Uma babá estrangeira para a filha do bilionário

Uma babá estrangeira para a filha do bilionário PT

Romance
Última actualización: 2025-12-25
Mara Santos  Recién actualizado
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Resumen
Índice

Juliana Bezerra sempre sonhou com uma vida tranquila no interior do Rio de Janeiro, mas anos presa a um relacionamento abusivo destruíram tudo o que ela acreditava sobre amor, segurança e sobre si mesma. Desesperada por paz, ela foge com a ajuda de sua melhor amiga, Karina, que vive em Londres e a recebe de braços abertos para um recomeço. Mas recomeçar nunca é fácil. O idioma vira um desafio constante, suas qualificações não valem nada ali, e o peso dos traumas ainda a acompanha em pesadelos, gatilhos e inseguranças. Determinada a trabalhar, Juliana aceita a vaga que Karina consegue: ser babá de Mel Tudor, uma menina de cinco anos que fez todas as outras babás desistirem antes do final do primeiro dia. Só que Juliana não é como as outras. Com paciência, afeto e conhecimento, ela conquista a menina — algo que ninguém, nem mesmo o pai dele, conseguiu. E esse é o começo do problema. Leo Tudor, CEO bilionário, frio, arrogante e viciado em controle, não sabe lidar com a presença daquela mulher latina, sem pedigree, sem títulos nobres e com um sotaque que denuncia cada insegurança. Para a família Tudor, ela é… inadequada. Para a governanta — apaixonada secretamente por Leo — ela é uma ameaça. E para Leo, ela é a primeira pessoa em anos capaz de desafiar suas certezas… e bagunçar seu autocontrole. Em uma casa onde todos esperam que ela fracasse, Juliana precisará encontrar sua força, enfrentar o preconceito silencioso da aristocracia inglesa e lidar com o homem que a irrita, a provoca… e a atrai de uma forma que ela não estava pronta para sentir.

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Capítulo 1

Capítulo 1

Juliana Bezerra

Eu acordei com o barulho insistente do meu celular vibrando na cômoda.

Era o meu despertador das seis.

Mais um dia de trabalho na escola… ou pelo menos era o que eu esperava.

Me espreguicei devagar, tentando não fazer barulho, mas antes que eu pudesse levantar, senti uma mão pesada puxando meu braço de volta.

— Vai levantar pra onde?  a voz do André cortou o ar, rouca e irritada. — Ainda nem falei com você.

Engoli seco. A claridade fraca da manhã entrava pela fresta da cortina, iluminando só metade do quarto.

Respirei fundo.

— Eu vou trabalhar, André. Tenho aula às oito… você sabe  respondi baixo, tentando manter a calma.

Ele se levantou de repente, me prensando contra a parede fria ao lado da cama. O choque me fez perder o ar.

— Trabalhar? Trabalhar pra quê, Juliana?  ele aproximou o rosto do meu, os olhos escuros queimando de raiva. — Que homem é esse que deixa a mulher sair de casa pra ficar dando atenção pra criança dos outros?

— É meu emprego…  sussurrei, desviando o olhar.

Ele segurou meu queixo com força, me obrigando a encará-lo.

— Eu não tenho mulher pra sair por aí, não.

O tom dele era baixo e perigoso.

— Você fica. Hoje você fica. Tá entendido?

Meu coração martelava dentro do peito. Não era a primeira vez que ele fazia isso… mas cada vez parecia pior.

— André… eu preciso ir. Eu dependo desse salário.

Ele riu. Mas não era um riso de verdade, era um som frio, de deboche.

— Depende de mim. Não de emprego nenhum.

Apertei os lábios. A verdade é que eu já não dependia dele. Dependia da minha coragem para ir embora.

E ela estava começando a surgir, mesmo que aos pedaços.

— Eu vou.  repeti, mais firme do que esperava.

Ele deu um passo rápido e empurrou a porta com a mão, bloqueando minha saída.

— Você não vai lugar nenhum, Juliana.

Por um instante, senti aquele velho medo tentar me dominar.

Mas algo dentro de mim… mudou.

Talvez fosse o cansaço. Talvez fosse a vontade de viver.

— André, sai da minha frente. Agora.

Ele me encarou como se eu tivesse acabado de desafiar um rei.

Tentei passar por ele, mas André foi mais rápido. Arrancou a chave da porta, girou a fechadura e guardou no bolso da bermuda.

— Pronto. Resolvido. Agora você não sai mais. disse com aquela frieza que sempre me arrepiava.

— André, por favor…  minha voz falhou. — Eu preciso trabalhar.

Ele se aproximou, tão perto que eu pude sentir o cheiro de álcool da noite anterior.

— Já falei que você não vai. Mulher minha não sai de casa pra trabalhar.

Os olhos dele passearam pelo meu rosto, como se tivesse orgulho da minha fraqueza.

— E para de me desafiar, Juliana. Você não é ninguém longe de mim.

Ele pegou minha mochila e a jogou no chão.

— Eu volto à noite.

Antes de sair, lançou o olhar que eu mais temia. — Tenta sair daqui… se conseguir.

A porta bateu tão forte que o som ecoou pela casa inteira.

Fiquei parada no meio da sala, sentindo o choque, o medo, a humilhação… e algo a mais: a certeza amarga de que isso nunca ia mudar.

Meus olhos ardiam. Quando passei a mão pelo rosto, senti a dor pulsando no canto do olho.

O roxo estava pior do que eu imaginava.

Peguei o celular com as mãos tremendo e abri a conversa que eu mais precisava naquele momento.

Karina  minha melhor amiga. Minha única saída.

Escrevi rápido, antes que a coragem sumisse.

“Kari… ele me trancou em casa. Tirou a chave. Eu… eu não aguento mais.”

Ela respondeu quase na mesma hora, como se estivesse esperando por isso.

Karina:

Ju, o que ele fez com você? Me conta agora.

As lágrimas finalmente caíram, silenciosas, queimando minha pele já machucada.

“Eu tentei ir trabalhar. Ele não deixou. Me prensou na parede… meu olho tá roxo. Kari, eu tô com medo.”

Ficou alguns segundos sem responder, e então veio a mensagem que mudaria tudo.

Karina:

Amiga, chega. Você não vai ficar aí mais um dia.

Eu vou te ajudar a fugir.

Vou comprar sua passagem pra Londres hoje mesmo.

Você pede demissão essa semana, junta suas coisas escondida e vem pra cá ficar comigo.

Meu coração disparou.

Londres.

Outra vida.

Outra chance.

Mas o medo veio logo em seguida.

“Kari… eu não sei falar inglês. Como eu vou viver aí?”

A resposta dela veio firme, decidida como ela sempre foi.

Karina:

Aqui você aprende, Ju. Eu te ensino, eu te ajudo, eu te protejo.

Mas você precisa vir. Ou esse homem ainda vai te matar.

Outra mensagem:

Karina:

Seu olho está roxo porque ele te machucou.

Mas você é linda, inteligente, capaz. Você não nasceu pra viver assim.

Eu tô aqui. Não solto sua mão.

Chorei. Não de tristeza…

Mas por sentir, pela primeira vez em muito tempo, que alguém realmente se importava.

Olhei para a porta trancada, para minha mochila caída no chão, para o meu reflexo machucado na janela…

E então senti algo nascer dentro de mim:

a vontade de ir embora. De verdade.

A vontade de sobreviver.

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