Liz Navarro ficou órfã quando tinha apenas dezesseis anos. Sozinha no mundo, ela teve que seguir o passo a passo de um testamento deixado por seu pai, e aos dezoito anos foi obrigada a casar-se com o próprio tutor, um homem que ela jamais havia visto. Dentre as tantas exigências deixadas no documento, ela poderia se divorciar apenas aos vinte e cinco anos, e deveria se formar em Direito, para só depois disso assumir o controle dos negócios da família. A jovem viveu dentro de uma redoma, tendo que cumprir regras que ela discordava. Sem grandes expectativas ou aventuras, ela seguia sua vida como podia. Mas algo mudou quando encarou os olhos do novo professor de Direito Civil. Henry McNight era tudo aquilo que ela classificava como perigoso, bonito, atlético e, inteligente. O homem mais velho despertava em Liz sensações que ela sequer conhecia. Mas o que ele, apesar da experiência, não sabia, era que a jovem com ar de inocente era a desconhecida com quem ele aceitou se casar no lugar do seu tio. Um romance Fast burn, entre o certo e o errado, o provável e o improvável, estava Liz e Henry, com um contrato de casamento, uma espécie de fórmula desconhecida daquilo que chamamos de coincidência.
Leer másLiz
Hoje faz 3 anos que me casei. No entanto, não conheço meu marido.
Sim, vocês podem achar estranho uma jovem de 21 anos de idade casada com um completo desconhecido. Mas a vida nem sempre é justa, e assim que completei 18 anos, me casei com o meu tutor. Quando meus pais morreram em um acidente aéreo, fiquei sozinha no mundo aos 16 anos, mas meu pai já havia deixado um testamento para assegurar que eu ficaria bem, caso acontecesse algo com eles.
Entretanto, nada me preparou para as condições absurdas que tinham descritas naquele documento, uma delas era que eu deveria permanecer casada com meu tutor até completar 25 anos, e a outra ser formada em direito, atuar como advogada para enfim, herdar as empresas da minha família, já que todas são do ramo da advocacia. Depois de tudo isso eu poderia por fim, tomar o controle dos meus bens, e da minha vida, optando pelo divórcio, obviamente.
Meu tutor faleceu logo em seguida dos meus pais, decorrente de um infarto. Sim, com apenas 32 anos. Depois do ocorrido eu tive que me casar com outra pessoa, que por infortúnio do destino era o tio do meu tutor, outro desconhecido de 27 anos.
Engraçado né?! O sobrinho bem mais velho que o tio, também achei estranho.
No dia do nosso casamento, eu não o vi. Ele apenas enviou a papelada pelo Bruno, o advogado que meu pai deixou para me auxiliar. Assinei um documento que dizia que eu era oficialmente casada com Henry McNight. Isso foi tudo, sem festa, sem vestido ou convidados.
Depois, aconteceu outra mudança, agora eu teria que me mudar para mansão que pertencia a Henry. No primeiro momento fiquei ressabiada com a possibilidade de estar dividindo o mesmo teto com um estranho, mas logo me acostumei com o que o destino estava me reservando. A casa não era nada modesta, o lugar era enorme, dois andares e uma garagem, em que ficavam apenas 3 carros.
Há 3 anos vivo aqui, e quanto ao medo de dividir o teto com um estranho, isso ainda não aconteceu, a governanta uma senhora de 50 anos de idade me faz companhia, Sandra uma mulher dedicada tem me tratado como sua própria filha, e eu despertei um sentimento único por ela.
— Sandra.
— Oi, Liz.
— Você pode pedir ao Bruno que venha aqui? — Estamos tomando café da manhã.
— Claro, mas posso saber o motivo? — Ela me encarou por cima dos óculos.
— Quero o meu divórcio. Não aguento mais ficar casada com um homem que eu nem conheço — bufei!
— Calma minha filha, em 3 anos você estará livre.
Eu nunca tinha o visto, a não ser por uma foto que Sandra me mostrou uma vez.
