Camilla tenta controlar sua vida, mas Ethan surge para desafiar tudo que ela conhece. Misterioso, intenso e impossível de resistir, ele desperta desejos que ela nunca imaginou sentir. Entre olhares, silêncios e provocações, o proibido se torna irresistível… e o desejo, impossível de ignorar. Até onde ela se entregará antes que o medo se torne obsessão?
Leer másA noite parecia maior do que qualquer expectativa que eu pudesse ter.
O vento frio batia contra a varanda, mas não conseguia apagar o calor que corria pelo meu corpo. Sentada na cadeira de madeira, enrolada em um cobertor fino, observava a rua deserta, tentando ouvir mais meus próprios pensamentos do que o barulho distante da cidade. Foi quando ouvi a primeira voz. — Você sempre fica acordada assim? O susto fez meu corpo estremecer. — Quem está aí? — perguntei, tentando manter a voz firme. — Alguém que parece saber demais — respondeu ele, a voz baixa, calma e intensa. Olhei em direção à sombra que se aproximava, e lá estava ele: Ethan Vale. O homem novo na cidade, que parecia carregar o mistério no olhar e um tipo de provocação natural que era impossível de ignorar. — Você me assustou — disse, ainda me recompondo. — Só um pouco? — Ele sorriu, pequeno, mas carregado de algo que me fez tremer. — Um pouco mais do que isso — respondi, sem conseguir desviar totalmente do olhar dele. Ele se aproximou, sem pressa, cada passo calculado. — Depende do motivo pelo qual você fica acordada — disse ele, os olhos fixos nos meus, como se pudesse enxergar cada pensamento que eu tentava esconder. Eu respirei fundo. — Às vezes o sono não é suficiente pra fazer a cabeça parar — murmurei, tentando parecer casual, mas sentindo meu coração disparar. Ele se sentou na cadeira ao meu lado, tão perto que podia sentir o calor que emanava dele. — E o que está passando pela sua cabeça agora, Camilla? — perguntou, provocante, e eu quase engasguei com a intensidade da pergunta. — Pensamentos demais — respondi, encarando o cobertor que segurava. — Nada que valha a pena compartilhar. Ele sorriu. — Quem sabe… só talvez… algumas coisas valham a pena — disse, deixando a frase incompleta e, ao mesmo tempo, pesada no ar. Eu não consegui olhar para ele imediatamente. Meus pensamentos giravam sem parar. Por que ele me atrai tanto sem fazer nada de fato? Por que cada palavra parece me prender mais perto dele? — Ethan… você é sempre tão… intenso? — perguntei, finalmente levantando os olhos para ele. — Depende de quem está do outro lado — respondeu ele, e aquele pequeno sorriso voltou, carregado de provocação e desafio. O silêncio caiu por alguns segundos, mas era diferente. Não era um silêncio vazio; era cheio de tensão, cheio de possibilidades que eu ainda não queria admitir. — Você acredita em destino, Camilla? — perguntou de repente, a voz baixa e quase rouca. — Não sei… Acho que o destino é só a desculpa que a gente dá pras coisas que não consegue explicar — murmurei, tentando soar indiferente. Ele inclinou a cabeça, analisando minha resposta como se esperasse por ela. — Engraçado… porque às vezes parece que certas pessoas aparecem na hora exata pra bagunçar tudo que a gente acha que tem sob controle — disse ele, e meu coração disparou novamente. Eu queria recuar, fugir, me proteger… mas parte de mim queria permanecer ali, sentindo cada palavra, cada gesto. — E você… já bagunçou muita coisa? — perguntei, tentando provocar, tentando descobrir algo mais. — Mais do que gostaria de admitir — respondeu ele, os olhos brilhando com aquela mistura de mistério e carisma. Nos dias seguintes, minha rotina se transformou em pequenas obsessões. Cada barulho, cada sombra, cada sinal parecia ter a presença dele embutida. Era impossível ignorar. Mesmo quando não estava perto, sentia a tensão que ele deixava no ar. Então, mais uma vez, nos encontramos na livraria. — Você sempre escolhe os caminhos mais longos — disse ele, arqueando a sobrancelha. — Só tento observar o mundo de perto — respondi, sentindo minhas pernas tremerem levemente. — Sabe que me atrai exatamente isso? — disse ele, aproximando-se, tão próximo que eu podia sentir o