Mundo de ficçãoIniciar sessãoDean Bradley não imaginava que, ao começar a trabalhar em uma nova universidade, encontraria um tormento peculiar. Ele nem sempre foi o "certinho" que nunca se envolveu em confusões. Muito pelo contrário: ele sempre esteve envolvido em brigas e confusões da irmandade da qual fazia parte, mas, com a idade, a responsabilidade veio. Entrou em um relacionamento sério e estável. Sua vida agora era preto no branco. Mas ele não sabia lidar com aquele novo e inusitado sentimento. Judy Hobbs era a melhor aluna do seu curso, e seu nome estava sempre em primeiro lugar na lista de aprovados; os professores não tinham do que reclamar sobre ela. Sempre andava pelos corredores de Harvard impecável e com um sorriso no rosto. Mas ela estava cansada dessa vida certinha e impecável. Ela queria inovar, queria se rebelar contra o pai. Ela queria viver de verdade. Duas pessoas completamente diferentes, o famoso "opostos". Mas será que eles vão se atrair sem atritos? Até mesmo esta autora tem suas dúvidas.
Ler maisChuva, chuva e mais chuva, mas isso não vai me impedir de ir para a universidade. Só tenho que aguentar mais um pouco e em breve vou estar na fraternidade com as minhas amigas, bem longe do meu pai. Eles apenas sabem me cobrar para ser a garota perfeita, a aluna perfeita, que abaixa a cabeça para tudo e apenas concorda com tudo.
Eu não gosto de brigar com os meus pais, isso me deixa muito mal. Então, apenas fico quieta. A universidade é uma válvula de escape muito bem-vinda. Quem não ficaria feliz em estudar na Universidade de Harvard? — Você tem que manter suas notas sempre altas, Judy. Não se esqueça disso. — Papai... Eu sei que você quer que eu me dedique a estudar, mas estou um pouco cansada por... — Judy, me escute. Se eu deixar você fazer o que quiser, você vai deixar o estudo de lado, e não quero isso. Agora, me traga o café da manhã e te levo para a escola. — Ele toma um pouco do seu chá. — Eu não estou com fome. — Eu retruquei, cruzando os braços. — Maria! — Meu pai gritou, chamando a empregada. — Pois não? — Ela aparece na frente dele. — Chame o guarda, por favor. — Maria sai da sala de refeição. Um homem corpulento entra na sala de refeição, ele está usando um terno sob medida e sua expressão é neutra. — Vamos, Judy. Eu saio de casa, meu pai pega o carro e, ao me aproximar, subo e começo o caminho. — Como você está nas matérias? Está indo bem? — Sim, muito bem. — Foi a resposta. — E nos outros assuntos? — Ele ainda olha para o caminho. — Está tudo bem. Estou quase 24 horas por dia na escola. Por que eu daria errado? — Pergunto. — Não se esqueça de manter as notas altas. — Onde está a mãe? — Eu não sei, ela deve estar em uma viagem com as amigas na Itália ou em Veneza. — Ah... isso é bom. — O carro ficou em um silêncio insuportável. Estou desesperada para ficar sozinha e ler algum livro ou assistir a uma série sem receber um discurso de que deveria usar esse tempo para estudar. — Vai para casa no Dia de Ações de Graças? — A pergunta dele me deixa surpresa. Desde o dia em que minha avó morreu, não nos reunimos em datas comemorativas. Meus tios e minhas tias iam para a casa de outras pessoas. Fazia anos que não via os meus familiares. — Por que você está perguntando isso? — Juro que estou com medo da resposta. — No dia vinte e nove de novembro, sua tia Daisy vai nos visitar para apresentar seu novo namorado e ficar com a gente durante a semana. — Estremeço só de ouvir o nome da mulher que destruiu a minha adolescência. — Ah, sim, eu vou voltar para o Dia de Ação de Graças. — Meu “não” parece notar a minha voz forçando um tom de felicidade que não estou sentindo. — Que ótimo! Vamos passar esses dias como uma família feliz. — Ele sorri genuinamente feliz, o que me deixa perplexa. Meus pais são casados, mas eu sei que eles têm amantes e se encontram com frequência. Não entendo por que eles simplesmente não se separam de uma vez. Seria muito mais simples. — Também estou ansiosa para ver meus familiares. — Falo com uma alegria forçada, estamos quase chegando ao aeroporto. Falta pouco. Meu pai estaciona na frente da entrada principal do aeroporto de Seattle. Nunca fiquei tão aliviada por estar partindo de novo para longe daquela mansão fria. Não trouxe nenhuma mala porque tenho minhas roupas em casa, então não foi preciso. Minha vontade é de não voltar mais, mas eu amo muito Seattle, então não penso em morar em outra cidade depois de me formar. — Não se esqueça de mandar um abraço para o seu namorado. — Meu pai fala, sorrindo. — Claro, pode deixar que eu mando. — Sorrio de volta. Eu não poderia ser mais feliz por estar namorando com o Isaac Fisher. Estou indo dois dias mais cedo para fazer uma surpresa para ele. Eu disse que chegaria só no dia em que os outros alunos voltariam, mas resolvi fazer uma surpresa para ele. — Tchau, pai. Tome cuidado no caminho. — Me despeço dele com um sorriso verdadeiro.BOSTON, USA20h 03minRestaurante "Row 34"Assim que entrei no restaurante Row 34, fui imediatamente envolvido pela atmosfera vibrante e acolhedora do lugar. O ambiente era uma mistura perfeita de modernidade e charme rústico, luminárias sofisticadas de luz suave pingavam sobre as mesas de madeira escura, criando um cenário íntimo e convidativo. As paredes decoradas com fotografias de pescadores e barcos antigos pareciam contar histórias de um passado marítimo, enquanto os sussurros de conversas alegres se entrelaçavam com o som do tilintar de talheres e o estalar de conchas.O aroma do mar — um convite irresistível — pairava no ar, e logo pude notar a exibição de ostras frescas no bar, reluzindo como gemas sob a luz delicada. Pensei em quantas mãos passaram por aquelas conchas antes de chegarem àquele instante, e mal pude conter a expectativa pelo que estava por vir. A equipe, atenta e descontraída, se movia com eficiência entre as mesas, trazendo consigo a promessa de sabores intens
