Mundo de ficçãoIniciar sessãoNo passado, Luana cometeu o erro de amar demais. Por Alessandro, o herdeiro mais frio e rico do império financeiro local, ela sacrificou seus sonhos e suportou humilhações públicas. No entanto, o seu "felizes para sempre" foi destruído por uma conspiração armada por uma mulher manipuladora que, com mentiras e crueldade, convenceu Alessandro a descartar Luana como se ela fosse lixo. Obrigada a assinar o divórcio sob olhares de deboche, ela partiu sem nada, levando apenas a mágoa e uma gravidez tripla que ninguém conhecia. Cinco anos depois, a cidade é abalada pela chegada de "L.A.", uma designer de joias enigmática cujas peças são autênticas obras de arte e que ninguém jamais viu o rosto. Por trás do pseudônimo está Luana — agora uma mulher sofisticada, implacável e dona de uma fortuna que rivaliza com a de seu ex-marido. Ela não volta sozinha: ao seu lado estão três crianças prodígios. Um pequeno hacker que pode derrubar sistemas de segurança, uma estrategista nata e um gênio das finanças. Juntos, eles são a arma secreta de Luana para destruir, um por um, aqueles que conspiraram contra ela no passado. O plano de vingança seguia perfeitamente, até que Alessandro cruza o caminho da nova Luana. Atordoado pela mudança e sem saber que as crianças são seus próprios herdeiros, o homem que "nunca perdoa" se vê dominado por uma obsessão doentia. Ele não a quer apenas de volta; ele quer possuir o mistério por trás da mulher que agora o trata com o mesmo gelo que ele um dia ofereceu. Enquanto Luana luta para manter seus filhos em segredo e seu coração blindado, ela terá que decidir: a vingança vale o risco de deixar Alessandro entrar novamente em sua vida, ou o brilho de sua nova liberdade é precioso demais para ser compartilhado?
Ler maisLuana!
- O grito de Alessandro Veronese veio abafado, mas carregado de fúria, os dentes cerrados a centímetros do rosto dela.
- Eu não esperava que você fosse tão cruel. Jogar a Camila na piscina? Você se atreveu a tanto?
Luana apertava a toalha de banho contra o peito, os dedos brancos de tanta força. A umidade do banho ainda fumegava em sua pele, e a toalha curta, que mal escondia suas curvas, a deixava exposta de uma forma que a humilhava diante daquele olhar de desprezo.
- Eu já disse ao telefone...
- Sua voz tremeu, mas ela sustentou o olhar.
- Não fui eu! - Hmph!-- O bufo dele foi como uma bofetada. Ele não via a mulher com quem dividira a cama por dois anos; via apenas um monstro.
- Não perca seu fôlego com mentiras. Assine isso. Agora! Ou o seu próximo banho será em uma cela de prisão.
Ele arremessou o calhamaço de papéis. As folhas de papel cortante bateram contra o colo de Luana antes de deslizarem pelo chão.
A dor física do impacto foi insignificante perto do rasgo que se abriu em seu peito.
Ela o encarou, lutando para que as lágrimas não vencessem o resto de dignidade que lhe sobrava.
O rosto de Alessandro era uma escultura de gelo: impecável, belo e mortalmente frio. Por dois anos, Luana acreditou que seu amor seria o sol capaz de derretê-lo.
Ela cuidou de cada detalhe da vida dele, sorriu através das indiferenças e amou por dois.
Que erro fatal, ela pensou. Gelo não derrete para quem ele despreza. Gelo apenas corta.
- Luana, minha paciência acabou - Alessandro deu um passo à frente, a aura de comando sufocando o ar do quarto. - Assine e eu te dou a liberdade que você tanto deseja. Caso contrário...
As lágrimas finalmente transbordaram, pesadas, manchando o papel timbrado do divórcio.
- Certo.
Eu assino!
- Ela rabiscou o nome com fúria. Ao terminar, jogou a caneta aos pés dele, os olhos injetados de uma teimosia selvagem.
- Mas entenda uma coisa, Alessandro: a partir de agora, eu é que não te quero mais!
- É mesmo?- O olhar dele percorreu o corpo dela com um escárnio que a fez sentir-se nua.
- Saia daqui!Você é um canalha!
- Ela gritou, a voz falhando.
- Vá para o inferno!
