Henrique chegou a acreditar que amor e sexo eram coisas muito diferentes, ele amava Jade, mas por gostar de sexo mais selvagem passou a se relacionar com Sofia. Era apenas sexo, quando estavam juntos tudo era permitido, sendo ela uma perfeita submissa, que o obedecia em tudo e sentia prazer em tê-lo como seu dominador. Mas o que ele menos esperava era Sofia engravidar, não podia saber ao certo como aconteceu, mas tudo era possivel, pois era como se ficassem alucinados quando estavam juntos. Mas a gravidez fez tudo mudar entre ele e Sofia, não havia mais motivo de mantê-la como sua amante, o que ele gostava de fazer com ela, não teria mais coragem de fazer. Com tudo isso, Henrique decidiu assumir a criança sem terem mais contato físico, mas o que ele não esperava era encontrar Jade na maternidade no dia do nascimento da criança. Seu mundo ali foi destruido, ver o desprezo nos olhos da mulher que acreditava amar, ver a dor e a mágoa em suas lágrimas o fez se sentir o pior homem do mundo.
Ler maisJade estava em seu quarto arrumando uma pequena mala, pensou que esse dia fosse demorar mais a chegar, mas ali estava ela, se preparando para voltar para a cidade de onde saiu prometendo a si mesma nunca mais voltar.
Ela guarda as roupas com cuidado e calma, não estava com pressa, tudo o que mais queria é que as horas demorassem a passar e que ela não precisasse voltar para uma cidade onde só lhe trazia más recordações. Jade suspira desanimada guardando a última peça de roupa na bagagem e depois disso ela fecha a mala. Ela se senta na cama e permite que a sua memória volte ao passado, mesmo que esse passado ainda a fizesse sofrer. Quatro anos haviam se passado desde que ela pegou um ônibus e foi para outro estado, acreditando que a distância a fizesse esquecer de acontecimentos que quase a destruíram, mas ali estava ela, revivendo em pensamentos toda aquela dor. Saber que o seu pai era quem a obrigava a voltar, a fazia se sentir ainda mais revoltada pois, foi perda de tempo deixar claro que nada que viesse dele a interessava, muito menos a herança. A riqueza de seu pai nunca lhe fez falta, assim como a presença dele, por isso preferia não ter herdado nada, seria muito melhor que ele tivesse doado tudo em vida para uma instituição de caridade. Mas o seu pior problema não era os bens que estava herdando, mas sim Henrique, a quem amou profundamente, mas que de nada adiantou se entregar de corpo e alma a uma relação onde não teve o menor valor, isso por ter confiado cegamente em alguém a quem amava. Henrique a fez mudar de cidade, a fez mudar quem era para conseguir superar a dor de ter sido traida. Se antes ela não confiava muito nas pessoas, agora era praticamente impossível conquistar a sua confiança. O único que conseguiu ultrapassar a barreira da desconfiança que Jade criou para se proteger foi Augusto, talvez por ele ter provado ser diferente, mas em relação a Henrique, ela só conseguia sentir ódio e desprezo. Agora, depois de tanto tempo, estava sendo obrigada a ir ao encontro dele, estava sendo obrigada a enfrentar aquele que havia sido o seu grande e único amor. Jade se levanta desanimada e depois de conferir mais uma vez se tudo o que iria levar estava guardado, ela vai até o quarto de Nicolas, que dormia tranquilo, com os cabelos sobre o rosto como era de costume. Nicolas era tudo para ela, mesmo tendo nascido tão pequenino, teve um bom desenvolvimento e aos três anos era uma