Ele é loiro, alto, olhos verdes, cabelos castanho-claros, e na foto sua barba estava por fazer. Sim, definitivamente ele é lindo. Nunca iria olhar para uma adolescente que na época tinha acabado de fazer 18 anos.
— Não Sandra, quero viver minha vida. Aproveitar as coisas. — Deixou sua xícara de café e apenas me observou. — Não posso fazer nada disso sendo casada.
— Claro que pode. Saia com os seus amigos, aproveite!
— Senhora Navarro — disse Petter, o meu motorista.
— Petter, já estou indo.
— Tchau, Sandra. — Peguei minha bolsa, dei um beijo casto e segui para a faculdade.
— Tchau, minha menina.
Todos tinham o hábito de me chamarem pelo sobrenome dos meus pais, eu preferia assim, pois mesmo tendo o McNight, aquele sobrenome não me pertencia de fato.
Aprendi nestes anos morando na mansão a tratar todos os funcionários com carinho, afinal, eles têm sido a família que eu não tenho. São eles que me fazem companhia.
Petter e Sandra namoram há um certo tempo. Ambos já foram casados e já sofreram demais, então optaram pelo namoro quando se conheceram.
Quando Henry vem a Nova York, ele se hospeda em um hotel, tudo para não estar no mesmo lugar que sua esposa jovem e indesejada.
Depois de algum tempinho na estrada chego enfim à faculdade, uma fachada espelhada carregada de muito luxo. Passei pela catraca avistei Ana, minha amiga maluca.
— Liiiiiz., amiga vem comigo, agora! — Ela me puxou pela mão toda eufórica. — Tem um professor novo.
— Nossa! Que empolgação, nunca te vi tão ansiosa para entrar em uma sala de aula.
— Não é pela aula, é pelo professor, ele é simplesmente um gato — declarou com a voz carregada de duplo sentido.
Revirei os olhos e soltei uma risada, minha amiga e a obsessão dela pelos professores, que ao seu ponto de vista sempre são gatos.
Entramos na sala e nada me preparou para aquele momento, minhas mãos suaram, e minha boca ficou totalmente seca, ele estava lá, mais sedutor do que nunca, o meu marido desconhecido em carne e osso e muitos músculos. Henry McNight!
Arregalei os olhos, tentando disfarçar um pouco o quanto estava desconcertada pela situação.
— Mas que merda — declarei mais alto do que gostaria.
— Eu te disse, amiga, ele é um gato.
Minha amiga não fazia ideia de que eu era casada, tudo que sabia sobre minha vida se resumia a ter uma herança boa o suficiente para me manter bem pelo resto da minha vida e que moro em uma mansão com Sandra e Petter, que com certeza em sua mente deve achar que trabalhavam para a minha família.
Fui tirada do meu meio devaneio quando uma voz rouca e muito sexy disse:
— Bom dia, sou Henry McNight, continuarei com as aulas de Direito Civil, espero que seja proveitoso para todos. — Virou-se para lousa, e escreveu algo relacionado à matéria.
Droga! Justamente na matéria que me dou mal.
Nos sentamos e a aula começou. Não prestei atenção em nada do que ele disse, apenas observei a sua beleza, em como sua boca é tentadora, e que aquilo tudo ali na frente, perante a lei, me pertencia.
E, pelo jeito que as minhas colegas de turma sussurravam e soltavam risos, não tinha sido apenas eu a notar o quanto aquele homem era gostoso. Com uma postura séria e meio-sorriso não estravagante, ele sabia exatamente a reação que estava causando, mas não se deixou levar por isso, continuou sua aula, que mesmo que eu não estivesse prestado atenção estava melhor que as anteriores. Até que ele me encarou, e pelos olhos semicerrados me fez questionar se ele sabia quem eu quem eu realmente sou? Não, acho que não! Eu realmente espero que não!
— Vamos Liz. A aula já acabou. — Ana me sacodiu.
— É mesmo! — Tentei manter o meu autocontrole.
— Agora limpa a baba e vamos para a próxima aula. — Ana riu.
Saímos em direção à porta e, nesse momento, eu tropecei nos meus próprios pés e acabei caindo, derrubando todos os meus livros.