- Quem rastejou para entrar na minha vida foi você - ele sibilou, segurando-a pelo braço com uma força desnecessária e arrastando-a de volta para o banheiro.- Você não tem o direito de dizer "não quero".
O choque foi imediato.O jato de água fria atingiu Luana, encharcando seu cabelo e a toalha.
Ela caiu no piso de mármore como uma boneca de porcelana estraçalhada.
A água gelada roubava seu fôlego, mas o que a paralisou foi a ordem que ele deu ao sair, sem sequer olhar para trás:
- Assim que ela se recompor, mandem-na para a delegacia. Quero ela presa ainda hoje.
O mundo de Luana desabou. Ele realmente ia destruí-la por uma mentira da Camila?
Com as pernas tremendo e os pulmões queimando, ela se arrastou para fora do box assim que ouviu a porta do quarto bater.
O pânico era um motor potente. Ela vestiu qualquer roupa, pegou o celular com as mãos trêmulas e discou o único número que poderia salvá-la.
- Irmão... por favor... me ajude! - soluçou contra o aparelho.
Passos pesados ecoaram no corredor.
Eram eles. Os cães de guarda de Alessandro.
A porta foi escancarada e a figura imponente do ex-marido surgiu atrás dos brutamontes.
- Você vem por bem.
- Alessandro disse, a voz desprovida de qualquer rastro de humanidade.
- ou prefere que eu mande eles quebrarem suas pernas para facilitar o transporte?Luana olhou para a janela. O térreo estava logo ali, mas a queda seria feia. Entre a prisão e a dor, ela não hesitou.
- Eu prefiro morrer a ser tocada por vocês!
Ela saltou.
O impacto com o cascalho do jardim rasgou sua pele, o sangue quente contrastando com o frio da noite. Alessandro correu para a janela, o rosto subitamente pálido, mas sua voz ainda era um chicote:
- Peguem-na! Agora! Ela não pode escapar!
Luana não sentia o corte nos joelhos ou o latejar no tornozelo.
O ódio era seu combustível.
Ela correu em direção ao muro lateral, evitando a entrada principal onde os faróis dos carros brilhavam como olhos de predadores.
Havia uma pequena passagem, um antigo vão de serviço quase oculto pela vegetação. Antes de atravessar, ela olhou uma última vez para a mansão iluminada.
- Alessandro!
- o grito dela rasgou o silêncio da propriedade, carregado de uma promessa sombria.
- Eu nunca mais quero te ver! E diga à Camila para se preparar... porque eu vou voltar.
— Eu sou uma pessoa muito importante para ele.Luana falou com calma e sem pressa, mas seu tom soava arrogante aos ouvidos da outra. Essa sensação de superioridade provocou Paola, que sentiu que a mulher à sua frente a estava desafiando abertamente! Isso desencadeou uma reação explosiva nela.Essa mulher foi contratada pelo Presidente? Isso é verdade?, pensava Paola, furiosa. Ela não havia recebido nenhuma notificação do RH sobre novas contratações para o departamento de design. No entanto, se Luana fora entrevistada pessoalmente pelo Presidente Mateus, ela não precisaria de notificações prévias; poderia ser alocada diretamente.O que mais a preocupava agora era: qual era a relação entre essa mulher e Mateus Curie? Por que ele abriria uma exceção para alguém entrar por um "atalho", algo que ele nunca permitia?Paola não pretendia recuar.— Quem sou eu? Não sabe que sou a chefe do departamento de design? — retrucou Paola. — Palavras são fáceis, qualquer uma pode inventar histórias. Noss
No dia seguinte, Luana acordou bem cedo. As crianças já estavam começando a se acostumar com a rotina da escola. Depois de deixá-las no jardim de infância, ela voltou para casa e começou a se produzir.Hoje era seu primeiro dia na empresa, e ela queria causar uma boa impressão. Escolheu um vestido branco de corte justo e design único, que realçava sua figura perfeitamente proporcional. Com seus longos cabelos ondulados e traços delicados, ela estava deslumbrante. Luana olhou-se no espelho, satisfeita, e saiu confiante em seus saltos altos.Antes do divórcio, ela havia abandonado a carreira de designer que tanto amava para se dedicar inteiramente a Alessandro e à família Veronese. No fim, aquele sacrifício só lhe trouxe dor. Após a separação, ela reacendeu sua paixão e voltou a focar no design. Graças ao apoio silencioso de seu irmão mais velho e de sua família, ela podia ser feliz agora, equilibrando a criação dos filhos com o trabalho que amava.Luana dirigiu-se à empresa, localizada
O "lugar antigo" mencionado por Alessandro era o clube mais luxuoso da capital. Um estabelecimento exclusivo, onde apenas pessoas com patrimônio líquido de dezenas de milhões podiam ostentar o título de membros. Alessandro, sendo um dos acionistas, possuía uma suíte privativa permanente no local.Pouco depois de sua chegada, Edgar apareceu, apressado e curioso.— Velho Alessandro, estou realmente surpreso. Você me convidando para tomar uns drinques? — Edgar ainda parecia não acreditar.— Pare de falar bobagens e traga o vinho — ordenou Alessandro, impaciente.— Certo! — Edgar prontamente pediu ao garçom que trouxesse as garrafas e, por conta própria, chamou duas belas acompanhantes. Pensou que, como o amigo parecia deprimido, algumas mulheres bonitas ajudariam a relaxar o ambiente.No entanto, assim que elas cruzaram a porta, Alessandro as expulsou com um olhar gélido. Edgar, que já estava sorrindo para as curvas de uma delas, ficou boquiaberto com a falta de tato romântico do amigo.
