais para admitir em voz alta — em que me pergunto se ele também sente a mesma faísca absurda cada vez que nossos corpos se tocam.A música ambiente é elegante e discreta. Os risos das socialites ecoam pelos cantos, os flashes capturam sorrisos que não duram mais que um segundo. Dorian sorri para um investidor à nossa frente, comenta algo sobre os lucros da última fusão, e eu dou um gole no meu champanhe. A bebida é cara, mas escorrega pela garganta como gelo.Estou prestes a relaxar. Um segundo de descuido. Um quase sus
A música muda de novo.Notas mais lentas, com violinos suaves, preenchendo o ar com uma elegância quase melancólica. O tipo de trilha sonora que acompanha filmes antigos — ou noites que escondem dores novas em vestidos de gala.Dorian está a alguns passos de mim, conversando com um grupo de homens mais velhos. Todos com copos de uísque nas mãos, rindo em tons baixos, como se compartilhassem piadas exclusivas do clube dos ricos.Ele está completamente à vontade.Como sempre.Enquanto isso, eu caminho pelo salão tentando parecer parte da decoração. Um sorriso leve nos lábios, taça de champanhe na mão, coluna ereta, olhar distante o suficiente para ser elegante, mas presente o bastante para manter a farsa viva.A mulher que me cumprimenta no caminho tem um vestido vermelho e um perfume que me dá náuseas. Ela pergunta se sou a nova senhora Vega e comenta, como quem fala do tempo, que eu tenho “um ar muito refinado, diferente das outras”.Não sei se é um elogio ou uma ameaça. Mas sorrio do
A música muda.As luzes do salão se ajustam, diminuem levemente, criando o clima ideal para a próxima etapa do espetáculo. No centro do ambiente, o espaço reservado para a pista de dança começa a se formar como uma arena.Claro que Dorian nota antes de mim.Ele termina de falar com um grupo de investidores, agradece com um sorriso curto e elegante e se vira para mim com aquele olhar que avisa que alguma coisa está prestes a acontecer.— Quer dançar?A pergunta é simples. Mas vindo dele, soa como um comando disfarçado.Eu poderia dizer não. Poderia recusar. Mas isso seria recuar — e eu já fiz isso demais.— Você dança? — pergunto, arqueando uma sobrancelha. É algo novo.— Quando vale a pena.— Então espero não decepcionar.Ele estende a mão. E eu aceito.O salão não está completamente vazio, mas no momento em que pisamos na pista, os olhares se voltam. Todos nos veem. Avaliam. Esperam algo — um deslize, uma quebra de máscara, qualquer prova de que somos apenas um contrato com sorrisos
Não demoramos muito para atrair atenção.Na verdade, acho que bastou meu salto tocar o mármore e o sorriso do Dorian brilhar sob os lustres para que os olhos se voltassem a nós. Mas agora não são apenas convidados. São jornalistas.Quatro deles se aproximam com microfones em mãos e sorrisos afiados. Estão posicionados como se tivessem ensaiado, flanqueando nosso caminho com uma naturalidade suspeita. Dorian desacelera o passo, como se já soubesse que isso aconteceria.Ele ergue uma sobrancelha, me lança um olhar rápido e, sem dizer uma palavra, aperta um pouco mais minha cintura. O gesto é discreto, mas sua mão desliza suavemente pelas minhas costas até encontrar o ponto exato onde meu vestido termina e minha pele começa. Quente. Precisamente íntimo.Eu estremeço.Ele sente.E sorri como se nada tivesse acontecido.— Sr. Vega! — uma jornalista mais jovem se adianta, segurando um microfone com a logo de um dos maiores sites de notícias do país. — Podemos roubar um minuto do seu tempo?
LARAO mundo inteiro parece parar no exato segundo em que desço da limusine.Os flashes não esperam que eu me ajuste ou respire. Estão prontos, posicionados, famintos por um clique que diga tudo — ou que alimente os boatos que ainda nem nasceram.Dorian estende a mão como se já tivesse feito isso mil vezes antes. O toque dele é firme, quente, e sustenta mais do que apenas um apoio para eu sair do carro. Sustenta a mentira.— Sorria — ele murmura, com os olhos fixos nos meus. — Você está feliz. Você me ama. Você é a mulher mais feliz do mundo.O sorriso que formo nos lábios é impecável. Mas não é por ele.É pelo papel que tenho que interpretar.Ele se posiciona ao meu lado como se fosse parte do meu corpo. A mão pousa suavemente na minha cintura, um gesto natural demais para alguém que diz não se importar. Mas o aperto sutil dos dedos, firme o bastante para que eu sinta a pressão sob o tecido do vestido, diz outra coisa: ele ainda está no controle.O tapete se estende até a entrada imp
DORIANEla está linda.Mas claro que está.Lara sempre soube entrar em uma sala como se fosse dona dela — mesmo quando tudo que tinha era o silêncio entre uma palavra e outra.Agora, sentada do outro lado da limusine, com um vestido preto colado ao corpo, maquiagem discreta e expressão indecifrável, ela parece mais perigosa do que nunca.Não para mim.Mas para ela mesma.Porque eu ainda me lembro de tudo.E ela finge que esqueceu.Cruzo as pernas com calma. O terno me veste como uma armadura, e cada botão abotoado é mais uma camada entre o que eu sou e o que o mundo vê.— Você não vai dizer nada? — ela pergunta, finalmente.— Estou observando.Ela arqueia uma sobrancelha.— Você observa como quem avalia.— Porque é exatamente o que estou fazendo.Ela solta um suspiro, vira o rosto para a janela. Não está acostumada a ser examinada — e menos ainda por mim.Mas essa é a vantagem de conhecer alguém tão bem: você enxerga até o que ela não quer mostrar.— Vamos a um evento com investidores