Segunda chance com o magnata

Segunda chance com o magnataPT

Romance
Última atualização: 2025-09-13
Jojo0609  Atualizado agora
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Índice

Helena acreditava que o amor era algo que se podia cultivar. Quando aceitou o casamento arranjado com Alexander Whitford — um acordo entre duas famílias poderosas para salvar os negócios da dele —, ela alimentava a esperança de que, com o tempo, ele também passaria a amá-la. Muitas vezes, se contentava com migalhas de atenção, sorrindo só por estar ao seu lado. Mas tudo desmorona com o retorno de Isabelle, a antiga paixão de adolescência de Alexander. O pouco de afeto que restava desaparece, dando lugar à frieza, ao desprezo… e à crueldade. Traída, humilhada e marcada por uma perda devastadora, Helena se vê afundada em um abismo de dor. Até que Adrian Sinclair — um médico envolto em mistérios e cicatrizes próprias — cruza seu caminho. Ele não apenas enxerga sua dor, como desperta nela algo que estava adormecido: a coragem. Agora, com o coração endurecido e a alma em reconstrução, Helena está pronta para reescrever sua história. E quem um dia a viu como fraca, vai descobrir do que ela é capaz.

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Capítulo 1

Infeliz aniversário

O salão Whitford estava iluminado por lustres de cristal, repleto de vozes e música suave. Quando Helena entrou pela porta principal, uma salva de palmas ecoou. Ela sorriu, ou melhor, fingiu sorrir. Seus olhos percorriam o ambiente, ansiosos, procurando uma única figura. Seu marido.

Alexander não estava lá.

O coração dela afundou. A cada passo sobre o tapete vermelho, os olhares dos convidados a seguiam, curiosos, avaliadores, alguns até com pena disfarçada.

— Eu sabia que não deveria ter criado expectativas... — murmurou para si, sentindo o peito apertar.

Do meio dos convidados, surgiu Edward Whitford, o avô de Alexander. Com a postura elegante de sempre, ele caminhou até Helena e segurou suas mãos com ternura.

— Minha querida, você está deslumbrante. Esse vestido... parece ter sido feito para você.

Helena piscou rápido para segurar as lágrimas. O tom suave dele era um bálsamo, mas a dor insistia em machucar seu peito.

— Foi o senhor, não foi? — perguntou em voz baixa. — Não foi o Alexander quem preparou essa festa.

Edward suspirou profundamente antes de responder.

— Não queria que ficasse triste, minha menina... Mas sim, eu organizei tudo.

— Então o senhor mentiu para mim — disse Helena, a voz trêmula. — Disse que ele pensava em mim, que queria me ver feliz…

— Ele te ama, Helena. Apenas se perde em outras prioridades.

Ela riu, amarga, quase sem som.

— O senhor acredita mesmo nisso? Alexander nunca me amou.

O silêncio dele confirmou o que ela já sabia. Tudo não passava de uma ilusão extremamente dolorosa.

Do lado, duas mulheres cochichavam perto da mesa de bebidas, sem qualquer cuidado em se esconder.

— Olhe só... a esposa perfeita, mas sempre sozinha.

— Tenho pena dela. O marido nem apareceu. Todo mundo sabe que foi o avô quem fez a festa.

Helena sentiu o rosto arder. As palavras eram como facas atravessando sua pele. Ela fingiu não ouvir, mas os olhos marejados a traíam. Tentando desfazer o nó em sua garganta, Helena pegou uma taça de champanhe da bandeja de um garçom e bebeu de um gole só. O cristal estalou levemente em sua aliança e ela encarou a mão trêmula.

Uma das funcionárias da casa, que conhecia Helena desde o casamento, aproximou-se com cautela.

— Senhora Whitford... deseja que eu procure o senhor Alexander? Talvez ele esteja a caminho. Pode ter acontecido algum imprevisto.

Helena ergueu o queixo, tentando se recompor.

— Não. Se ele quisesse estar aqui, já estaria.

A funcionária não conseguiu disfarçar o olhar de pena, antes de se afastar novamente. As pessoas se aproximavam para cumprimentá-la, oferecendo sorrisos ensaiados e felicitações superficiais.

— Feliz aniversário, senhora Whitford.

— Está radiante hoje, parabéns!

Ela respondia com a máscara delicada de sempre.

— Obrigada, obrigada... —

Mas, por dentro, cada palavra sobre sua beleza ou felicidade parecia zombar dela. Todos notavam a ausência de Alexander, todos comentavam, ainda que em sussurros.

Edward tentou aliviar a tensão, puxando-a para mais perto.

— Ignore-os, minha querida. São apenas línguas venenosas.

Helena virou-se para ele, os olhos úmidos.

— A dor é maior porque eles têm razão.

O idoso não soube o que dizer. Diante das palavras de Helena, apertou a mão dela em silêncio. Logo, outro convidado se aproximou com ar jovial.

— Senhora Whitford, parabéns! Onde está o sortudo que a conquistou? — perguntou em tom de brincadeira, com um ar zombeteiro mal disfarçado.

Helena engoliu em seco.

— Ele... já está a caminho. Teve um imprevisto.

A mentira saiu trêmula, frágil. O homem riu, sabendo que não passava de mais uma desculpa e se afastou, deixando-a sozinha mais uma vez.

A música continuava tocando, mas para Helena soava distante. Seus olhos vaguearam pelo salão: casais dançando, taças tilintando, sorrisos em cada canto. E ela, ali, fingindo que não doía.

— Sabe, eu costumava acreditar em contos de fadas — disse ela baixinho para Edward. — Achava que, no fim, o amor sempre vencia.

— Às vezes vence, Helena. Só demora um pouco mais do que gostaríamos. Você é ainda muito jovem para desistir do amor.

Ela o encarou, amarga.

— Ou talvez nunca vença. Talvez nunca chegue. Principalmente se for com a pessoa errada.

Um silêncio pesado caiu entre os dois. Helena afastou-se, precisava de ar. Caminhou até o balcão de bebidas e pediu outra taça. O garçom a serviu sem comentar nada, mas o olhar de compaixão dele falava alto demais.

Enquanto bebia, Helena passou perto de uma mesa e ouviu novamente murmúrios venenosos.

— Você ouviu? Ele não aparece em nenhuma festa dela. Dizem que o Alexander passa as noites fora.

— E todos sabem o motivo.

Helena estremeceu. Aquela frase cortou mais fundo do que todas as outras. Os pensamentos se embaralharam, a visão ficou turva por um instante.

Mesmo com todos aqueles sentimentos conflitantes e a dor que estava sentindo, Helena forçou outro sorriso, tentou se misturar à multidão. Fingir. Era o que fazia de melhor. Parte dela queria que não houvesse festa nenhuma. Queria sumir dali. Desaparecer. Deixar tudo — e todos — para trás.

Mas o vibrar repentino do celular a arrancou de seus devaneios. Helena pegou o aparelho com os dedos trêmulos. No instante em que leu a notificação na tela, sentiu o coração disparar... e logo depois, apertar dolorosamente.

O sangue pareceu sumir de seu rosto, deixando-a pálida como porcelana. O brilho em seus olhos se apagou. A expressão de choque era impossível de disfarçar. Algo naquele celular a havia quebrado por dentro.

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