Hortência certamente não admitiria que havia provocado Luana primeiro. Mas Alessandro não se deixava enganar tão facilmente; eles haviam crescido juntos e ele conhecia bem o caráter da irmã.— Hortência, talvez outros não a conheçam e você possa mentir para eles, mas eu a conheço muito bem — questionou Alessandro, com o rosto sombrio e emanando uma aura gélida. — Por que a provocou sem motivo? A lição daquela noite no banquete não foi suficiente? Quer sofrer de novo?Hortência sentiu um calafrio. Ela sempre temera o irmão mais velho; ele podia mimá-la, mas suas críticas eram cortantes. Após uma breve pausa, ela retrucou desafiadoramente:— Irmão, estou fazendo isso por você também! Aquela vadia é sua ex-esposa e está flertando com outro homem bem debaixo do seu nariz. Você não acha que isso é uma afronta à família Veronese? Somos pessoas respeitáveis, e provavelmente estão rindo de você agora...Ela parou de falar ao ver o rosto do irmão escurecer ainda mais. No entanto, a Sra. Verone
Não era de se admirar que Vivian pensasse dessa forma, pois Luana costumava ser perdidamente apaixonada por Alessandro.Naquela época, ela parecia ter enlouquecido de vez por ele.Vivian, vendo os esforços de Luana para agradar o marido, sentia pena e a aconselhava a desistir.Mas Luana apenas balançava a cabeça e dizia que amar alguém era algo que a trazia felicidade; ela não desistiria a menos que ele a deixasse ir. Naqueles dias, seus olhos brilhavam com uma luz deslumbrante ao falar dele.Contudo, inesperadamente, Alessandro forçara o divórcio. Luana deixara a capital com o coração partido e dera à luz três filhos. Para Viviian, uma mulher precisava amar muito um homem para querer ter filhos dele, certo? Por isso, ela não pôde deixar de questionar: será que Luana ainda nutria sentimentos por aquele homem?Ao ouvir a pergunta, Luana revirou os olhos.— Impossível!O que estava acontecendo? Por que todos achavam que ela ainda o amava? Seu irmão mais velho tivera a mesma dúvida. Como
Luana agarrara repentinamente os cabelos de Hortência e os puxara para cima, fazendo-a estremecer de dor instantaneamente!Hortência não conseguia acreditar que Luana teria a audácia de agredi-la em público. Ela estava tão furiosa que seu peito subia e descia violentamente; seus lábios se contraíam, como se quisesse devorá-la viva.Será que ela ainda pensava que Luana era aquela versão fraca e submissa do passado?— Você...!— Devido à dor aguda, ela mal conseguia articular as palavras.Pega de surpresa, Hortência foi forçada a engolir um gole de vinho tinto, sentindo-se sufocar enquanto os vapores do álcool invadiam sua garganta.Mas, assim que recuperou o fôlego, ficou ainda mais feroz:— Ah! Sua vadia!Você merece morrer!Eu vou te matar, vou te reduzir a pó, vou garantir que você morra sem um lugar para ser enterrada!— Hortência parecia ter perdido a sanidade, e seus insultos tornavam-se cada vez mais baixos.Luana franziu a testa, mantendo o controle.— Parece que preciso lav





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