calor da respiração dele. — Me atrair? — repeti, tentando parecer indiferente, mas minhas mãos traíam meu nervosismo. — Sim. E você também sente isso, não é? — disse ele, e meu coração parecia explodir. Não consegui mentir. — Talvez… — murmurei. — Sinto que você gosta de me provocar — disse ele, com aquele sorriso leve, mas carregado de intensidade. — Talvez… — respondi, finalmente soltando um sorriso pequeno, nervoso. Ele tocou minha mão novamente. Desta vez, mais firme, mas ainda delicado. O arrepio percorreu meu corpo inteiro. — Eu não consigo te ignorar — disse ele. — Você também não consegue — respondi, engolindo em seco, e finalmente percebendo que cada palavra era um fio que nos prendia juntos. Sentamos próximos, deixando o silêncio falar entre nós. Não era um silêncio vazio. Era carregado de intenções, desejos não ditos, perguntas que ninguém tinha coragem de fazer. — Por que você me olha assim? — perguntei, quase sem fôlego. — Porque é impossível não olhar — disse ele, aproximando-se levemente. — E eu não deveria… — murmurei. — Não deveria, mas quer — completou ele, e eu senti minhas pernas falharem. O tempo parecia congelar. Cada gesto, cada respiração, cada olhar nos prendia em uma dança silenciosa, onde nada era dito, mas tudo era sentido. — Camilla… — disse ele, tocando meu queixo para levantar meu rosto — eu não vou embora ainda. O toque, simples e breve, queimou minha pele. E eu não recuei. Não pude. — Então… fique — murmurei, surpresa com minha própria coragem. Ele se inclinou, quase tocando meus lábios, e meus pensamentos se embaralharam. O mundo lá fora desapareceu. Só existíamos nós dois, o desejo e o perigo se entrelaçando de forma irresistível. Quando finalmente se afastou, a noite já havia caído. — Boa noite, Camilla — disse, com aquela voz carregada de ameaça e promessa — Mas lembre-se… cuidado com o que te puxa. Fiquei ali, imóvel, sentindo meu coração explodir. O desejo havia começado. A obsessão já batia à porta. E Ethan Vale já era impossível de esquecer. Enquanto caminhava para casa, cada sombra parecia lembrar dele. Cada passo ecoava sua presença. E no fundo, eu sabia: nada mais seria como antes. O desejo e o medo estavam entrelaçados. E cedo ou tarde, eu teria que me entregar… mesmo sabendo que poderia não haver volta.O amanhecer trazia uma luz difusa através das janelas do apartamento de Camilla. Ela ainda sentia o eco do evento da noite anterior, os olhares, os gestos e, sobretudo, a presença do homem misterioso que parecia ter marcado sua mente de maneira indelével."Nada será igual. Ele mexeu comigo de um jeito que eu não esperava… e Ethan percebeu."Ethan entrou na sala silenciosamente, fechando a porta atrás de si.— Bom dia — disse, aproximando-se dela com um sorriso contido, mas carregado de intensidade — Dormiu bem?— Mais ou menos… — respondeu ela, tentando organizar os pensamentos — Ainda penso nele.Ethan franziu levemente o cenho, mas sua expressão manteve-se controlada.— Eu sei — disse, baixinho, aproximando-se e segurando suas mãos — Mas ele não importa. Só eu importo.Camilla respirou fundo, sentindo o calor da presença dele, a segurança e o desejo misturados em um só gesto."Ele sempre sabe como me acalmar… e ao mesmo tempo me dominar."Mais tarde, uma mensagem chegou: uma nota el
O sol da manhã seguinte iluminava o salão vazio, agora silencioso, mas ainda carregado de ecos do evento da noite anterior. Camilla caminhava pelo corredor com passos leves, tentando organizar os pensamentos. "Cada gesto dele… cada olhar… eu não sei como separar Ethan daquele homem. Algo aqui está errado, mas não consigo me afastar." Ethan a seguia a poucos passos, observando cada movimento com intensidade silenciosa. — Você está bem? — perguntou, sem tocar, mas com a voz baixa e firme. — Eu… estou — respondeu ela, embora a incerteza queimasse por dentro. Enquanto caminhavam, o homem misterioso surgiu no final do corredor, encostado na parede, com um sorriso enigmático. — Interessante… — disse ele, olhando para os dois — Parece que a noite deixou marcas. Ethan avançou levemente, posicionando-se entre Camilla e o intruso: — O que quer dizer com isso? — Apenas observo — respondeu ele calmamente — Nem tudo é o que parece, e algumas pessoas escondem mais do que mostram. Camilla
