Isabelle batia o pé no chão, os braços cruzados com força, os olhos faiscando impaciência. Aquela visita era a última coisa que queria.
— Desembucha, Helena. O que veio fazer aqui? — cuspiu, a voz carregada de desprezo.
Helena manteve o sorriso calmo, quase doce.
— Vim ver com meus próprios olhos você colhendo exatamente o que plantou — respondeu, devagar. — E, pelo estado do seu rosto, já deve ter feito algumas amizades calorosas aqui dentro. A recepção foi boa?
O hematoma roxo no canto da boca de Isabelle ficou mais visível quando ela apertou os lábios.
— Você está gostando disso, não é? — rosnou. — Você mandou aquelas trogloditas me baterem.
Helena descruzou as pernas, inclinou-se um pouco mais, chegando perto do vidro. O sorriso não saiu do rosto.
— Estou gostando — confessou, voz baixa, quase íntima. — Você não tem ideia do quanto. Ver você assim me dá uma satisfação, um prazer… que eu nem sei explicar. Lembra da sua voz na ligação, enquanto eu estava no cativeiro? Aquele tom de