— Estou dizendo que o Isaac já fez muita merda por aí, ditas como boatos. Mas o seu discurso contra os gays, ele fala isso abertamente para quem quiser ouvir. — Olhei para Samantha, confuso com a situação. — Mas ele está aqui me acusando porque me traiu com a vagabunda que é a sua secretária. Quer saber? Isso foi um livramento.Olhei novamente para a garota ao meu lado, que ficou bem vermelha, acho que era de vergonha.— Traição? — Escutei a voz da reitora.— Eu não te traí, Judy. — Dessa vez, era uma voz masculina.— Como não? — A mesma voz de antes agora estava mais estridente. — Não me lembro de você ter terminado comigo formalmente, assim como foi o pedido de namoro no outono passado. Cheguei no seu prédio e te encontrei com a Samantha deitada na sua cama, completamente nus. — Agora a Samantha não tinha onde enfiar a cara de tanta vergonha.— Isso não é verdade, eu não fiz nada de errado. — Ela gagueja ao tentar se defender. Não tenho como saber quem está errado ou certo na histór
Dean BradleyBOSTON, USAUm rapaz do setor administrativo estava mostrando as novas instalações do setor de Direito. As salas estavam mais tecnológicas e agora havia uma sala de audiência parecida com as de tribunal, onde os alunos poderiam fazer as provas. Eu tinha estudado ali, as paredes de tijolo vermelho traziam lembranças confortáveis. A nova biblioteca era gigantesca, e tinha certeza de que lá estavam todos os livros importantes do mundo jurídico. O prédio todo possuía janelas amplas que permitiam a entrada de luz natural.— Onde está a reitora? — Pergunto ao garoto desajeitado, cheio de sardas.— Ela está resolvendo um problema, e a reitora Kita pediu para eu mostrar a nossa área. — Ele diz, passando a mão no cabelo.— O problema é muito sério? — Estou tentando puxar assunto com ele, mas não estou realmente interessado. Olho o relógio de pulso pela vigésima vez, preciso sair com a Daisy ainda.— Briga de casal. — Ele responde, dando de ombros. Eu, por outro lado, franzo o cenh
Abigail Copeland era minha noiva na época da faculdade. A gente cresceu juntos e estudou juntos. Seguimos a mesma carreira, parecia que estava muito claro que era para a gente ficar juntos pelo resto da vida. Nossos meses de namoro foram maravilhosos e nosso um ano de noivado também foi maravilhoso. Até eu encontrá-la com meu parceiro de time.A gente era conhecido como o casal perfeito da universidade, o casal do comercial de margarina. A situação saiu do controle e todos estavam fazendo bullying muito pesado com ela. Ela ficou alguns meses ausente.Depois disso, eu mudei completamente a forma de viver na universidade, ia para todas as festas das fraternidades. Qualquer coisa que tivesse um par de pernas bonitas e fosse 10% inteligente eu estava dentro. Festas regadas a álcool e drogas.Não foram os anos mais sensatos da minha vida, admito.Mesmo que ela estivesse sofrendo bullying dos meus amigos e das pessoas que não concordavam com o que ela fez, eu inicialmente era a vítima e não
Quando essa amiga ligava, quem atendia era o Jim e dizia que a Josie não queria falar com ninguém. Ele contava mentiras sobre nós para Josie, que a gente não gostava dela, que ele era o único que se importava com ela.Segundo o documento, quando Josie engravidou do primeiro filho, ela era diariamente vítima de violência doméstica e privação de alimentos.Paro de ler aqui e olho para o Otto, que está me observando atentamente. Não acredito que Josie estava sofrendo tudo isso, não sabia de nada. Quando ela apareceu na casa da mamãe antes de ir para a Inglaterra, estava usando camisas de mangas longas e calças folgadas. Não dava para ver nada suspeito.Além do divórcio, Jim está sendo acusado de violência doméstica, cárcere privado, sequestro e abuso infantil. As crianças não estão se alimentando direito e não estavam indo para a escola.— Puta que pariu, não quero mais ler isso. — Fecho o MacBook.Como o resto do café da manhã, sinto a comida descer pela garganta, rasgando tudo. Preciso
Dean BradleyBOSTON, USASegunda–feira, 08/09/2025Sou acordado com lambidas no meu rosto, claro que meu cachorro, Otto, está bem animado para passear lá fora.— Calma, garoto, tenho que primeiro tomar banho, lembra? — Tiro meu cobertor de cima do meu corpo.Coloco os pés para fora da cama, olhando para a paisagem da madrugada pela grande janela do meu quarto. É uma paisagem linda. A vantagem de morar em um prédio alto é a bela vista que você tem quando acorda. Otto faz um barulho, chamando a minha atenção.— Já falei para ter calma. — Olho para o relógio que fica em cima de uma mesa ao lado da cama. — Ainda são 05h00min da madrugada. — Falo, levantando da cama e caminhando na direção do banheiro. Pego uma toalha limpa no armário. Tomo um banho rápido e pego uma roupa qualquer de corrida.Enquanto estou me vestindo, meu husky está observando cada movimento com atenção.— Está com medo que eu desapareça no ar? — Pergunto, passando o pente no cabelo. Passo um pouco de perfume. Saio do q





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