O salão estava iluminado por lustres de cristal que espalhavam reflexos dourados sobre os convidados elegantemente vestidos. Camilla entrou, sentindo cada passo ressoar como se o chão sussurrasse seu nervosismo. Cada olhar parecia medir sua presença, cada sorriso escondia intenções. Ethan estava à distância, impecável em seu terno escuro, encostado levemente em uma coluna, observando cada detalhe dela. Seus olhos encontraram os dela por um instante, e naquele simples toque visual, Camilla sentiu o coração acelerar. "Ele está aqui… e tudo se torna mais difícil de controlar." Enquanto caminhava pelo salão, Camilla percebeu a elegância silenciosa das pessoas ao redor, os gestos calculados, as conversas que escondiam segredos. Mas um olhar, mais intenso que os outros, chamou sua atenção: um homem alto, de expressão firme, que parecia conhecê-la, mas de algum modo estranho, como se guardasse algo que ela não lembrava. Ethan percebeu a mudança na expressão de Camilla. "Quem é ele
A manhã começou silenciosa, mais pesada. O sol entrava pelas cortinas, iluminando o apartamento, mas não havia luz suficiente para dissipar o turbilhão dentro de mim. Cada pensamento girava em torno de Ethan, de seu toque, de seu olhar intenso. O jogo que ele havia iniciado no Capítulo 4 ainda ecoava em cada fibra do meu corpo e mente. "Ele entrou na minha vida de forma definitiva… e agora nada será igual." O telefone vibrou. Era uma mensagem dele: "Hoje será diferente. Venha sozinha. Confie em mim." Meu coração disparou. Sozinha? O que ele quer dizer com isso? Quando cheguei ao local, um prédio antigo, silencioso e isolado, Ethan já estava lá, esperando. Ele parecia calmo, mas cada detalhe transmitia uma intensidade silenciosa e perigosa. — Bom dia, Camilla — disse ele, aproximando-se sem quebrar a distância mínima entre nós — Hoje vai ser um teste. — Um teste? — murmurei, sentindo o frio na barriga. — Sim — respondeu ele, com aquele sorriso que me desconcertava
A noite estava silenciosa, mas o ar parecia vibrar com a tensão que nos cercava. Ethan estava parado alguns passos à minha frente, observando-me com aquele olhar que eu já conhecia: profundo, intenso, capaz de desnudar minha alma sem tocar um único fio de cabelo. — Camilla… — disse ele, a voz baixa — Hoje é o momento de realmente confiar em mim. — Confiar… — murmurei, sentindo meu coração acelerar — Eu quero, mas tenho medo. — Medo é parte do jogo — disse ele, caminhando até mim e segurando minhas mãos — Mas você vai ver que confiar pode ser mais excitante do que qualquer resistência. Enquanto ele falava, meu corpo respondia antes da mente. Cada gesto dele parecia feito para me desarmar, cada toque mínimo enviava ondas de arrepio. Ele sabe exatamente como mexer comigo… e eu não consigo resistir. Ele guiou-me até uma sala silenciosa, iluminada apenas por uma luz tênue que fazia tudo parecer mais íntimo. — Aqui, nada do que você fizer será julgado — disse ele, aproximando-se — M
A manhã começou como um sussurro, com os primeiros raios de sol atravessando as cortinas do meu apartamento. Eu ainda estava sentada no sofá, tentando organizar meus pensamentos, mas era impossível. Ethan ocupava cada cantinho da minha mente, cada memória da noite anterior, cada toque que eu ainda sentia na pele. "Ele entrou na minha vida de forma avassaladora… e agora nada será igual." O telefone vibrou. Era ele. "Estou esperando você. Hoje, o jogo começa." Meu coração disparou, misturando medo e desejo. O jogo… o que ele quer dizer com isso? Quando cheguei ao local combinado, ele já estava lá, casual, mas cada detalhe transmitia controle e intensidade: o jeito que apoiava as mãos no balcão, o olhar que parecia perfurar minha alma, o sorriso provocativo que me desarmava antes mesmo de perceber. — Bom dia, Camilla — disse, aproximando-se, mantendo o tom calmo, mas carregado de algo que eu não conseguia identificar. — Bom dia… — murmurei, incapaz de esconder o nervosismo. — H
Último capítulo