criança alegre e esperta, além de muito inteligente. Quando descobriu que estava grávida foi um choque, pensou não ser capaz de levar uma gravidez adiante pela tristeza que sentia, mas a criança em seu ventre foi a força que ela precisava para seguir em frente, Nicolas foi o único motivo dela não desistir de tudo. Durante a gravidez Jade chorava dias a fio, mesmo que se odiasse por isso, mas era impossível saber que estava ali sozinha enquanto Henrique estava ao lado da mulher com quem a traiu, cuidando da filha que tiveram juntos. Seria sempre grata a Camila, que se mostrou ser uma amiga fiel e companheira, só não esteve ao lado dela em todo o tempo por morarem longe. Não foi fácil para Jade se ver grávida e sozinha, nunca em toda a sua vida pensou em ser mãe solteira, mas ali estava ela grávida e sem nenhum apoio, mas isso não foi motivo dela desistir da criança, seu único medo era não estar preparada para ser mãe e tinha muito medo de falhar, mas Camila sempre acreditou em sua capacidade de criar e educar uma criança, e sim, Jade estava conseguindo ser uma boa mãe, podia até ser rígida algumas vezes, mas sempre pensava ser para o melhor do seu filho. Na época, Camila ligava para ela todos os dias, diminuindo um pouco a sua solidão. Quando Nicolas nasceu Camila estava ao seu lado na sala de parto e ainda fez questão de filmar, mesmo Nicolas tendo se antecipado e, não apenas isso, para poder ajudar a amiga, Camila antecipou as férias na empresa e com Jade passou todos os dias de suas férias, fazendo coisas que nunca imaginou fazer, cuidando de um bebê recém nascido. Nicolas nasceu com oito meses, mas mesmo assim era uma criança saudável, o seu único problema era a sua deficiência de ferro no sangue, sendo necessário ter uma alimentação adequada para que não sofresse de anemia, quando isso acontecia ele tinha que ser medicado, para ajudar na produção de glóbulos vermelhos e hemoglobina. A preocupação de Jade era por Nicolas ter o mesmo tipo sanguíneo que Henrique, um tipo raro de sangue. Como se fosse castigo, olhar para Nicolas era ver Henrique, mas ela nunca lhe falou sobre o pai e jamais os apresentaria, estava determinada a deixar Nicolas decidir sobre o conhecer ou não quando ele tivesse idade para decidir tal coisa. Jade afasta com carinho os cabelos que caiam no rosto do filho, o olhando, ela sorri triste, por saber que a vida dele iria se parecer com a sua, seria criado longe do pai, assim ela acreditava.Jade e Henrique se sentam no sofá que havia na varanda, com Nicolas sentando entre eles. — Amara Vitória nunca foi de chorar, você chorava muito mais que ela, principalmente quando eu te forçava a comer alguma coisa que não gostava — Jade responde beliscando o rosto do filho que ri do que a mãe diz — Sua irmã só chorou muito quando nasceu, pensei que ela fosse perder o fôlego de tanto que chorou, me lembro que até briguei com o médico por ela estar chorando daquele jeito. — Na verdade você brigou com todo mundo que dizia ser normal ela chorar. — Bom dia mamãe, bom dia papai! — Amara Vitória chega vestida com sua camisola longa de princesa, que a avó tinha lhe dado. — Que menina mais educada — Jade beija o rosto da filha, ganhando um abraço — Gael está chegando com a dinda, vou providenciar os meus tampões de ouvido. — Gael é bonzinho, eu não acho que ele chora tanto — Amara Vitória abraça o pai ganhando um colo, mesmo com seis anos ela não dispensava o colo do pai.
