O teatro estava lotado. Helena nos bastidores, vestido branco longo, cabelo solto em ondas suaves, a pulseira da mãe brilhando no pulso. O coração batia tão forte que parecia querer sair do peito.
Maxwell apareceu na porta do camarim, olhos marejados.
— Minha filha… — sussurrou, abraçando-a forte. — Você está linda. Sua mãe ficaria radiante vendo isso. Eu sinto ela em cada canto desse teatro. Vai lá e mostra para todo mundo quem você é.
Helena sorriu e beijou a bochecha dele.
— Vou dar o meu melhor. Prometo.
Quando as cortinas se abriram, o silêncio foi absoluto. Primeiro, ela varreu as primeiras fileiras com o olhar, na esperança de ver Adrian, mas a única pessoa que viu foi Alexander.
Ele a olhava fixamente, como se estivesse contemplando a mais bela visão do mundo, mas não era esse olhar que ela queria. Não o dele. Não mais.
Helena desviou o olhar, respirou fundo e ergueu o violino. E tocou.
Primeiro ela começou com uma música que era de sua mãe. Queria fazer uma homenagem. Depois