Que merda, até parece um maldito clichê, agora ele vem recolher o meu material comigo.
— Você está bem? — Henry perguntou se aproximando.
Tentei dizer algo, mas as palavras ficaram entaladas na minha garganta.
Agachou-se e me ajudou com os livros. Nossos olhares se encontraram por uma fração de segundos.
Ele estendeu sua mão e é claro que eu aceitei! Só aí percebi que Ana estava paralisada ao meu lado, observando tudo com uma cara bem esquisita.
— O-o-obrigada! — Não gagueja Liz. — digo mentalmente.
— Disponha! Só tente prestar mais atenção da próxima vez.
— Vamos, Ana! — Não falei nada para ele, simplesmente saí arrastando-a pelo braço.
— Você viu o tipo dele?! — falei para Ana assim que saímos da sala.
— Ele faz o meu tipo, Liz! — Ana suspirou.
— É mal-educado!
— Claro que não. Ele ainda te ajudou.
Agradeci mentalmente quando o sinal tocou.
— Vamos! — Puxei minha amiga outra vez, fazendo-a parar de encarar o professor, ou seria o meu marido?
*** Se você está gostando da história, não esqueça de me seguir, para ficar por dentro dessa e das futuras histórias!❤️ ***
Liz Alguns dias depois.O Pedro já havia saído do hospital e continuava se recuperando, ele me perdoou pela morte do seu pai, e ele não quis fazer o velório da sua mãe, ela foi simplesmente cremada. Ana viu tudo o que aconteceu, eles nos contaram que depois que o John morreu, ela ficou meio perturbada. Quando eles tentavam falar com ela, não era fácil, pois ela surtava, era muito raro o dia que ela estava bem. Até tentaram interna-la, mas ela fugiu e então ficaram com ela em casa, mas evitavam deixá-la sozinha, depois de algum tempo, ela apresentou melhoras e eles deixaram de fingir que não ver, ela voltou a ter uma vida como antes.Foi aí que ela descobriu sobre a Jenny, e ficou obcecada por completo por ela. Começou a colocar a todos contra nós, e o Pedro só acreditou nas suas mentiras no dia em que ela se matou. Tentou matar o próprio neto com uma facada nas costas, se não fosse a Ana ter chegado naquele exato momento, não saberíamos o que tinha acontecido.O Maycon tinha apenas 1
LizE olha eu, aqui no meio de tudo isso, praticamente cai de paraquedas nessa história, as nossas vidas estão iguais ou piores do que novela mexicanas. Quando eu pensava que tudo iria se resolver, o destino vinha, me dava um tapa na cara, e algo novo acontece, mas tudo acaba assim, na história do John e do seu Rodolfo.— Foi você que matou o meu John? — Joana me olhou com uma cara de louca.— Sim, foi eu — Descrevi a minha arma enquanto falo. — Antes ele do que a minha família.— Me desculpa, Henry, eu ia te matar sem você merecer. — Ela começou a rir igual a uma louca. — Olha, Liz, sempre te achei muito ingênua, e esse seu papel de boa moça, não me convenceu. Você não imagina o ódio que senti quando você disse que estava namorando o Pedro.— Joana, isso é passado — afirmei. — Agora solte a Ana e o seu neto — ordeno.— Não! — ela gritou e deu um tiro para o alto, e depois mira em direção da Sam, e dispara. — Seu idiota — ela grito quando o Pedro se jogou na frente da Sam e o tiro lhe