Duas semana depois que voltaram de lua de mel, nascia Amara Vitória, uma linda menina de olhos azuis como os da mãe, e muito cabeluda. Henrique chorava emocionado, pegando a filha no colo lhe beijou a cabeça e a levou até Jade que sorria feliz por ver aquela cena. — Ela é linda — Henrique fala ainda chorando com a filha nos braços. — Sim, ela é muito linda. Amara Vitória, apesar dos problemas enfrentados por Jade, nasceu grande e saudável e ao nascer mostrou ter bons pulmões de tanto que chorou, ao ponto de Henrique questionar ser normal. Depois de demonstrar ter bons pulmões, Amara Vitória mostrou ser uma criança calma, nem mesmo as visitas quando chegavam a incomodavam, ela só queria mamar e dormir, a única hora em que ficou mais tempo acordada foi quando Nicolas chegou para conhecer a irmãzinha, talvez por ele não deixa-la dormir, mas logo ela reclamou e Henrique com cuidado a ninou, com Nicolas ao seu lado, dizendo estar ajudando. — Papai, ela parece uma boneca — Nic
Enfim chegou o grande dia, era o dia do casamento de Jade e Henrique. Jade estava com a barriga ainda maior, mas se sentia em condições de suportar toda a cerimônia de pé. Ela escolheu um vestido de renda, optando não pelo branco, mas pelo nude por adreditar combinar mais com ela. Eles se casariam em uma linda catedral, que foi toda decorada com lírios brancos e a recepção seria em um dos melhores hotéis da cidade. Camila e Kleber seriam seus padrinhos e mais um casal de amigos. Da parte de Henrique, os padrinhos seriam parentes, dois primos com suas esposas, sendo a dama de honra a filha de um dos primos. Nicolas seria aquele que levaria as alianças e estava empolgado com isso. Jaime entraria com Jade na igreja, isso a pedido dela, o deixando honrado por conduzi-la ao altar. — Está nervosa? — Camila pergunta ainda com bobs na cabeça. — Não muito — Jade sorri sendo maquiada — Pelo que conheço Henrique ele deve estar muito mais nervoso. — Kleber me ligou mais cedo, disse que já es
"Aguiar, Eu sei que estou morrendo, sei que me restam poucos dias de vida aqui nesse hospital, ou talvez nem dias eu tenha, apenas algumas horas, eu não sei. Apesar de saber disso, não fui capaz de contar a Jade o meu problema de saúde e nem permiti que a minha mãe contasse, por isso, Jade não sabe que o meu fígado está se dissolvendo, ela pensa que estou morrendo de amor, mas sabemos não ser verdade, e não vou dizer que te amo, só porque estou chegando ao meu fim, mas vou te confessar uma coisa, gostaria que fosse de amor, pois a dor que eu sinto é muito grande. Eu cometi vários errros na minha vida, mas o maior deles foi não ter dado uma chance para nós dois. Sempre acreditei que a vida que eu tinha antes de te conhecer fosse a mais perfeita, mas eu estava enganada, estou aqui morrendo sozinha, ninguém naquele lugar era realmente meu amigo, me esqueceram com a mesma facilidade que me acolheram. Quando eu te conheci, estava deslumbrada com o luxo daquele lugar, me sentia melhor qu
Jade não consegue negar os seus sentimentos por Henrique, ela sempre o amou, mesmo quando esteve magoada com ele ainda assim o amava, não podia dizer não ter tentado esquecê-lo, entretanto, mesmo que tenha tentado, não foi possível. Mas diferente de antes, o amor que ela sentia por ele agora era maduro, era sólido, era de certa forma diferente de quando era mais jovem pois, Jade havia aprendido a confiar nas pessoas e principalmente nela mesma. — Jade, eu vou te confessar uma coisa — Camila abraça o braço da amiga, tirando a sua pose de pensador — Eu já senti vontade de bater em Henrique inúmeras vezes — Confessa rindo — Bater mesmo, bem no sentido da palavra, e o que me segurava era saber que ele era o meu patrão, e com certeza eu seria mandada embora por justa causa, mas eu odiava o ver com aquele mal humor insuportável, descontanto o erro que cometeu nos outros, como se todos fossem culpados, menos ele. Sentia ainda mais vontade de espancá-lo quando eu te via com aquele barrigão
Jade e Henrique decidem se casar antes do nascimento de Amara Vitória, Jade decidiu atendender a sugestão de Lurdes depois de saber o significado do nome Amara "eterna, ou imortal" aquele nome foi feito para a sua pequena Vitória, ela pensou assim que soube o significado. Depois da decisão que tomaram de se casar em uma bonita cerimônia, a vida de Jade passou a ser uma correria, mas sempre com a supervisão de Henrique que não a deixava passar dos limites, eles decidiram continuar morando no apartamento dele pois, era maior que o de Jade, mas iriam fazer uma reforma, para que a decoração pudesse agradar os dois. Quanto ao apartamento de Jade, ela não iria se desfazer. Ambos gostavam de apartamento e por isso a decisão de continuarem morando em um, indo contra a vontade de Lurdes que insistia para que eles se mudassem para uma casa por causa das crianças, com o argumento de que elas precisavam de espaço para brincarem, mas o casal apenas ignorava o que ela dizia. Lurdes chegou ao p
Último capítulo