Mundo de ficçãoIniciar sessãoLucca Ferraro é um CEO bilionário, herdeiro de um legado construído à base de sangue, ambição e acordos friamente calculados. Arrogante, controlador e acostumado a dominar tudo e todos com um único olhar, ele está prestes a cumprir o maior dever de sua vida: casar-se com Isadora Vasconcelos, a filha gêmea mais velha da família Vasconcellos, selando o pacto que uniria as duas potências empresariais mais influentes do país. Mas no dia anterior ao casamento, Isadora foge com o amante. Sem tempo para explicações e com a mídia e os acionistas à espreita, a família toma uma decisão drástica: Clara, a gêmea mais nova, recatada e esquecida pelas atenções, assume o lugar no altar para evitar o escândalo. Só que ninguém imagina a verdade. Luca nunca desejou Isadora. Ele sempre quis Clara. Desde que ela era apenas uma menina de olhos curiosos e alma inocente, Clara foi sua fraqueza secreta. O amor proibido que ele sufocou por anos, a chama que jamais se apagou. Agora, obrigados a dividir uma vida sob os holofotes, ele terá que esconder o quanto a deseja e ela, o quanto sempre o amou. Mas quando alianças são forjadas à força, a paixão pode se tornar uma arma. E o amor, uma perigosa ruína. Porque há promessas que se quebram… E segredos que, quando revelados, podem mudar tudo.
Ler maisClara VasconcelosA sala de jantar estava silenciosa quando chegamos ao fim do corredor, ou pelo menos deveria estar. Porque, assim que viramos a esquina, dei de cara com eles.Giovanna estava praticamente sentada no colo de Rafael, os dois tão grudados que eu duvidei que tivessem percebido a nossa chegada. Os lábios colados, as mãos enroscadas no cabelo um do outro, e um certo desespero apaixonado que definitivamente não combinava com o ambiente fino daquela casa.Minha boca abriu sozinha. Lucca parou atrás de mim… e, claro, não perdeu a oportunidade.Aproximou-se com aquele ar de deboche e me abraçou por trás, as m&atild
Clara VasconcelosAcordei com a luz suave atravessando a fresta da cortina.Demorei alguns segundos para entender onde estava, até sentir o peso quente do braço de Lucca sobre a minha cintura e o cheiro dele impregnado no travesseiro. Meu corpo inteiro respondeu antes da minha mente, como se a memória daquele final de tarde estivesse gravada na pele.Afastei devagar o braço dele, com cuidado para não acordá-lo, e me virei na cama.Foi impossível não sorrir.Lucca estava esparramado sobre o colchão, ocupando quase todo o espaço como se a cama tivesse sido feita só pra ele. Um dos braços jogado acima da cabeça, o outro onde eu estava seg
— Eu te amo, Clara. Mais do que qualquer coisa nesse mundo.Fechei os olhos, sentindo um sorriso tímido se formar nos meus lábios, mesmo com o coração ainda acelerado. Aquele sussurro era como um bálsamo, acalmando o turbilhão dentro de mim, e por um instante, o mundo se resumia àquele toque, àquela declaração.Mas Lucca, sendo Lucca, não deixou o momento ficar sério por muito tempo. De repente, ele me ergueu nos braços com uma facilidade ridícula, como se eu pesasse nada, e saiu do banheiro nu como veio ao mundo, com a água ainda pingando dos nossos corpos.— Ainda não matei a saudade de você, meu amor. — disse, com um sorriso mal
Clara VasconcelosFoi como acender um fósforo em um barril de pólvora. Os olhos dele escureceram, aquele azul virando tempestade, e antes que eu pudesse piscar, ele me prensou contra o azulejo frio, o contraste com o calor do corpo dele me fez arfar. Sua boca capturou a minha de novo, mas dessa vez não era só um beijo, era uma invasão, uma dança feroz de línguas e dentes que me deixava sem fôlego, sem chão. Eu arquei contra ele, sentindo cada centímetro do corpo dele pressionado ao meu, a rigidez evidente da excitação dele contra minha barriga, me fazendo corar profundamente, mesmo sob a água quente.As mãos dele desceram devagar, deliberadamente, pela curva das minhas costelas, roçando os polegares nos meus seios de um jeito que enviava choques el&eac
Clara VasconcelosEu me perdi.Me perdi lindamente, como quem finalmente encontra o caminho que o corpo sempre soube, mas a cabeça insistia em negar.O beijo de Lucca não pedia permissão, ele tomava. Tomava meu ar, meu espaço, meus pensamentos, todo o resto do mundo. E, ainda assim, era o lugar mais seguro onde eu já tinha estado.Minhas mãos subiram sozinhas pelo pescoço dele, depois pelo cabelo, sentindo os fios molhados e quentes entre meus dedos. Afundei neles como quem se agarra a algo sólido em meio a um mar agitado. Lucca apertou minha cintura com mais firmeza, colando nossos corpos, deixando muito claro, sem dizer uma única palavra, que também tinha sentido a minha falta.
Clara VasconcelosO nome dele surgiu dentro de mim antes mesmo que eu pensasse. Não precisei chamá-lo. Não precisei organizá-lo em sílaba alguma. Ele apenas veio, como água que encontra seu próprio caminho entre pedras, como quem sabe o trajeto mesmo sem mapa. Lucca. Meu norte, meu perigo, meu lugar.E com o nome vieram as lembranças, cada uma mais viva que a anterior, como se tivessem ficado guardadas atrás das pálpebras esperando o momento certo para se libertar.A lembrança dos dedos dele entrelaçando os meus, firmes, quentes, garantindo que eu não me dissolvesse. A lembrança do peito onde eu adormecia menos cansada, como se meu corpo entendesse que ali, e só ali, podia baixar a guarda. A lembrança do riso que a pele dele tinha quando encostava na minha, aquela pequena vibração que deslizava como faísca e encontrava todos os meus pontos fracos com precisão.Tudo isso encontrou um canto dentro de mim, justo entre a lâmina da dor que me acompanhou o dia todo e a palma cálida da es





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