Liz— Mas se você não queria fazer aquilo, por que brigou com a Bella?— Eu não podia deixá-la sair, eu não queria que eles matassem a minha mãe. — Eu não sabia se acreditava no que ela estava dizendo, pois não parecia fazer muito sentido.— Jenny, você está chorando. Vocês duas quase se mataram — Henry afirmou.— A Joana tinha acabado de sair da casa em que estávamos, e a gente discutiu. Ela me deu aquela arma para que eu matasse a Bella, quando voltasse. Ela a queria morta, ou eu poderia deixar que ela mesma a matasse. — Jenny secou a suas lágrimas. — Olha, tia, eu vou entender se você não quiser que eu fale mais com a Bella, eu sei que eu causei muito mal a vocês, mas quando eu descobri que o meu pai e minha mãe realmente não eram “meus”, eu fiquei transtornada. Vocês mentiram para mim a vida toda, mas a Bella me disse que tudo isso foi apenas para me proteger, e no dia em que vocês nos encontraram, eu achei que era Joana que estava entrando lá outra vez. E eu comecei a falar aquel
Liz— Droga, Petter. — Eu estava frustrada, por causa dessa granada não estava conseguindo ouvir direito e vou perder toda a diversão. — Ai, que ódio. Pressione o pedaço de pano na minha testa, Petter pegou uma garrafinha de água e eu bebi, alguns minutos depois a minha audição começ a voltar.— Menina, está me ouvindo?— Agora, sim. — Ainda estamos atrás do muro.— Que susto você nos deu. — Ele ri.— Que isso, erva ruim! Ggeada não mata. — Nós dois rimos. — Eu vou atrás dos meninos.— O menino Henry disse que não é para você sair daqui.— Petter, desde quando eu obedeço ao Henry? — Ele riu. — Vamos, me dê? — Petter me entregou a minha arma, eu a ajeitava e a coloquei presa na minha calça, na parte de trás.— Mas deveria. — Levamos um susto quando ouço aquela voz.— Pedro. — Me virei e ele estava com mais dois homens, um em cada lado seu.Fisicamente ele parece o mesmo, tinha apenas umas marcas de expressões como todos nós.— Minha mãe disse que vocês mataram o meu pai. — Só aí eu me
Liz— Tem certeza de que você vai se sentir bem com ela aqui, morando com a gente? — Henry perguntou enquanto estávamos fazendo amor.— Henry, acho que isso não é o momento apropriado.Estávamos deitados de ladinho na nossa cama, e a cada estocada que ele dava, eu gemia alto.— Se controla, temos visita. — Ele riu e beijou o meu pescoço. Henry segurou uma das minhas pernas, e eu me masturbei enquanto ele trabalhava com o seu pau. — Precisamos conversar sobre isso.— Depois…— falou entre um gemido e outro. — Termina o seu trabalho que depois conversamos.— Sim, senhora — ele falou e acelerou os movimentos. Meu corpo todo começou a tremer. Meu orgasmo chegou e em seguida ele gozou.— Ufa! — Estávamos suados. — Pronto.— Não.— Como não?— Tive um orgasmo, e agora você precisa me fazer gozar.— Mulher, eu não sou uma máquina. — Ele riu.— Mas podia. — Fiz careta enquanto falei.— Venha cá. — Ele me puxou e me abraçou.***Depois da conversa que tive com a Sam, ela nos contou tudo o que s
Liz— Oi, meus amores.— Cadê a Sorella? — perguntei.— Estou aqui, mamãe. — Ela apareceu logo atrás de nós.— Como você está? — questionei, enquanto a abraçava.— Estaria melhor se não estivesse com isso no meu braço. — Ela ergueu o braço engessado.— É por pouco tempo, meu amor — falei e dei um beijo em sua testa.— Cadê o meu beijo, Pipoca? —Henry perguntou.— Bom dia, minhas crianças. — Sandra falou.— San. — Andei em sua direção e a abracei. — Cadê o Hendrick?— Está no jardim com a senhorita Paola.Merda!Henry e eu nos entreolhamos.Sabíamos que ela já sabia o que estava acontecendo.— Vamos tomar café? — Tentei disfarçar a minha cara de preocupação.Mas assim que nos sentamos à mesa, Paola entrou desesperada.— Liz, cadê ela? — Ela estava desesperada. — Me fala que tudo isso é mentira.— Paola, se acalme — Hendrick pediu.— Não, isso é tudo mentira, a minha filha não seria capaz de tudo isso.— O que está acontecendo? — Tefo perguntou.— Não é nada. — Henry tentou amenizar.—
Último capítulo